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Ferido pela igreja

Marcos David Muhlpointner
08/07/2018
O que o crente deve fazer quando é ferido pela Igreja de Cristo?

Recomeços na Bíblia

Muito antes da instituição da Igreja, já logo no início, depois da Queda, a relação entre Deus e Adão/Eva recomeça, mas em bases diferentes daquelas do ato da criação. Contudo, a intenção de Deus visa sempre a restauração da harmonia.

Deus busca e resgata

Depois de 400 anos de escravidão no Egito, Deus resgata Seu povo para estabelecer com ele uma nova maneira de viver, retomando, assim, a Sua soberania sobre ele.
Ao longo de todo o Livro Sagrado vemos Deus buscando e resgatando o homem de si mesmo e para Ele. Em Eclesiastes 3.11, lemos que Deus plantou a eternidade no coração do homem.

“Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.”

Parafraseando Agostinho, nós só nos sentiremos satisfeitos de nos encontrarmos em Deus.

O filho pródigo

Entre as histórias sobre recomeços contadas por Jesus, creio que  a mais surpreendente seja a parábola do filho pródigo que se encontra em Lc 15.11-32. Nela, um filho reclama a sua parte na herança. O pai a dá e ele vai para uma terra distante, gastando ali todo o seu dinheiro de forma inconsequente. Sem ter sequer com o que se alimentar, o rapaz começa a se lembrar dos dias que vivia com seu pai, e até dos empregados da casa que tinham onde morar e o que comer. Ele, então, resolve voltar para a casa do pai e, para sua surpresa, é recebido com festa, ganha roupas novas e até um anel, símbolo de alegria e pertencimento à família.
Porém, às vezes passa-nos despercebida a atitude desse rapaz. Na história, Jesus aponta uma mudança na maneira de pensar do jovem: “caindo em si”.

“E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” Lucas 15:17

A palavra escolhida por Lucas, no original grego, é muito interessante. Ele usa um verbo grego de maneira muito objetiva. Esse verbo está construído de uma forma que não há equivalente em português. O tempo verbal usado mostra uma ação completa, que foi tomada devido a um caminho percorrido até se chegar a essa decisão.
Da maneira como Jesus colocou aos seus ouvintes, eles entenderam que aquela decisão tinha sido tomada depois dos trágicos eventos que se sucederam com aquele rapaz da história. Essa série de infortúnios levaram o rapaz a perceber a situação em que se encontrava. Ele entendeu o erro que tinha cometido, de onde tinha saído e onde estava. Houve, no entanto, um caminho de sofrimento percorrido até esse ponto, a partir do qual, o rapaz decidiu voltar para a casa de seu pai.
Se analisarmos cuidadosamente a nossa vida, vamos encontrar vários momentos em que “caímos em nós mesmos”! Todas as circunstâncias das nossas vidas nos conduzem à tomadas de decisões. Nem sempre são decisões fáceis e, não raro, não enxergamos as soluções por nós mesmos.
Algo nos leva a compreender que estamos errados e, então, descortina-se o tamanho da estupidez que fizemos. Esse eufemismo de chamar essa atitude de “estupidez”, como agora, é a mesma atitude que Jesus coloca na boca do rapaz.
Depois de reconhecer a situação deplorável em que se encontrava, o jovem diz para si mesmo:

“Pai, pequei contra o céu…” Lucas 15:21

Isso nada mais é do que assumir que pecou contra Deus e o que tinha feito – sair da casa de seu pai – também tinha sido pecado. Um pecado chamou o outro e enredou aquele filho, em uma soma de pecados:

  1. Tomar a atitude de enfrentar seu pai e pedir a parte da herança (reivindicar a parte da herança enquanto o pai estava vivo era como considerá-lo morto).
  2. Ir embora abandonando tudo e todos.
  3. Gastar loucamente os recursos que o pai lhe dera.
  4. Passar necessidade por falta de dinheiro.
  5. Cuidar dos porcos (animal considerado pelos judeus como o mais imundo).
  6. Desejar a comida dos próprios porcos.

Voltando para o pai

Chegando, porém, a um momento de lucidez, ele decidiu voltar. E essa atitude foi tomada com profundo arrependimento e até com o desejo de não ser mais tratado como filho. No entanto, na presença do pai “há plenitude de alegria; na mão direita [dele], delícias perpetuamente”.

“Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente.” Salmos 16:11

É isso que encontramos na casa do Pai, é isso que encontramos na “comunhão dos santos”, expressão que declaramos no Credo Apostólico.
O Salmo 133 termina com uma afirmação que nos enche de esperança – e também pode encher de esperança quem não está mais em uma igreja local.

“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.” Salmos 133:1-3

O salmista diz que o Senhor “ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”. Só que antes disso, no versículo 1, ele compara essa vida e bênção com a comunhão dos irmãos, no versículo 2 com o óleo que desce por todo o corpo do sacerdote e com o orvalho que desce da montanha de Hermon, no versículo 3.
Pois é justamente na “comunhão dos irmãos” que temos a vida e a bênção de Deus para nós. A vida comunitária não é perfeita, mas é abençoada por Deus e abençoadora para nós. A vida em uma igreja local pode ter falhas, mas ali temos “vida e bênção”.
Seja qual for o motivo que leve alguém a abandonar a sua igreja local, a recomendação do autor aos Hebreus é para nos congregarmos sempre e, para isso, a nossa maneira de ver as coisas precisa mudar.

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Hebreus 10:25

Temos que “cair em nós mesmos”, reconhecer nossos erros e não pensar nos outros. O jovem da história de Jesus não se importou com o que o seu pai iria pensar. Porém, a postura determinada e arrependida de abandonar aquele local distante impulsionou aquele jovem.

Igreja, a noiva de Cristo

Sabemos que os erros existem, que as pessoas falham e que as instituições são perniciosas. Mas a verdadeira Igreja de Cristo não é uma instituição, é uma pessoa, a Sua noiva. E essa noiva está sendo aperfeiçoada, adornada, está sendo limpa pelo próprio noivo.

“Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” Efésios 5:26,27

É importante que se faça um destaque: a Igreja de Cristo, a igreja verdadeiramente saudável, é aquela que prega o evangelho genuíno e também ministra o batismo e a ceia, de maneira bíblica. Portanto, busque uma igreja saudável; olhe para Jesus e fixe-se nEle.
Ser membro de uma igreja saudável, que só olha para Ele, se fixa só nEle, pode curar a alma. Essa igreja estará, sempre, disposta a restaurar a comunhão.

 

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