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Cristãos necessitam do Evangelho

Suny Gentilal
18/11/2018
O descrente necessita do Evangelho como única forma de escapar da ira de Deus, e o crente para caminhar rumo à maturidade cristã.

Não existe, na Bíblia, a ideia de que o Evangelho é somente para os não-cristãos. A verdade que Paulo nos ensina, na epístola de Gálatas, é que cristãos necessitam do Evangelho para viverem como verdadeiros discípulos de Cristo. E os não-cristãos, para fazerem parte da família de Deus.
Timothy Keller no seu livro “Gálatas para Você” escreveu o seguinte sobre esse livro:

“Nesta breve carta, no entanto, Paulo delineia a verdade bombástica de que o Evangelho é o abecedário da vida cristã. Ele não é apenas a maneira pela qual se entra no reino; é a maneira pela qual se vive na condição de participante do reino”.
– TIMOTHY, Keller. Gálatas para você. São Paulo: Vida Nova, 2015. 208 p.

Essa verdade é bastante crucial para a Igreja dos nossos dias. Não quero aqui generalizar, mas é bastante evidente os problemas espirituais que muitas de nossas Igrejas tem enfrentado. Esses problemas são frutos da negligência para com a mensagem da verdade na vida da igreja. Uma Igreja saudável entende que o Evangelho é que mantém o cristão de joelhos diante da cruz.

Martinho Lutero

A tese número 62 das 95 teses de Lutero sobre as indulgências diz o seguinte:

“O verdadeiro tesouro da igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus”.
– LUTERO, Martinho. Martinho Lutero: uma coletânea de escritos. São Paulo. Vida Nova, 2017. 448 p.

Lutero descobriu que a Igreja Católica Romana tinha a Bíblia em mãos, mas havia aprisionado a verdade em uma jaula. É possível lermos a Bíblia e não entendermos o Evangelho. As nossas Igrejas podem estar repletas de Bíblias sobre os bancos, mesmo assim percebermos a falta de entendimento do que seja o Evangelho. O que Lutero fez, nada mais foi do que abrir a jaula e deixar que o Evangelho “trabalhasse”, por si mesmo. Essa verdade, por si só, tem poder de transformar vidas. O Evangelho tem o poder de nos manter, espiritualmente, saudáveis.

A epístola de Gálatas

Gálatas foi escrito pelo apóstolo Paulo por volta de 50 D.C.. Ele escreveu essa carta às Igrejas da Ásia Menor, na Galácia:

“Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),
E todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia…” – Gálatas 1:1,2

Só podemos compreender essa epístola se conseguirmos entender o seu cenário histórico. As Igrejas da Galácia estavam passando por vários problemas. Havia, em seu meio, divisão social e racial. Alguns cristãos judeus de Jerusalém estavam exigindo que os cristãos gentios praticassem todos os costumes cerimoniais da lei de Moisés. Exigiam que eles observassem a lei dos alimentos e, também, a circuncisão. Só assim poderiam ser aceitos e serem agradáveis a Deus.
Esses mestres judeus estavam criando divisões e conflitos culturais na Igreja através de um “outro evangelho”, ensinado por eles. Como se não bastasse, atacaram, ainda, o apostolado de Paulo. Este, nesta epístola, é obrigado a defender o seu apostolado.
Existe nesta carta algo que não podemos deixar passar em branco: Paulo expõe, detalhadamente, a verdade de Cristo e mostra como o Seu Evangelho opera.
A epístola foi escrita para cristão professos. Qual seria o motivo de Paulo escrever sobre o Evangelho para cristãos professos? Só existe uma resposta: cristãos genuínos necessitam do Evangelho para viverem como Cristo, assim como os descrentes necessitam do Evangelho para fazerem parte da família de Deus.

O que estava acontecendo?

O que estava acontecendo com os Gálatas? Eles entraram na família de Deus através do Evangelho de Cristo Jesus, mas estavam abandonando a verdade, queriam seguir a vida cristã sem o Evangelho. Eles deixaram-se levar pelos ensinos dos falsos mestres.
Vejamos o que Paulo escreveu:

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;
O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.
Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” – Gálatas 1.6-8

A preciosidade do Evangelho

Quando lemos o versículo 8, uma declaração surpreendente do apóstolo nos chama a atenção: quem pregasse outro Evangelho, diferente daquele que Paulo pregava, seria considerado maldito. Perceba que Paulo se inclui na lista: “Mas ainda que nós mesmos…”, isso é surpreendente!
A autoridade do apóstolo Paulo deriva da mensagem da cruz e se algum dia ele próprio mudasse o discurso e pregasse outra coisa que não fosse de acordo com o que ele tinha pregado anteriormente, deveria ser considerado anátema. Dá para perceber como o apóstolo Paulo leva a sério o Evangelho?
O versículo 10 deixa isso mais claro:

“Pois, será que eu procuro agora o favor dos homens ou o favor de Deus? Será que procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando a homens, eu não seria servo de Cristo”. – Gálatas 1:10

Paulo está dizendo, para aqueles irmãos, o seguinte: “Eu não abro mão desta mensagem preciosa para agradar homens”. A verdade de Cristo era tão preciosa, para o apóstolo Paulo, que o desejo de agradar os homens desaparecia quando se tratava da verdade.

Um mau exemplo

Em contraste, temos um mau exemplo do apóstolo Pedro quando ele sentiu medo dos homens e agiu como se o Evangelho não fosse suficiente. Paulo o repreendeu publicamente. Vejamos o texto:

“Quando, porém, Cefas chegou a Antioquia, eu o enfrentei abertamente, pois merecia ser repreendido.
Porque antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele estava comendo com os gentios; mas quando eles chegaram, Cefas foi se retirando e se separando deles, por temer os que eram da circuncisão”. – Gálatas 2:11-12

Pedro estava comendo, bebendo, convivendo com os irmãos da Antioquia uma igreja gentílica quando chegaram alguns judeus, da parte de Tiago, da Igreja de Jerusalém. Pedro, simplesmente, se retirou e se separou deles. Pedro entendia o Evangelho, sabia que a verdade de Cristo era suficiente, que somos verdadeiramente purificados em Cristo Jesus e não cumprindo a lei cerimonial. Então o que levou Pedro a agir daquele jeito? O temor dos homens. Dá para perceber isso no texto? O temor dos homens provocou a hipocrisia em Pedro. Ele, simplesmente, abandonou as suas convicções para satisfazer a vontade dos homens.
Esse contraste, não está aqui por acaso, Paulo não abre mão do Evangelho por temer homens enquanto Pedro falha nesse aspecto. Paulo traz à memória de Pedro a verdade de que somos justificados não por obras da lei, mas pelas obras de Cristo. Ninguém é justificado pelas obras da lei. Vejamos o texto:

“…sabemos, contudo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. Nós também temos crido em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da lei, pois ninguém será justificado pelas obras da lei.” – Gálatas 2:16

Se o próprio apóstolo Pedro precisou alinhar-se com a verdade, qual seria o motivo de nós abandonarmos o Evangelho? Assim como Pedro precisou, os cristãos precisam desta grande verdade para andar na direção certa.
Os Gálatas precisavam entender que Cristo cumpriu a lei. Deus considera aqueles que confiam em Cristo como aqueles que obedeceram a lei, não pelos seus esforços, mas porque a justiça de Cristo nos foi imputada.

Cristãos também precisam do Evangelho

Jerry Bridges escreveu o seguinte no seu livro “O Evangelho para a Vida Real”:

“Portanto, Deus considera todos os que confiam em Cristo como tendo obedecido totalmente à sua lei em todas as suas exigências.
Podemos corretamente dizer que, aos olhos de Deus, quando seu Filho obedeceu perfeitamente à sua lei, nós também o fizemos do mesmo modo.”
– BRIDGES, Jerry. O evangelho para a vida real: voltando-se para o poder libertador da cruz dia após dia. São José dos Campos, Sp: Fiel, 2015. 250 p.

Quando acrescentamos alguma coisa à mensagem de Cristo, estamos levantando a bandeira do legalismo, o qual é um jugo para a Igreja. O legalista não se satisfaz somente com o Evangelho; ele busca mais alguma coisa.
Precisamos, sempre, do Evangelho para permanecermos na linha. Sem essa verdade, podemos correr o risco de cair no legalismo e viver uma vida totalmente fora da vontade de Deus. Cristo Jesus deve ser o nosso modelo de vida e piedade. Fora Dele não existe vida cristã.
A divisão social e racial das igrejas da Galácia era causada, exatamente, pelo abandono do Evangelho. Somente o Evangelho é capaz de unir judeus e gentios. Os relacionamentos dentro de uma comunidade não devem ser baseados, simplesmente, pela afinidade que um tem para com o outro. Pessoas totalmente antagônicas podem ser unidas pelo Evangelho. Quando abandonamos esse Evangelho, a divisão acontece e não conseguimos tolerar uns aos outros em amor. Um sinal de que o Evangelho está sendo negligenciado é quando existe mais divisão do que união em nosso meio.
Uma comunidade que abandona o Evangelho para dar ouvidos a uma falsa mensagem não é uma comunidade saudável. Quando acrescentamos qualquer coisa ao Evangelho, nos amarramos ao legalismo religioso. Esse “evangelho” coloca um jugo pesado sobre a Igreja. retira a liberdade do cristão para torná-lo, novamente, escravo. Hoje em dia, isso é comum. Quando inventamos regras para serem cumpridas pela congregação, a privamos do crescimento espiritual, tirando a sua liberdade cristã . Preferimos, por exemplo, proibir o consumo da cerveja em vez de ensinar como o cristão deve lidar com a bebida. Preferimos o que é mais fácil por falta de vontade de discipular.
Muitos cristãos tem medo de ouvir música que não seja sacra porque foram ensinados que é pecado. Outros cristãos tem medo de opinar sobre política porque foram ensinados que não devem fazer isso, enfim, muitas regras foram criadas por homens e o verdadeiro Evangelho foi sendo colocado de lado.

Conclusão

Vou terminar este texto com a seguinte reflexão:
O descrente necessita do Evangelho, a única maneira de escapar da ira de Deus, assim como o cristão necessita do Evangelho para caminhar rumo à maturidade cristã. Por essa razão, nos púlpitos de nossas Igrejas, os pastores devem pregar somente o Evangelho. Essa grande mensagem é útil para o visitante que não conhece a verdade assim como para o irmão que já é membro de uma igreja há mais de trinta anos.
Precisamos andar sempre na linha. Quando saímos dela, nos perdemos em nossos próprios caminhos.
Nossos irmãos em Cristo devem ser instrumentos de Deus para nos ajudarem a andar sempre nessa linha. Por essa razão, o discipulado mútuo é de extrema importância para a saúde da Igreja, lembrando que sem o Evangelho não existe discipulado.

 

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