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Manipulação e liberdade: lições de "Attack on Titan"

Bárbara Alice Barbosa
11/05/2021
Se nos submetemos à manipulação, às falsas afirmações sobre a vontade de Deus, normalizamos a miséria e corrompemos a noção de liberdade que o Espírito Santo dá.


Caro leitor, hoje usarei um anime como ilustração para extrair lições bíblicas sobre manipulação e liberdade.
Shingeki no Kyojin – para quem é fã de animes como eu, vai saber que estou falando de uma verdadeira obra-prima. Também chamado de Attack on Titan, é um desenho japonês que conseguiu agradar até o público mais exigente. Concilia belíssimas imagens, uma trilha sonora de arrepiar e um roteiro cheio de lições para a nossa vida prática. Os primeiros episódios serão o terreno no qual vamos passear hoje.
Os que não creem nas verdades da Bíblia e da tradição cristã enxergam as coisas por lentes amareladas, conforme ilustra o filósofo e teólogo Cornelius Van Til. Leem e tiram suas conclusões com a visão comprometida, ou como alguém que enxerga tudo distorcido por subjetividade ictérica.
Já aos crentes foi dado um presente para os olhos. Segundo Van Til:

“Quando o crente olha para o céu estrelado, ele vê a glória de Deus.” (Jim West, As ilustrações de Van Til, Editora Monergismo)

Isso significa que, quando assistimos algo, também somos capazes de extrair lições relacionadas à vontade de Deus para os homens.

O que Shingeki no Kyojin pode nos ensinar?

O anime começa retratando a vida dos moradores do distrito de Shinganshina, localizado na Ilha Paradis. Esta é formada por três muralhas: a muralha Maria, a muralha Rose e a muralha Sina. Conhecemos o protagonista, Eren Yeager, e seus melhores amigos, Armin Arlert e Mikasa Arckeman. Esta é irmã adotiva do Eren, que a salvou do ataque de dois assassinos traficantes de humanos.

A descrição da ilha

A ilha é supostamente protegida por essas três muralhas, tendo em vista que há 107 anos (com base no início do anime), a raça humana foi levada quase à beira da extinção por titãs, uma raça de humanoides gigantes comedores de homens. Esses titãs, segundo a crença do povo, vivem do lado de fora da muralha querendo comer humanos. Em razão disso, é imposto que os moradores das muralhas não saiam.

O contexto

A questão é que essa foi uma história criada por uma elite que exerce manipulação. Quer manter-se no poder, às custas dos pobres ignorantes que não acreditam existir um mundo habitável além das muralhas. Assim, o povo não faz nenhum esforço para sair das muralhas, levando uma vida simples. Além disso, quem ousa falar que o mundo externo pode ser explorado é passível de heresia e até mesmo punição pelo próprio governo que controla as coisas dentro das muralhas.
Eren e seu amigo Armin desejam escapar da manipulação, sair das muralhas para conhecer o mundo lá fora e são severamente criticados por isso. O protagonista tem alguns desejos em seu coração: entrar para a Divisão de Reconhecimento, sair das muralhas e derrotar os titãs que impedem o povo de explorar o mundo. Apesar do seu plano bem elaborado e independente, ele se vê constantemente desestimulado pelas pessoas de sua comunidade.

O mal de não identificar uma manipulação

Uma lição bíblica pode ser extraída da primeira temporada do anime Shingeki no Kiojin. Quando nos submetemos a uma espécie de manipulação, às falsas afirmações sobre a vontade de Deus para os homens – quer seja da boca de um incrédulo, quer seja da boca daquele que se diz crente – normalizamos a miséria e corrompemos a noção de liberdade que o Espírito Santo dá aos santos.
O tamanho da ameaça de quem tenta afastar os crentes das premissas bíblicas é enorme e bem articulado. Nesse sentido, uma lição de sabedoria e um alerta é deixado para os crentes no livro de Provérbios:

“O SENHOR odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade.” (Provérbios 12.22)

O povo de Shinganshina e os povos de outros distritos localizados nas muralhas foram vítimas de uma lavagem cerebral, uma mega manipulação. Acreditavam, sinceramente, numa mentira: não questionar o governo era o melhor a se fazer. Pior do que isso, faziam um serviço para o mesmo comando controlador, suprimindo e entregando quem pensasse de forma diferente.
Esse conformismo não apenas reflete uma idolatria a líderes tiranos, mas também nos desvia do principal fundamento da nossa vida. O Catecismo de Heildeberg o registra assim:

“Sou salvo de meus pecados e de minha miséria.” (Catecismo de Heildeberg, pergunta 2)

Deus não nos criou para estarmos sob a autoridade de sepulcros transvestidos de virtuosos. Tampouco nos fez para nos submetermos em favor de governos corruptos e injustos.

A Igreja não se submete a manipulação

A Igreja que sabe seu fim supremo e principal reconhece quais são os governos dissimulados, identifica a manipulação e instrui bem aqueles que estão sob os seus auspícios. Uma das lições do anime é mostrar os efeitos da manipulação na mente e no coração das pessoas. Essa manipulação é poderosa para manter uma comunidade presa num pensamento de miséria intelectual e, sobretudo, espiritual. Esse domínio adulterado é o caminho inverso da lição deixada pelo apóstolo Paulo.

“Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, foi ele mesmo quem brilhou em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.” (2Coríntios 4.6)

Abandonar essa ideia nos torna como membros da igreja da Muralha. Ela é uma organização presente no anime que cultua as muralhas e diz que são fruto da providência de Deus. Isto é, santifica as cadeias que prendem o povo. Prega uma crença em favor dos próprios homens que governam impiedosamente.

A Igreja deve influenciar o mundo

Não influenciar outras pessoas a terem um pensamento retificado sobre quem Deus é, quem nós somos e sobre o nosso papel na promoção do florescimento humano (que inclui lidar com os pobres, os órfãos e a viúvas) também é uma consequência da inércia diante da fraude.
Graças à perseverança e ao incansável desejo de liberdade, Eren vai descobrir que o seu povo é vítima de manipulação. A prisão na qual estão mantidos corrompe a identidade daqueles que estão dentro da muralha. Contudo, a história ainda ganha outros desdobramentos, com muita dor e sofrimento diante da insistência daqueles que não têm piedade além do seu próprio umbigo. Que possamos nos inspirar na luta do protagonista. Afinal, temos o principal motivador para viver de forma justa numa pólis injusta: o sacrifício de Jesus que nos salvou dos pecados e nos instruiu a vivermos em justiça. Uma concepção correta da salvação implica no exercício correto da justiça e das liberdades fundamentais.

 

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