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A sábia decisão de seguir a Cristo

Diego Venancio
08/05/2025
Entre o anseio humano por um líder e a inesperada revelação de um chamado irresistível, um mistério se desenrola. O que faz alguém largar tudo para seguir um pregador sem posses? Descubra o que está por trás dessa escolha.


Logo no início do evangelho de João, vemos como alguns homens tomaram a sábia decisão de seguir a Cristo, mesmo sem compreender, ao certo, quem Jesus era e o que estava por vir.

Por isso, uma questão fundamental surge: de onde vem o desejo dos homens em seguir a Cristo? E para responder a essa pergunta, gostaria de uma retomada histórica.

O cenário histórico: expectativa pelo Messias

Quatrocentos anos se passaram desde o último livro profético. Durante esse período, o povo judeu esteve sob domínio dos persas, depois dos gregos e finalmente dos romanos. Antes da ocupação romana, houve a revolta dos Macabeus contra o Império Selêucida, resultando na independência temporária da Judéia em 164 a.C. No entanto, em 63 a.C., Roma tomou controle da região.

Diante dessa longa história de opressão, os judeus aguardavam um Messias político, um líder semelhante aos hasmoneus. Contudo, a plenitude dos tempos estava sendo preparada para algo muito maior.

O chamado dos primeiros discípulos

João apresenta uma perspectiva única sobre a vinda de Cristo, iniciando a sua narrativa ao afirmar que Jesus é o Verbo de Deus por meio de quem Deus criou todas as coisas.
João Batista passou anos no deserto se preparando para seu ministério até que Deus o enviou para pregar o arrependimento. Foi ele quem reconheceu Jesus como “o Cordeiro de Deus” e direcionou seus próprios discípulos a segui-Lo.

A pergunta inicial retorna com ainda mais força: o que levou aqueles homens a abandonarem tudo para seguir um pregador sem posses, que convivia com pescadores e publicanos?

 

Deus nos leva a tomar a sábia decisão: a vocação eficaz

A resposta encontra-se na doutrina da Vocação Eficaz. João, em seu registro do ensino de Jesus, escreve:

“Não fostes vós que me escolhestes a Mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda.” (João 15.16)

Essa doutrina também é reafirmada na Confissão de Fé de Westminster, que explica que aqueles que Deus predestinou são chamados eficazmente pelo Seu Espírito Santo, sendo tirados do estado de pecado e levados à graça e à salvação.

O homem natural é descrito nas Escrituras como morto em seus delitos e pecados, como encontramos no ensino de Paulo:

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,” (Efésios 2.1)

Igualmente, Paulo nos descreve como inimigos de Deus, conforme seu ensino:

“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;” (Romanos 5.10)

Por fim, João mostra que somos escravos dos pecados:

“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.” (João 8.34)

O morto não pode desejar a Deus.

O inimigo odeia a Deus.

O escravo não pode ser de Deus, pois outro Senhor o possui.

Sendo assim, toda a ação de busca por Deus vem de fora do homem, de Deus.

A resposta dos discípulos: a sábia decisão

O chamado dos primeiros discípulos revela essa realidade. Ao ouvir João Batista apontar para Jesus, André e outro discípulo imediatamente O seguiram.

Após eles, Pedro é chamado por André. Ao encontrar com Jesus, o próprio Jesus revela o seu nome dizendo que será chamado Cefas, que traduzindo para o grego quer dizer Petrus, que no bom português é Pedro; pedra, rocha.

Assim, já vemos uma demonstração da onisciência por parte de Jesus. Essa onisciência continua.

A narrativa segue com Natanael, que inicialmente duvida ao ouvir sobre Jesus:

“Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.” (João 1.46)

Como vemos, Filipe apenas responde: “Vem e vê.” Ao se encontrar com Jesus, Natanael recebe uma revelação que o transforma:

“Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” (João 1.47)

Nesse momento, Natanael compreende que está diante do Filho de Deus e, então, se rende. Essa é a essência do chamado eficaz: uma transformação que não parte do homem, mas do próprio Deus.

O desafio da fé e a renúncia

Seguir a Cristo não foi uma decisão simples para os discípulos, mas certamente uma sábia decisão.

É possível vermos isso no evangelho segundo narrado por Lucas. Pedro, um experiente pescador, enfrentou esse desafio quando Jesus ordenou que lançasse novamente as redes ao mar, após uma noite inteira sem pescar nada. Contra a lógica humana, ele obedeceu a palavra de Jesus e testemunhou um milagre.

“Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.

Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.” (Lucas 5.4-5)

Diante disso, Lucas ainda nos mostra que Pedro prostrou-se e declarou:

“Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.” (Lucas 5.8)

Mas ainda vemos Lucas registrar o que Jesus respondeu a Pedro:

“Não temas; doravante serás pescador de homens.” (Lucas 5.10)

Os discípulos deixaram tudo e seguiram a Cristo. Esse é o desafio da fé que é apresentado a mim e a você: abrir mão da segurança humana para confiar totalmente na Palavra de Deus.

Tomando essa sábia decisão hoje

Ao compreender que Deus resgatou você da morte, chamou e o transformou para ser um discípulo de Cristo, você tomará essa sábia decisão. O seu trabalho e as suas responsabilidades são importantes, mas devem estar em segundo plano diante do propósito maior para o qual Deus o criou: viver para Cristo e buscar a glória de Deus.

No entanto, muitas vezes não tomamos essa sábia decisão e invertemos a ordem das coisas.
Dizemos: “Preciso me dedicar ao meu trabalho, ser o melhor no que faço, e, quando possível, darei meu testemunho.” Assim, as ocupações da vida acabam tomando o lugar de nossa identidade em Cristo.

Se Ele nos chamou, então pertencemos inteiramente a Ele, independentemente de onde estivermos. Seguir a Cristo com sabedoria exige que abandonemos a nossa visão limitada do mundo e adotemos a perspectiva da Palavra de Deus. Essa é a melhor decisão, pois nos conduz à verdadeira vida – uma vida alinhada ao propósito divino, refletindo e expandindo o Reino de Deus aqui na terra.

Como discípulos, tornamo-nos aquilo que Ele planejou para nós. Deus nos deu a Sua Palavra e os Seus sinais para que creiamos que Jesus é o Filho de Deus e, por meio Dele, recebamos a vida eterna.

Que você possa, assim como os primeiros discípulos, ouvir a voz do Mestre e segui-Lo sem reservas.

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