A vó Marlene está nos braços do nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
Próxima de completar seus 90 anos, ela encerrou sua carreira como cristã e serva atuante do Senhor, pois este era o seu maior propósito em vida.
Ela mesma fez, por diversas vezes, um resumo de sua bela história de vida. Uma história bela, mas um tanto conturbada pois foi a filha mais nova de uma família de cinco irmãos.
Vó Marlene, não soube bem o porque, mas ela foi criada por uma tia sua. Esse fato, segundo ela, marcou sua infância, pois o próprio termo “filha de criação” tinha algo de pejorativo, como se ela tivesse sido criada por obrigação e não pelos laços do amor.
Apesar desse fato ter deixado marcas, ela olhava para seu passado com graça, reconhecendo o esforço daquela família em lhe dar o melhor. Isso se manifestou, principalmente, quando pagaram por sua educação em um colégio de freiras, um colégio respeitado. Essa educação deu a ela uma bagagem espiritual e ensinou-lhe a devoção ao Senhor Deus.
Aos 18 anos, casou-se. O jovem casal pretendia formar uma numerosa família, com pelo menos dez filhos. Chegaram perto, tiveram oito; mas uma grande luta estava por vir. Essa surgiu no décimo terceiro ano de casamento: vó Marlene perdeu o seu marido e, além de ficar sozinha, ficou, ainda, com os oito filhos para criar. Por essa razão ela passou por dificuldades, por exemplo, a dificuldade para receber a sua pensão, que demorou alguns meses para ser liberada. Essa demora a deixou em uma situação bem difícil. Porém, vó Marlene, pela graça de Deus, com o auxílio do Senhor, a Quem ela mesma atribuía toda a glória, superou essas dificuldades.
No final dos anos 70 e início dos anos 80, Marlene conheceu e passou a se dedicar ao trabalho da Igreja Presbiteriana. Desde essa época, então, a sua casa foi um lugar de reuniões de oração e ensino bíblico constantes. Nessa nova vida ela se revelou uma evangelista nata pois não perdia oportunidade de falar de Jesus.
Além disso, ela se formou e se especializou em psicologia, tornou-se professora universitária e escreveu diversos livros. As áreas mais fortes de sua atuação foram a família e a modéstia feminina. Para divulgar esse seu ministério, ela mantinha grupos de WhatsApp e um perfil no Instagram com quase 2 milhões de seguidores. Sim, vó Marlene passou a ser muito conhecida!
O segredo de Vó Marlene era a autoridade única com a qual ensinava os menos experientes. Essa autoridade vinha, unicamente, da Palavra de Deus, sua fiel companheira no ensino da sabedoria que vinham de suas palavras e experiência de vida.
Nós tivemos o privilégio de conhecer de perto a vó Marlene e o seu ministério. Isso porque a convidamos para participar, ao vivo, do programa feminino cristão, Tati & Elas, apresentado pela Tatiele Mello. Este vai ao ar toda terças-feira, às 10:00h, no canal de Youtube da TEOmídia.
Convite feito, ela veio na data e horário acertado, lá de Bragança Paulista até a capital de São Paulo. Nem a idade avançada e nem a saúde debilitada impediram a vó Marlene Guerrato de se utilizar dos nossos microfones e câmeras para contar, com um entusiasmo contagiante, o que Jesus fez em sua vida. Sim, esse foi um programa memorável que ficará para sempre em nossas lembranças.
Vó Marlene foi uma mulher verdadeiramente tocada pelo evangelho do Senhor Jesus Cristo, emocionada pela obra que a redimiu, e convencida de que o melhor da vida era servir a Jesus.
Como era bom ouvir a vó Marlene Guerrato!
Ela não está mais entre nos, entretanto, é certo que ainda teremos seus vídeos e livros. Agora, porém, ela está nos braços do nosso Salvador, recebendo todo o consolo e ouvindo: “Serva boa e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei.”
Que possamos guardar a memória de vó Marlene como um exemplo de fé. Que quando chegar o dia em que nos encontraremos face a face com o Senhor Jesus, também possamos dizer as palavras do apóstolo Paulo, assim como a vó Marlene:
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.
Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda.” (2Timóteo 4.7-8)
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