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Em tudo dai graças

Maristela Castro Muhlpointner
09/10/2025
Você já parou para pensar por que a gratidão, algo tão simples, precisa ser uma ordem? Descubra o que essa questão revela sobre nossa natureza e como ela pode transformar a sua vida. Entenda razão crucial que existe para se dar graças “em tudo”.


Portanto dai graças!

No final do ano passado, eu comprei uma frase para decorar a parede da sala. Ela foi confeccionada em 3D, com relevo, e ficou linda acima de uma poltrona de leitura, ao lado de um abajur! Escolhi um ponto central da sala para colocá-la, de modo que seja visível de qualquer lugar: da mesa de jantar, do sofá, de onde estivermos.

Nela pode-se ler:

“Em tudo dai graças”

Durante os primeiros dias em que ali esteve, essa mensagem chamou bastante a atenção da nossa família. No entanto, com o passar do tempo, nos acostumamos com a sua presença. Deixamos de olhar para ela com a mesma frequência e, muitas vezes, nem lembramos mais que ela estava ali.

Essa experiência doméstica nos convida a refletir.

Assim como esquecemos a frase na parede, também ignoramos, com facilidade, as palavras que o apóstolo Paulo dirigiu à igreja de Tessalônica — e que se estendem a nós:

“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1 Tessalonicenses 5.18)

O “Dai graças” é reconhecimento

A expressão “dai graças” nos chama a reconhecer tudo: o que somos, o que temos e até mesmo o que nos falta.

Esse reconhecimento nos faz admitir que nada vem de nossos próprios méritos. Tudo vem de Deus que nos dá as condições para viver, trabalhar e conquistar. Assim, a gratidão torna-se o reconhecimento de que o Senhor é a fonte de todas as coisas.

O versículo “em tudo dai graças” nos exorta a enxergar a graça de Deus e Seu favor imerecido em todas as circunstâncias da vida. Respirar, viver, existir: tudo é dom do Pai.

“Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos.” (Atos 17.28)

Essa constatação nos lembra de nossa total dependência. Precisamos do ar, da saúde, da força. Por isso, como servos, a nossa única resposta apropriada deve ser a gratidão.

Além disso, podemos observar que o apóstolo Paulo usa o verbo no imperativo. Ele não sugere, ele ordena a sermos gratos. A instrução é clara e urgente. E o tempo verbal, no presente contínuo, mostra que essa gratidão deve ser constante, não ocasional. Portanto, precisamos dar graças sempre — nos bons e nos maus momentos.

Ao negligenciarmos essa ordem, entristecemos o Espírito Santo. E não só isso. Se não obedecemos, por certo pecamos.

“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4.30)

Desobedecer o “dai graças” revela cobiça

Diante de tudo o que Deus nos deu — a cruz, a vida eterna, as Suas promessas — por que a gratidão precisa ser ordenada?

A razão está em nosso coração. Deus conhece nossa natureza. Ainda que tenhamos sido regenerados, continuamos lutando contra o pecado.

Somos justificados por Cristo, mas ainda não somos plenamente justos em nós mesmos. Por isso, a nossa inclinação natural tende à ingratidão.

Basta olhar para Adão e Eva. No Éden, onde Deus ofereceu tudo a eles, foram desejar justamente o que foi proibido. Cobiçaram o único fruto que não podiam tocar.

“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu; deu também ao marido, e ele comeu.” (Gênesis 3.6)

Essa narrativa revela algo profundo: quando não damos graças, nós abrimos espaço para o desejo desordenado. A cobiça substitui a gratidão.

O antídoto para isso é o contentamento. Quem se satisfaz com o que tem — com o cônjuge, com a vida, com a realidade — não cobiça o que pertence ao outro.

Paulo confirma isso em Romanos:

“Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás.” (Romanos 7.7)

A cobiça é a raiz de muitos pecados. Além disso, ela é inimiga direta da gratidão e nos faz desprezar aquilo que Deus já nos concedeu.

Dai graças mesmo na dor

Talvez você se pergunte:

“Como posso dar graças quando passo por coisas tão difíceis?”

De fato, não é fácil. Como agradecer diante da morte de um ente querido, de uma doença grave, de uma traição ou de uma injustiça?

A resposta está na compreensão correta da ordem. Nela, Paulo não disse “dai graças por tudo”, mas “em tudo”. Assim, a diferença é crucial.

Nós não agradecemos pela tragédia, mas no meio dela. Reconhecemos que, mesmo em meio ao sofrimento, Deus continua bom, justo e fiel. Ele cuida dos órfãos, das viúvas, dos abandonados e  dos traídos.

“Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada.” (Salmos 68.5)

Deus também sustenta os fracos e consola os que choram:

“Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (2 Coríntios 12.10)

Mesmo sem entender, nós escolhemos confiar. Sabemos que Deus permanece soberano. Portanto, nenhuma dor é grande demais para desestabilizar o trono de Deus.

“Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça.” (Lucas 21.18)

A vontade de Deus é a nossa gratidão

Por fim, a essência de 1 Tessalonicenses 5.18 é que Deus deseja que tenhamos um coração grato em todas as situações.

O ímpio blasfema nas adversidades, mas o cristão reconhece a mão de Deus por trás de tudo.

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” (Romanos 8.28)

Esse “bem” não se resume a conforto ou sucesso, mas ao propósito maior. O de sermos conformados à imagem de Cristo. A dor também nos santifica.

A ordem “em tudo dai graças” só se torna possível em Cristo Jesus. Nele, encontramos acesso à graça, consolo, perdão e força para agradecer até mesmo quando tudo parece escuro.

Precisamos confiar na Palavra de Deus, mesmo quando os motivos parecem ausentes. Afinal, Ele é nosso provedor, sustentador, protetor e perdoador.

Por isso, não sejamos indiferentes à Sua bondade. Não deixemos que a rotina da vida nos torne insensíveis, como aconteceu com a frase na parede.

Que a gratidão não seja esquecida, mas vivida.

Portanto, sejamos gratos pelas pequenas bênçãos, sejamos gratos pela salvação e sejamos gratos pela eternidade. Que a minha e a sua vida transborde gratidão como resposta à fidelidade do nosso Deus.

Amém!

Você gostou dessa reflexão sobre a gratidão em todas as circunstâncias da vida?

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