João Batista é um personagem impressionante da história bíblica. Apesar de sua passagem rápida pela história, a sua vida nos traz grandes ensinamentos.
Excluído: Ele preparou o caminho para a vinda do Verbo de Deus, o Deus que encarnou, Jesus Cristo, o Filho de Deus enviado para a salvação dos pecadores.
O apóstolo João, autor do Evangelho de João, diz o seguinte sobre João Batista:
“Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.” (João 1.7)
Assim, Deus cumpria a Sua promessa de enviar o Messias ao povo de Israel, e este era o testemunho de João Batista.
Ele foi um arauto do Verbo encarnado.
Na Idade Média, um arauto era um oficial das monarquias que deveria fazer proclamações solenes sobre os atos do rei. Além disso, o arauto também era um defensor de uma causa ou ideia.
João Batista não apenas anunciava, mas também testemunhava. Deus preparou a sua vida para cumprir essa missão especial.
Uma boa pergunta a se fazer é: por que era necessário que uma testemunha anunciasse o Verbo encarnado?
Alguns estudiosos observam que o método de Deus para Sua revelação sempre envolve um anúncio, uma profecia ou uma avaliação antes que o evento aconteça.
Por exemplo:
Assim, todos os acontecimentos revelacionais foram precedidos por uma anunciação e um testemunho.
Deus Se revela por este meio. Por isso, em Sua sabedoria, Deus preparou um homem para ser o Seu arauto.
Mas, em primeiro lugar, vamos saber alguma coisa sobre João Batista. Cabem, aqui, algumas observações sobre ele.
O evangelista Lucas narra desta forma:
“No décimo quinto ano de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia,
quando Anás e Caifás eram sumo sacerdotes, a Palavra do Senhor veio a João Batista, filho de Zacarias, no deserto.” (Lucas 3.1-2)
Isso ocorreu por volta do ano 28 ou 29 d.C..
Os pais de João Batista, Zacarias e Isabel, já eram avançados em idade quando ele nasceu. Presume-se que ele tenha ficado órfão muito cedo e, por isso, passou a viver no deserto, possivelmente junto aos essênios. Nós lemos o seguinte, em Lucas:
“o menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até o dia em que havia de manifestar-se a Israel.” (Lucas 1.80)
Desde o início, ele viveu de forma reclusa, dedicando-se à preparação, contemplação e estudo da Lei, como era a prática dos essênios.
João Batista se preparou antes de exercer a sua missão, durante 30 anos para um ministério de apenas seis meses e que o levou à morte.
O pastor Judiclay Santos faz uma observação perspicaz sobre isso:
“João se preparou 30 anos para um ministério de seis meses; hoje em dia, as pessoas querem se preparar por seis meses para um ministério de 30 anos. Estamos vivendo uma crise generalizada na formação de líderes.” (Judiclay Santos)
Então, ter um líder sem preparo pode ser pior do que não ter líder algum.
Infelizmente, hoje em dia, as pessoas não leem livros, não se dedicam a nada e querem resultados instantâneos.
Se há uma crise na formação de líderes, o que dizer da qualidade dos crentes?
De fato, se há algo que João nos ensina é que devemos nos esmerar e fazer o melhor para Cristo. Precisamos nos preparar para o trabalho que vamos desempenhar, independentemente da sua duração. Devemos, portanto, nos preparar melhor.
Outro ensinamento de João Batista é que a vida do crente é dirigida por Deus e conduzida pelo Espírito Santo. Ele teve a nobre missão de preparar o caminho para Jesus Cristo, mas a nossa vida também está em conformidade com a predestinação do Senhor. Estamos caminhando na direção que Ele determinou.
A nossa vida não está sujeita ao acaso ou à “roda da fortuna”, como se dependêssemos da boa sorte. Infelizmente, muitos cristãos vivem como se suas vidas fossem conduzidas por suas competências, com a intervenção ocasional de Deus para evitar tragédias.
Somos cristãos, servos de Deus, chamados a viver no mundo que Ele criou e a cumprir Seu plano desde a fundação dos céus e da terra.
Assim como João Batista, fomos chamados para um propósito divino.
João Batista percorreu toda a região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados.
A sua mensagem era simples, mas profunda. Ele compreendia a gravidade do pecado e, por isso, confrontou a religião farisaica, que considerava falsa e corrompida.
Ele disse aos religiosos da época:
“João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: ‘Raça de víboras! Quem lhes deu a idéia de fugir da ira que se aproxima?
Dêem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão.
O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo.” (Lucas 3.7-9)
Por fim, a verdade de sua pregação o levou à morte. Em Lucas 3.18-19, lemos:
“E com muitas outras palavras João exortava o povo e lhe pregava as boas novas.
Todavia, quando João repreendeu Herodes, o tetrarca, por causa de Herodias, mulher do próprio irmão de Herodes, e por todas as outras coisas más que ele tinha feito
acrescentou ainda sobre todas a de lançar João no cárcere.” (Lucas 3.18-20)
Como resultado, João morreu degolado.
Viveu no deserto, vestia-se de peles e se alimentava de gafanhotos e mel. Morreu pobre e sem qualquer reconhecimento humano.
O mundo considerou João Batista um fracasso. No entanto, aos olhos de Deus, ele foi o maior entre os nascidos de mulher.
Que possamos aprender com João Batista a nos dedicar à Palavra e a cumprir corajosamente nossa missão.
Que Deus nos abençoe!
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