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Bem-aventurados os que choram

Diego Venancio
06/10/2019
Aqueles que choram pelos seus pecados serão consolados e chamados de bem-aventurados.

Introdução

Antes de começarmos a tratar, propriamente, sobre os bem-aventurados, gostaria de fazer uma breve introdução.

Primeiramente, ser um bem-aventurado significa ser uma espécie de abençoado. O contrário de bem-aventurados é amaldiçoados. São aqueles que  são benditos.

O público que ouvia o Sermão do Monte, provavelmente, já estava habituado a ouvir essa palavra “bem-aventurados”, pois ela é apresentada logo no primeiro versículo de abertura dos Salmos.

O tempo já chegou

Em Mateus, nós lemos:

“Para que se cumprisse o que havia sido falado pelo profeta Isaías:

Terra de Zebulom, e terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios;

o povo que vivia em trevas viu uma grande luz; sim, uma luz raiou para os que viviam na região da sombra da morte.

Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: Arrependei-vos, porque o reino do céu chegou.” (Mateus 4.14-17)

A vida e obra de Cristo foi profetizada no Antigo Testamento. A vinda de Jesus, o Ungido, deu-se na plenitude dos tempos. E quando Ele decidiu iniciar, de fato, o seu ministério, declarou:

“Arrependei-vos, porque o reino do céu chegou.” (Mateus 3.2)

É isso! O reino do céu chegou e, agora, Jesus vai declarar os termos deste reino: qual será a ética, como funcionarão as leis e quem fará parte deste reino.

Bem-aventurados

É neste contexto de inauguração do reino que Jesus fala sobre os bem-aventurados.

Por que isso é importante? Porque é preciso entender quem são esses bem-aventurados.

Numa leitura superficial podemos interpretar essas pessoas como sendo meras pessoas sofridas, injustiçadas pela sociedade civil. Mas o reino do céu não se trata de justiça social!

O reino do céu acontece sobre uma ética peculiar, e é baseado numa obra particular. Esse entendimento é fundamental para a correta interpretação das bem-aventuranças.

Ainda em Mateus, lemos:

“Bem-aventurados os que choram,  porque serão consolados.” (Mateus 5.4)

Jesus já havia dito que aqueles que são pobres de espírito são bem-aventurados e que deles é o reino do céus.

Como não falarei sobre os pobres de espírito, hoje, então, já arremato dizendo que os pobres de espírito são aqueles que negam a sua autossuficiência. São aqueles que sabem que dependem de Cristo para o perdão dos seus pecados. São aqueles que entenderam que nada podem diante do seu pecado. Ser pobres de espírito significa ter um espírito humilde diante da luta contra o pecado.

Portanto, o reino do céu é feito por pessoas que são pobres de espírito, que não são orgulhosas, mas dependentes de Cristo para lhes dar a vitória.

Bem-aventurados os que choram

Na mesma linha, os que choram são bem-aventurados pois serão consolados.

O reino do céu é composto, também, por pessoas que choram. Mas a primeira pergunta a ser feita ao se estudar o texto é:

Os que choram, choram pelo quê? Ou por que choram?

Para responder a estas questões vamos ter que recorrer aos profetas. Isaías, mais uma vez, vai nos ajudar a responder essas questões:

“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.” (Isaías 40.1)

Do que esse povo precisa ser consolado, ou melhor, do que o povo de Deus precisa ser consolado?

O profeta responde, a seguir.

“Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados.

Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.

Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados.” (Isaías 40.2-4)

Um novo tempo

O profeta diz para gritar que a guerra acabou, que os pecados ou iniquidades foram perdoados e que, agora, um novo tempo se inicia. Esse tempo será iniciado com a vinda de um arauto, uma voz que clamará pelo deserto dizendo que o rei está chegando. Este arauto é apresentado nos evangelhos como João Batista, aquele que preparou o caminho do Senhor. João Batista foi aquele que Deus preparou para aplainar o caminho de Jesus Cristo.

O versículo 5 diz:

“A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse.” (Isaías 40.5)

É exatamente o que afirma o texto de Mateus que apresentamos no início.

“O povo que vivia em trevas viu uma grande luz; sim, uma luz raiou para os que viviam na região da sombra da morte.” (Mateus 4.16)

Na verdade este texto é uma citação do profeta Isaías novamente:

“O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e resplandeceu a luz sobre os que habitavam na terra da sombra da morte.” (Isaías 9.2)

Perceba que, uma nova realidade está sendo inaugurada. Nessa nova realidade,  aqueles que choram serão consolados. Como o profeta, mesmo, nos apresenta, o povo do Senhor será consolado por conta dos seus pecados. Podemos concluir que os que choram, choram a dor dos seus pecados, choram a luta contra o pecado, choram a traição de Adão que repercutiu na sua própria natureza fazendo com que se distanciassem do verdadeiro Deus, do Senhor dos Senhores. Eles choram por terem perdido a verdadeira esperança, choram porque não vêem solução para o seu problema mortal.

Mas Deus não deixará isso assim.

São inúmeras as profecias a respeito de uma mudança, onde o povo será resgatado e feito povo de Deus, vivendo em completa paz.

Vejamos a profecias de Jeremias 32 apenas como um exemplo das muitas profecias sobre isso:

“Agora, pois, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca desta cidade, da qual vós dizeis: Já está entregue nas mãos do rei da Babilônia, pela espada, pela fome e pela peste.

Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os lancei na minha ira, no meu furor e na minha grande indignação; tornarei a trazê-los a este lugar e farei que nele habitem seguramente.

Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos.

Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.

Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plantá-los-ei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma.

Porque assim diz o Senhor: Assim como fiz vir sobre este povo todo este grande mal, assim lhes trarei todo o bem que lhes estou prometendo. ” (Jeremias 32.36-42)

Seria uma visão política?

É quase inacreditável que a maioria das pessoas, em nossas igrejas, não tenha essa compreensão das bem-aventuranças e acaba por adotar um visão política para interpretar este texto. Entende, assim, que os pobres são os desvalidos, os que choram são os injustiçados, os que têem fome e sede de justiça, são os que lutam por justiça social. Esse é um engano terrível!

O livro dos Salmos já nos ensina como devemos compreender estas palavras de Jesus, há muito tempo.

Veja só o Salmos 32:

“Bem-aventurados aqueles cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.

Bem-aventurados os homens a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo.

Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.

Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.

Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.

Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão.

Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.

Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.

Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem.

Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor, a misericórdia o assistirá.

Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.” (Salmos 32.1-11)

Conclusão

“Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva;

seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva;

seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente

Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus!

Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa.

Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente.” (Isaías 40.6-11)

Que o Senhor nos abençoe. Chore pelos seus pecados, lamente por essa natureza tão má. Mas saiba que o Reino já está a consolar os que confiam em Cristo como seu Senhor.

Confie que o fato de chorarmos pelos nossos pecados é um grande sinal de que somos bem-aventurados. E que o nosso Senhor não tarda em nos consolar definitivamente.

 

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