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Depressão, o descompasso da alma

Diego Venancio
24/11/2020
A depressão é uma doença grave que afeta muitas pessoas, incluindo os mais piedosos cristãos. É possível que Davi estivesse deprimido quando escreveu o Salmo 42. Como ele lidou com isso? Qual o seu método de combater a depressão?


Na canção “Acordo”, o pastor, músico e poeta Stênio Marcius descreve o processo de depressão como um desacordo entre a alma e o entendimento. Ele diz:

“Puxa uma cadeira, minh’alma, que eu quero te perguntar:
Por que me roubas a calma e botas tristeza no olhar?
Vamos entrar num acordo, vida tranquila viver,
Lembra daquilo que o mestre falou:
A Minha graça te basta.” (Acordo, Stênio Marcius)

No Salmo 42, Davi faz esta pergunta:

“Por que estás abatida, ó minha alma?
Por que te perturbas dentro de mim?” (Salmo 42.5)

A pergunta se repete no versículo 11. Por quê? Porque há horas em que a nossa alma nos deixa como se nada tivesse sentido. Davi parece estar inconformado com essa condição de falta de paz, falta de descanso da sua alma.
Ele reconhece que a alma dele está sedenta por Deus. Ele está em sofrimento enquanto Deus parece estar em silêncio. Ele se entristece porque, outrora, ele conduzia o povo no louvor a Deus a caminho do templo. Foram momentos de grande alegria.
A pergunta é: onde foi parar aquela alegria? Onde foram parar aqueles dias bons quando parecia até ser outra pessoa?
Este tema desperta muita curiosidade. Como é que nós, que somos crentes no Senhor e fomos resgatados pelo Senhor Jesus dos nossos pecados, temos esses eventos de depressão na nossa vida?

O descompasso no coração

Já temos entendimento da maravilhosa obra de redenção, mas nossa alma parece não agir conforme o entendimento que temos. Às vezes entramos neste conflito que chamei de descompasso entre a alma e o coração.
Quando a Bíblia fala de coração, fala sobre entendimento, razão, mente. É assim que um judeu entende aquilo que se chama “coração” nas Escrituras. Não é sentimento; é o cerne da volição. É aquilo que assimilamos e, ao mesmo tempo, é o que nos move. Quando nosso coração está em conflito, ficamos parados, sem entender; temos dúvidas; nossa fé é abalada. Uma crise de fé é uma crise no coração.
As Escrituras dizem:

“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” (Romanos 10.17)

A pregação da Palavra de Deus mexe com o nosso intelecto. Devemos compreender as proposições racionais que Deus nos apresenta. Afinal, Deus Se revelou em palavras. Isso é tão poderoso que no primeiro capítulo do Evangelho de João lemos que a Palavra Se tornou carne, mas isso ficará para outro dia.
O fato é que precisamos compreender essas palavras. Assim, o Espírito Santo age de tal forma que mudamos a nossa vontade, compreendendo a necessidade dessa mudança.
Entretanto, o que fazer quando sabemos no que cremos, temos conhecimento, somos crentes maduros e experimentados, lemos nossa Bíblia, mas mesmo assim nos encontramos num estado de depressão? Parece que não existe mais acordo, como diz a canção, entre o que cremos e o nosso espírito, a nossa alma.
É de suma importância que compreendamos que a depressão é uma doença. Ouvimos nas falas de psiquiatras e psicólogos que é uma doença que precisa de tratamento sério. Ela paralisa, rouba as forças, e isso de maneira multiforme. Essa doença gera inúmeras consequências para quem se encontra com depressão.

A tristeza que não é depressão

Precisamos compreender, porém, que nem toda tristeza é depressão.
O crente lida constantemente com uma dupla realidade. Já somos justificados pela obra de Cristo, de modo que todos os nossos pecados – passados, presentes e futuros – foram levados na cruz do Calvário. Sua perfeita justiça foi imputada, colocada, inserida na nossa conta, de modo que, quando Deus olha para nós, miseráveis pecadores, Ele vê o sacrifício de Cristo em nós e nos considera justos e irrepreensíveis, pelos méritos de Cristo.
No entanto, ao mesmo tempo que os salvos estão assentados com Cristo à direita do Pai, estamos também aqui, vivendo nesta realidade de pecado, do lado de cá da eternidade. Ainda estamos neste corpo de pecado, ainda estamos guerreando nas trincheiras. Sim, estamos guerreando um batalha vitoriosa, já vencida, mas ainda temos algo para completar nesta realidade. Vivemos o que os teólogos chamam de o “já” e o “ainda não”. Já é uma realidade, mas ainda não em plenitude. Por isso, ainda lidamos com a tristeza. Lidamos ainda com as nossas imperfeições. Assim, lidamos com a alegria da salvação e a tristeza do pecado.
Certa vez John Piper foi perguntado sobre qual deveria ser o sentimento correto diante da ordenança da Ceia do Senhor. Deveria ser de tristeza pelo pecado e morte do nosso Salvador ou de alegria pelo perdão recebido? Piper respondeu que deveria ser uma tristeza alegre e uma alegria triste, ou melhor, reverente.
Essa resposta nos dá a noção de como a nossa vida deve ser vivida como um todo. Vivemos em alegria, em paz com Deus, cientes de quem somos diante de Deus pela obra de Cristo. Entretanto, vivemos tristes, porque ainda tropeçamos, porque ainda traímos nosso Senhor, porque ainda flertamos com aquilo que devemos odiar.
A tristeza faz parte da vida do cristão.

Conheça o seu Salvador e pregue constantemente à sua alma

A minha área de atuação não é a psiquiatria, nem a psicologia. Sou meramente um pastor que procura orientar pessoas e aconselhar com as Escrituras. O que desejo apontar é aquilo que as Escrituras nos mostram. Quero apontar o que Davi fez na sua luta contra a depressão, apresentado no Salmo 42.
Conheça o seu Deus e aponte os Seus feitos, um a um, para a sua alma. Mesmo que você esteja sofrendo uma grave depressão, faça um sério tratamento com um bom psiquiatra, mas também pregue para a sua própria alma. Lute contra esse descompasso que a depressão gerou entre a sua mente e a sua alma. Veja como Davi trata a sua alma. Observe as partes em negrito.

“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.
Sinto abatida dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.
Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim.
Contudo, o SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida.
Digo a Deus, minha rocha: por que te olvidaste de mim? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?
Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está?
Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Salmo 42.5-11)

Exortação

Espere em Deus, meu querido irmão. Ensine as verdades das Escrituras à sua alma. Que o Senhor Deus o abençoe e o liberte desta depressão, se for o seu caso.

 

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