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Negue-se a si mesmo

Marcos David Muhlpointner
09/09/2022
Para você ser considerado cristão, é preciso que negue-se a si mesmo. O que isso quer dizer em termos práticos?

“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” (Lucas 9.23)

A maior parte dos meus leitores é formada por pessoas que se identificam como cristãs. Tenho poucos leitores fora do ambiente evangélico. Este texto, na verdade, é primariamente para os cristãos, mas a minha oração é que chegue ao maior número de pessoas que não creem em Jesus do modo correto.

Identificando cristãos

No contexto de Paulo e Barnabé, depois de um ano se reunindo e ensinando numa comunidade cristã em Antioquia, os discípulos ali foram chamados de cristãos.

Foi um ano de eles ensinarem o que Jesus ensinava, de fazerem o que Jesus fazia, e assim aquelas pessoas foram identificadas como seguidores de Jesus Cristo.

Quer na época de Paulo e Barnabé, quer na época em que meu pai começou o seu ministério, quer hoje em dia, todo cristão é identificado da mesma maneira.

Para que alguém seja considerado cristão, as necessidades são as mesmas. Se alguém quiser seguir Jesus de Nazaré e ser identificado realmente como seguidor dEle, deve fazer duas coisas. Precisa obedecer ao “negue-se a si mesmo” e ao “tome cada dia a sua cruz”.

Refletindo sobre o “negue-se a si mesmo”

Vamos refletir, então, sobre essas duas condicionantes impostas por Jesus Cristo. Tentemos averiguar, na nossa própria vida, se cumprimos os requisitos exigidos por Ele. Vamos começar com a necessidade de nos negarmos a nós mesmos.

A palavra usada por Lucas, que no português é traduzida por “negue-se”, tem um campo semântico dentro do “renegar a si mesmo, praticar o desapego absoluto de si” (Carlo Rusconi, Dicionário do grego do Novo Testamento, Editora Paulus, 2015, p. 77).

Logo, a pergunta inevitável é: você tem agido de maneira a cumprir o “negue-se a si mesmo”? As relações que você estabelece são marcadas por esse tipo de desapego?

Lucas não está falando daquele tipo de desapego que temos por uma roupa velha que não usamos mais. Não é abrir mão de um tênis velho porque conseguimos comprar outro. O evangelista está apresentando um dos discursos mais contundentes de Jesus.

Esse discurso está baseado na própria experiência de Jesus.

“Embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo.” (Filipenses 2.6b-7a)

Assim, Jesus personifica em Si mesmo o que significa “esvaziar-se”. Ele é o exemplo máximo disso.

Daí, quando Paulo escreve aos cristãos filipenses, ele diz:

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus.” (Filipenses 2.5)

Obedecendo ao “negue-se a si mesmo”

Obedecer ao “negue-se a si mesmo” é imitar Jesus. Ou seja, não deve haver diferença entre a nossa postura e a postura que Jesus teve. Se desejamos segui-lO, devemos imitá-lO, esvaziando-nos a nós mesmos. Entretanto, Paulo continua e explica como Jesus Se esvaziou:

“Esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo.” (Filipenses 2.7a)

Como se isso não bastasse, o versículo continua, dizendo que Jesus, mesmo sendo Deus, tornou-Se “semelhante aos homens”. Isto é, Ele teve carne, ossos e sangue, além das limitações da própria natureza humana. Nasceu, cresceu e aprendeu. Ele sentiu fome, sede e cansaço. Chorou e sofreu.

Além disso, a Sua humilhação foi até a morte. Para os padrões da época, foi a morte mais terrível de todas: a morte de cruz.

Imitando Cristo

No entanto, como devemos imitar Jesus e nos esvaziar a nós mesmos? Não controlamos a nossa própria vida, já temos a natureza humana de pecado, estamos mortos espiritualmente e morrendo fisicamente a cada dia. Como, então, vamos imitá-lO? Como devemos nos esvaziar a nós mesmos?

Do que temos de nos esvaziar? O fato é que ainda somos imago Dei (imagem de Deus). Entretanto, somos marcados pelo pecado e o velho homem insiste em se manifestar no dia a dia.

Esse velho homem, que foi crucificado com Jesus Cristo na cruz do Calvário, não tem que sair dela. Contudo, esse Adão que vive em nós insiste em descer da cruz. Aceita a proposta do diabo na boca de um dos ladrões e toma as rédeas da vida.

Desobedecendo ao “negue-se a si mesmo”

Não obedecemos ao “negue-se a si mesmo” pois somos orgulhosos. Ainda reivindicamos os nossos pretensos direitos diante de Deus. Queremos fazer prevalecer a nossa vontade nos nossos relacionamentos. Queremos impor as nossas condições e opiniões, os nossos desejos, sem levar em consideração a recomendação bíblica de nos sujeitarmos uns aos outros.

Ainda olhamos com desprezo para quem sabe menos que nós. Ainda nos relacionamos com quem tem menos recursos que nós de maneira que ele nos sirva. Olhamos para o nosso semelhante e invertemos o resumo mandatário de Jesus. Primeiro, amamos a nós mesmos e depois amamos o semelhante, e ainda o amamos menos do que a nós mesmos.

Sendo egoístas

Bem disse Tim Keller que o nosso coração é uma “fábrica de ídolos” (Tim Keller, Deuses falsos, Edições Vida Nova, p. 15).

Nessa fábrica, o nosso egoísmo é tão grande que há espaço para apenas um funcionário. Eu compro a matéria-prima, eu a recebo, eu mesmo a moldo. Eu coloco o ídolo no seu trono que eu também construí e, se não estiver satisfeito, eu mesmo tiro esse e coloco outro.

Alguns críticos do cristianismo dizem que construímos um deus à nossa semelhança. Todavia, é justamente o contrário. Nós nos elevamos ao patamar de Deus e nos colocamos no lugar que deveria ser dEle. Quando isso acontece, não nos interessa mais o que Ele pensa nem o que o nosso semelhante pensa. Desde que as nossas vontades estejam sendo atendidas, não nos importa o resto.

Então, você está disposto a se esvaziar a si mesmo? Está disposto a obedecer ao “negue-se a si mesmo”, a praticar o desapego absoluto de si? Se não estiver, é bem capaz que não esteja seguindo Jesus corretamente.

 

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