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Feliz ano novo, mas sem falsos juramentos

Diego Venancio
29/12/2019
Você se lembrar dos juramentos do ano passado? Você os cumpriu?


Parece que foi ontem que eu me encontrava aqui, escrevendo um artigo para o Natal e ano novo do ano passado. Eu sei, isso até parece um clichê, mas o tempo tem passado rápido demais. Por falar em ano novo aproveito a ocasião para perguntar: você costuma fazer juramentos nas viradas de ano? Consegue lembrar-se dos juramentos que fez no ano passado? E se fez, você os cumpriu?

Vamos ver o que Jesus nos ensina sobre os juramentos, no Sermão do Monte.

Sobre os juramentos

Jesus diz, no livro de Mateus:

“Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.

Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;

nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei;

nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.

Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.” (Mateus 5.33-37)

A citação de Jesus

É preciso lembrar que este trecho, citado por Jesus, no versículo 33, não é encontrado nas Escrituras. Jesus não está citando a lei, mas uma frase ou uma espécie de interpretação da lei feita pelos fariseus e pelos escribas. Na verdade, o que encontramos na lei é:

“Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” (Êxodo 20.7)

“O Senhor, teu Deus, temerás, a ele servirás, e, pelo seu nome, jurarás.” (Deuteronômio 6.13)

“Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo;
nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19.11-12)

Temos, aqui, um mandamento contido no conjunto dos 10 Mandamentos, uma lei que está em Levítico, e uma variação que se encontra em Deuteronômio. Nesse texto de Deuteronômio é feito um contraponto, daí essa espécie de incentivo ao juramento. O que o texto evidencia era o fato de se fazer juramento pelo Deus verdadeiro ou por outros deuses. Para o povo de Deus, qual é válido? Obviamente, fazer juramentos para o único que pode nos ajudar a cumpri-los. Temos um Deus e devemos tudo a Seu nome; se jurarmos, deve ser por Deus que juraremos e não por deuses falsos.

A afirmação de Levítico faz uma ligação direta com os 10 Mandamentos, com a ideia de não tomar “o nome de Deus em vão”. Portanto, fazer juramentos usando o nome de Deus é uma irresponsabilidade, em si.

Como a afirmação do versículo 33 de Mateus não é da Escritura ou da lei mosaica, é certo que Jesus está rebatendo um entendimento farisaico das leis referentes aos juramentos. E qual era o entendimento farisaico?

Antes, vamos nos lembrar do que Jesus diz sobre a justiça dos fariseus:

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.” (Mateus 5.20)

Este versículo é central para o entendimento do que vem a seguir. Jesus está sempre rebatendo o entendimento morto da lei que os fariseus e escribas tinham.

Os votos e os juramentos

Segundo Sinclair Ferguson, no seu livro “O Sermão do Monte”, da Editora Trinitas, fazer votos ou juramentos fazia parte da vida dos contemporâneos de Jesus.

Os dois tipos de promessas eram distintos. Os juramentos diziam respeito às ações futuras de um indivíduo, enquanto que o voto estava relacionado a objetos e seus usos. Às vezes, porém, o efeito era um só e o mesmo.

De acordo com o Antigo Testamento, ao fazer um juramento, o nome do Senhor não deveria ser usado falsamente.

“…nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19.12)

Com base nisso os judeus desenvolveram uma “teologia do juramento”. Jesus parece deixar de lado tudo isso dizendo: “de modo algum jureis”. Perceba, então, que Jesus se desfaz daquele ensino antigo para trazer um novo.

É proibido jurar?

A primeira vista, parece uma proibição simples e direta sobre o fazer juramentos. Muitos cristãos na história já defenderam essa posição.

Você já deve ter ouvido falar nos Quakers. Eles levam a palavra de Jesus tão ao pé da letra que não juram, nem mesmo num tribunal, diante do juiz. Até hoje eles tem essa linha de conduta.

Na verdade, a questão que Jesus levanta é muito mais abrangente do que, simplesmente, jurar ou não num tribunal. Vemos isso porque ele diz, a seguir, que não devemos jurar nem pelos céus, nem pela terra, nem por Jerusalém e nem pela cabeça de alguém.

O fariseu, fazia esses juramentos, vez após vez, sem no entanto, usar o nome de Deus; com base nisso, sentia-se livre de cumprir a promessa que havia feito. Com certeza, argumentaria: “Se eu tivesse jurado pelo nome de Deus, eu a cumpriria a fim de manter minha promessa. Mas o fato de eu ter prometido pela terra indica que meu compromisso não era absoluto”.

Jesus vai combater essa hipocrisia dizendo que os céus é onde Deus tem seu trono. A terra é o estrado de seus pés. Jerusalém é a Sua cidade santa. E sobre a sua própria cabeça, que poder você tem sobre a cor dos seus cabelos? Ou seja, os escribas e fariseus era desonestos com cara de piedosos. Eles são os piores.

O valor da palavra

O que está em jogo não é o juramento em si, mas o coração com que se jura. Jesus não está proibindo o juramento. Está trazendo, novamente, o valor da palavra. Por isso Ele diz que o nosso falar deve sim, sim e não, não; o que passar disso é mentira, é do maligno, é falsidade.

Se você fala algo sem a intenção de cumprir está cometendo pecado.

Se você contrai uma dívida sem a intenção de pagar, você está incorrendo em pecado e isso é abominável para Deus.

No entanto, o juramento não é proibido. Jesus está resgatando o poder e o valor da palavra. Os juramentos são algo solene. Se você recorrer ao juramento, então esteja disposto a cumpri-lo ainda que isso te custe a vida.

Ora, não é essa a crise que vivemos nos últimos séculos? As pessoas não confiam umas nas outras, tudo o que o homem faz, precisa de contrato, de um cartório. Países não confiam em outros países. Acordos são quebrados e muitas vezes o resultado disso é uma guerra.

No entanto, no Reino que Cristo inaugurou, os crentes, ou melhor, os súditos do Reino de Jesus Cristo são cumpridores das suas palavras, ainda que não façam qualquer juramento.

É hora de mudar

Portanto, ao final de mais um ano, cuidado com aquilo que você se compromete, com os outros e com Deus. Seja o vosso falar sim, sim e não, não.

Aliás, o meu conselho pessoal a você é: apenas mude! Você não precisa prometer ou se encher de juramentos. Apenas, mude. Com o poder de Deus, mude!

 

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