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A Teologia de Paulo na Prisão

Renato Oliveira
04/08/2019
Paulo escreve uma carta, na prisão, aos amados irmãos filipenses, de incentivo à alegria cristã madura advinda de uma fé robusta em Cristo.


 

Introdução

A carta aos filipenses é uma das cartas prisionais de Paulo. Ou seja, foi escrita enquanto ele estava preso.
O seu tema principal difere um pouco das outras cartas que Paulo escreveu. Nelas, geralmente, Paulo precisava combater algum falso ensino que ameaçava a Igreja ou, fervorosamente, exortar os irmãos a respeito de algum pecado em evidência entre eles.
A carta aos filipenses tem o objetivo de estimular aqueles irmãos de Filipos a terem uma vida de alegria em Cristo.
Vale salientar que Paulo não estimula tal coisa da boca para fora, porque ele mesmo já havia dito:

“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1.21)

Quem foi Paulo

Paulo não era um neófito empolgado e entusiasmado pela novidade cristã de modo que essa empolgação pela fé recebida viesse a se dissipar quando viessem as provações.
Paulo vivia o ápice de sua maturidade cristã. Se ele podia dizer aos irmãos filipenses e também a nós, os de hoje, que nos alegrássemos no Senhor é porque, há muito tempo, já havia considerado a sua vida terrena insignificante comparada à responsabilidade advinda de viver em Cristo e para Cristo.
Paulo era experiente e instruído. A essa altura, já era muitíssimo considerado entre os cristãos, sendo ele apóstolo, mestre, evangelista, pregador e, nas suas próprias palavras, “o pior dos pecadores“.
Não havia queixa alguma da parte de Paulo em relação àquela Igreja. Isso fica evidente no texto que se segue:

“Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós,
fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações,
pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora.
Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.
Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo.” (Filipenses 1.3-7)

Veja que Paulo lembra-se daqueles irmãos com total alegria e satisfação pela fé exercida por eles. Ele, ainda, encoraja-os, assim, a continuar nesse mesmo espírito:

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” (Filipenses 2.3-4)

A Igreja de Filipos

A igreja de Filipos tinha um lugar especial no coração de Paulo. Ele faz questão de deixar isso evidente ao enviar-lhes esta carta.
Examinemos agora o texto abaixo:

“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação.
Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses;
pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.
E conheceis o seu caráter provado, pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai.” (Filipenses 2.19-22)

A alegria em meio as adversidades

Paulo, que em toda a carta aos filipenses demonstra alto conhecimento teológico e extrema sabedoria em sua correta aplicação, mostra nesses próximos versículos o seu lado mais “humano”. Digo isso, porque podemos cair no erro de elevar Paulo além do que ele realmente é. Paulo é um “miserável pecador salvo pela graça” de Deus, igual a você e a mim.
Não podemos agir com partidarismo dizendo, como alguns na época: “sou de Paulo, sou de Apolo ou sou de Cefas”.
Paulo é um ser humano comum e era sujeito às mesmas tentações às quais, também, somos sujeitos.
Então, tendo isso em mente, Paulo deseja enviar Timóteo aos filipenses para a alegria deles e para a sua própria. Ele deseja isso para sentir-se satisfeito e feliz em saber notícias daqueles adorados irmãos, apesar da sua condição de prisioneiro. Mas, então, Paulo nos diz algo, em uma tentativa de legitimar e justificar a escolha por Timóteo. Ele não tinha preocupação pelos próprios interesses e sim pelos interesses de Cristo. O alvo de Timóteo era a glória de Deus e não a sua própria glória. Repare que, junto a eles, havia outros cristãos e não somente Timóteo. Mas…

“Pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.”  (Filipenses 2.21)

Paulo confia a responsabilidade de visitar os filipenses somente a Timóteo. Isso porque, como já vimos, assim como Paulo, ele tinha preocupação pelos interesses de Cristo.
Olhando para esse fato, eu mesmo me identifico muito mais com os outros cristãos do que com Timóteo. Não digo isso com alegria, mas com pesar de saber ser verdade.
Quantos de nós podemos afirmar que há em nós o mesmo sentimento que havia em Paulo e em Timóteo? Talvez você me diga: “Ah, mas isso é normal, quase ninguém é assim”. Essa declaração torna-se ainda pior e mais terrível, pois, olhando para vida desses homens, ao invés de sermos incentivados a fazer o mesmo, usamos a desculpa de que o padrão é alto demais para nós.
A não conformidade com a palavra de Deus, não deve nos fazer apelar para a nossa natureza falha, na tentativa de justificar nosso pecado. Mas, sim nos fazer clamar a Deus por arrependimento.
Paulo, ainda, diz que Timóteo o serviu assim como um filho serve ao pai. Nesse ponto vemos um pouco como funciona, se assim posso dizer, a “dinâmica” do Evangelho. Deus chama pessoas e as instrui para que elas, também, possam instruir a outros.
Paulo é chamado à fé cristã. Então, podemos ver, por todo o Novo Testamento, como Paulo, zelosamente, discipula outras pessoas. Não somos chamados a receber a fé e a escondê-la. Lembra-se da parábola dos talentos? Aquele servo que guardou e escondeu o talento foi chamado de “servo mau e negligente”.

Pais e filhos na fé

Portanto, somos todos chamados para sermos pais e filhos na fé de alguém. Eu sou resultado de vários pais na fé que tive, onde fui instruído e discipulado.
Quero, agora, apenas salientar algo: o que é preciso para ser pai na fé de alguém?
O primeiro requisito é que você deve ser um cristão. Sem isso, você sequer deveria abrir a sua boca para instruir, espiritualmente, alguém.
O segundo, é que você não precisa ser um pregador espetacular e ter um público de 3 mil pessoas para discipular ou ensinar alguém. O seu vizinho, parente ou colega de trabalho são alguns exemplos da enorme seara que o cerca.
Agora, quero falar diretamente aos filhos na fé.
A primeira condição para ser um filho na fé é que, igualmente, você deve ser cristão. Sem isso, não queira servir espiritualmente alguém. Você acabará fazendo mais mal do que bem a ele.
Agora, sendo cristão, muitos dirão: “Olhem para Timóteo e o imitem”. Sim, eu poderia dizer isso a você mas Timóteo só fazia o que fazia porque imitava alguém maior do que ele e maior do que seu pai na fé. Ele imitava o próprio Cristo, o Senhor de sua vida.

“Este, com efeito, é quem espero enviar, tão logo tenha eu visto a minha situação.
E estou persuadido no Senhor de que também eu mesmo, brevemente, irei.” (Filipenses 2.23-24)

Confiança na vontade soberana de Deus

Irmão, é impressionante como Paulo podia dizer coisas profundas em meio às ocorrências cotidianamente simples. Ele simplesmente aqui diz: “Assim que minha situação (cárcere privado) estiver solucionada tenho esperança de que eu também vá vê-los”.
Repare que Paulo não diz aqui: Ahh, dependendo do que o imperador decidir eu poderei ou não ir vê-los, pois corro risco de morte.
Paulo diz: “Estou persuadido, no Senhor, de que brevemente irei”, ou seja, Paulo tinha plena convicção de que dependia da vontade soberana de Deus se ele iria ou não visitar os filipenses. A sua situação não dependia do imperador, do carcereiro, da força do universo ou qualquer outra coisa do tipo. De Paulo emanava o próprio Espírito de Deus! Essa era a razão de, mesmo em assuntos simples, ele agir, pensar e falar sobre as verdades poderosas de Deus.

Conclusão

Antes de terminarmos, reflita na resposta a essa pergunta:
Você crê em Deus de modo que, mesmo estando em grande dificuldade, ainda se preocupe com o próximo e se alegre em Cristo, assim como Paulo o fez?

 

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