No post da semana passada, tratamos do casamento e por que Deus o instituiu. Neste post, então, dando continuidade ao tema, examinaremos a linguagem figurativa que Deus usa em diversos lugares nas Escrituras.
Deus compara o Seu relacionamento com o Seu povo a um casamento. Vejamos, portanto, algumas passagens bíblicas onde Deus usa a figura do casamento.
“Assim diz o SENHOR: Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou quem é o meu credor, a quem eu vos tenha vendido? Eis que por causa das vossas iniquidades é que fostes vendidos, e por causa das vossas transgressões vossa mãe foi repudiada.” (Isaías 50.1)
“Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.
Porque o SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus.
Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te.” (Isaías 54.5-7)
Existem muitas passagens onde Deus usa uma linguagem comparativa de casamento para tratar da infidelidade do Seu povo, com quem Ele fez uma aliança. Caso tenha interesse, consulte: Isaías 61.10; 62.4-5; Jeremias 2.2; 3.1-6; 3.12-14; 31.31-32; Ezequiel 16.8; 16.14-15; 16.30-32; 23.1-4; 23.36-38. Entretanto, eu gostaria de destacar as seguintes.
“Quando, pela primeira vez, falou o SENHOR por intermédio de Oseias, então, o SENHOR lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR.” (Oséias 1.2)
Com a instrução para Oseias, Deus utiliza a imagem de um casamento onde há infidelidade. Ele faz isso para demonstrar que Ele ama o Seu povo rebelde e quer que ele regresse.
“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.
Naquele dia, diz o SENHOR, ela me chamará: Meu marido e já não me chamará: Meu Baal.
Desposar-te-ei comigo para sempre; […] em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias;
desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR.” (Oséias 2.14,16,19-20)
O tratamento de Deus com o Seu povo é um de ciúme. Ele ama, deseja e cobra a fidelidade do Seu povo, porque o Senhor é ciumento para conosco. O ciúme em si não é uma coisa má, mas é ruim quando é desproporcional.
De início, a ideia primária da passagem de Efésios é nos ensinar a submissão a Cristo. No entanto, Paulo faz isso através de algumas ilustrações: casamento, filhos e pais, servos e senhores. É como se ele dissesse que a oportunidade que temos de demonstrar a nossa sujeição a Cristo está nessas relações.
“Enchei-vos do Espírito,
sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Efésios 5.18,21)
Como devemos nos sujeitar uns aos outros em Cristo? Bem, usando a ilustração do casamento, Paulo diz:
“As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor.” (Efésios 5.22)
A submissão das mulheres não tem nada a ver com os homens serem melhores ou piores do que as mulheres. Deus ordenou isso com um propósito maior.
As responsabilidades e funções do casamento existem para representar algo maior e melhor. Veja:
“Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja.” (Efésios 5.23)
Vemos, portanto, que Paulo está fortalecendo a imagem do casamento que ele usou: o marido é o cabeça da esposa, assim como Cristo é o cabeça da Igreja.
“Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” (Efésios 5.24)
Então, a ênfase permanece, com a esposa representando a Igreja. Assim, a autoridade não existe porque o homem é melhor, mas existe para que ele sirva a sua mulher.
A autoridade que Cristo exerce é amorosa, é justa, é santa. Por isso, Ele usa a Sua autoridade para Se entregar pela Igreja, por amor a ela, para servir.
Os nossos casamentos são grandes luzeiros nesse quesito. Então, a autoridade masculina deve ser usada para servir as mulheres, como doação.
No versículo 31, temos a conclusão, que aponta à Criação.
“Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne.” (Efésios 5.31)
Em suma, o casamento foi criado por Deus para representar o relacionamento de Cristo com a Sua Igreja. Assim, o casamento entre um homem e uma mulher deve ser uma representação visível, terrena e temporal do casamento invisível, celestial e eterno de Cristo e da Sua Igreja, até que o Senhor Jesus regresse.
Gostou deste texto sobre o casamento?
Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.
Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!
Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.
Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.
Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.
