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A paz proveniente da justificação pela fé (Parte 1)

Diego Venancio
31/03/2023
Você entende o que é a justificação e por que ela ocorre pela fé? Em que sentido podemos falar da paz que provém dela?


Aqui, neste primeiro de dois posts, veremos o que é a justificação pela fé. No segundo post, examinaremos mais detalhadamente a paz proveniente dessa justificação.

Em Romanos 5, Paulo nos diz que temos paz com Deus, que provém da justificação pela fé.

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1)

O texto inicia com uma conjunção conclusiva: “Justificados, pois”. Em outras traduções, temos: “Portanto, justificados pela fé”.

Esse “pois” ou “portanto” nos obriga a perguntarmos o que Paulo disse nos capítulos anteriores. Então, voltando atrás, vemos que ele apresentou a doutrina da justificação pela fé.

A argumentação de Paulo

Paulo vem construindo sua argumentação desde o primeiro capítulo de Romanos para desembocar nas consequências da justificação pela fé na vida cristã.

Primeiramente, essa doutrina é sublime. É algo extraordinário de conhecermos para que encontremos o verdadeiro descanso nesta vida, na jornada do cristianismo. É no capítulo 4 de Romanos onde a doutrina fica mais evidente.

Abraão não foi justificado por suas obras, mas foi justificado pela sua fé.

Na argumentação, Paulo nos lembra de que Deus fez a aliança antes da lei, antes da circuncisão. Ou seja, não havia qualquer obra para Abraão cumprir senão simplesmente ter fé, crer naquilo que Deus estava lhe propondo.

Citando o Salmo 32, Paulo diz em Romanos 4:

“Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos;

bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.” (Romanos 4.7-8)

É a partir de Deus que vemos justiça. É pelo veredito de Deus que alguém pode ser considerado justo.

Abraão não duvidou da promessa de Deus em fazer dele uma grande nação, mesmo sendo velho.

Mais adiante em Romanos 4, lemos sobre Abraão:

“Estando plenamente convicto de que ele [Deus] era poderoso para cumprir o que prometera.

Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça.

E não somente por causa dele está escrito que lhe foi levado em conta,

mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor,

o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.” (Romanos 4.21-25)

A doutrina da justificação

Vamos sistematizar o conceito da justificação.

Essa doutrina se trata de Deus declarar o pecador, o criminoso, como sem culpa. É uma declaração de Deus, judicial, forense, legal, de que aquela pessoa agora está em conformidade com as exigências da lei.

Não estou falando que o criminoso deixou de ser criminoso, que o pecador deixou de ser pecador. O que está sendo dito é que, diante da lei, a culpa do criminoso, do pecador, foi tirada. O criminoso não poderá mais ser penalizado pelo crime.

Como afirma Louis Berkhof em sua Teologia Sistemática, o termo “justificar” não tem atribuição moral de “tornar justo ou reto”.

Por isso, é fundamental entendermos que não participamos de um ato salvífico. Pelo contrário, participamos de atos pelos quais se manifestam a nossa salvação. A justificação pela fé é a primeira delas.

O sentido não é de tornar o homem, em sua natureza, bom ou santo, mas de alterar a condição de modo que o homem possa ser considerado justo, sem culpa, perante a lei.

Permita que eu dê um exemplo, para que isso fique claro.

Um homem que comete um crime e cumpre a punição prevista na lei não se livra do crime cometido. Antes, ele se livra da acusação do crime. Ele pagou pelo crime cometido. Ele continua sendo um criminoso, mas um criminoso sem a culpa, pois a pena imposta pela lei foi paga. A palavra da justiça não lhe atribui valor moral, mas apenas legal.

A nossa condição

Nós, pecadores, antes da regeneração, somos chamados por alguns nomes interessantes nas Escrituras. Veja, por exemplo: “mortos” (Efésios 2.1), “inimigos” (Colossenses 1.21) e “escravos” (Romanos 6.20).

Ora, esses são nomes dados para mostrar a nossa total incapacidade de nos dirigirmos a Deus.

Os mortos, por motivos óbvios, não conseguem desejar coisa alguma. Não existe vida ali que capacite o morto a se dirigir a Deus.

Os inimigos não desejam se dirigir a Deus, pois estão em oposição a tudo o que Deus determinou. Suas paixões e seus anseios são opostos àquilo que o Senhor Deus designou.

Os escravos não podem se dirigir a Deus, pois têm outro senhor.  Os escravos, legalmente, só podem estar sujeitos a um senhor.

Então, veja: a justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com relação ao pecador.

A justificação é uma parte da obra completa de redenção. É um ato judicial de Deus, não um processo de renovação, como é o caso da regeneração, da conversão e da santificação.

A justificação pela fé

Alguns pontos da justificação pela fé precisam ser observados.

1. A justificação remove a culpa do pecado. Assim, restaura o pecador a todos os direitos filiais envolvidos em seu estado de filho de Deus, incluindo uma herança eterna.

2. A justificação se dá fora do pecador no tribunal de Deus. Não muda a sua vida interior, embora a sentença seja dada a conhecer na vida interna do homem, afetando gradativamente todo o ser.

3. A justificação acontece de uma vez por todas. Não se repete, não é um processo; é imediatamente completa e para sempre. Não existe mais ou menos justificação; ou o homem é completamente justificado ou absolutamente não é justificado.

É por isso, leitor, que encontramos crentes que foram justificados pela fé, mas que às vezes são imaturos e ainda pecam, às vezes de maneira grosseira. Eles foram justificados, mas ainda estão no início do caminho da santificação.

A grande transação

A grande transação, ou a maior transação que aconteceu na história do mundo, é esta: no acordo da salvação, a culpa dos pecados dos eleitos foi transferida para Cristo e a justiça de Cristo lhes foi imputada.

Isso quer dizer que o peso do pecado foi retirado dos nossos ombros e que fomos justificados.

“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2Coríntios 5.21)

A nossa condição é esta: estávamos mortos em delitos e pecados, mas Cristo, pela Sua vida perfeita, morte vicária e ressurreição gloriosa, imputa a nós a Sua justiça, de modo que fomos feitos justiça de Deus (como ensina 2Coríntios 5.21).

Conclusão

O estudo da teologia deve ter aplicações práticas, não mero conhecimento vazio. A doutrina da justificação serve para trazer descanso ao nosso coração.

Pela fé em Cristo, devemos abraçar a paz. Devemos deixar que o nosso coração se encha de alegria, da alegria da salvação. Para o crente, não há alegria maior do que saber que está reconciliado com o seu Deus, o Criador de tudo. NEle estão todas as respostas e toda a vida que desfrutaremos na eternidade.

Tenha paz e alegre-se.

 

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