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A natureza preservada pelos verdadeiros motivos

Diego Venancio
10/05/2024
É crucial questionar interesses ocultos no debate ambiental. Alguns protegem genuinamente, outros buscam ganhos políticos, financeiros ou espirituais. O Cristianismo Reformado propõe uma resposta baseada na revelação divina. Este texto ajuda a discernir movimentos cristãos, buscando uma abordagem bíblica para a preservação ambiental.


Nós tratamos, há algumas semanas, do assunto Ecologia, ou seja, sobre como cuidar da natureza por razões legítimas.

É evidente que, nas últimas décadas, ocorre muita discussão sobre a importância de se cuidar da natureza. Contudo, percebemos que há uma variedade de interesses ocultos por detrás desse tema.

Algumas pessoas procuram usar essa questão para obter vantagens políticas ou financeiras, ou até mesmo, em uma tentativa de se conectar espiritualmente.

Quando há sinceridade, ou seja, um real interesse na preservação da natureza, muitos abraçam a visão Panteísta, que busca uma conexão espiritual a partir da ou na própria natureza.

Já falamos sobre esse assunto

Para recordar o que discutimos anteriormente, o Panteísmo é considerado incompatível com o Cristianismo, pois aquele propõe uma redenção fora de Cristo.

Já na nossa conversa anterior, mencionamos que Francis Schaeffer destaca a falha do argumento Panteísta, já que este busca encontrar um valor fora do ser humano para cuidar da natureza, mas acaba por apenas enfatizar o pragmatismo. O valor continua centrado no ser humano e em servir seus próprios interesses egoístas.

Por que devemos preservar a natureza? Segundo o Pragmatismo Panteísta, é para que as futuras gerações possam usufruir dela. No entanto, a tentativa de retirar o ser humano do papel de dominador da natureza não tem sido bem-sucedida.

Continuando a argumentação contra o Panteísmo, Schaeffer destaca que, no verdadeiro Panteísmo, valoriza-se a unidade, mas os elementos individuais não têm significado, inclusive o indivíduo humano. Se os elementos individuais não possuem significado, então, a natureza também não possui, já que é composta por elementos individuais.

Filosoficamente, em qualquer sistema panteísta, seja no Oriente ou no “pantudismo” do Ocidente, que parte do princípio de que tudo é energia, os elementos individuais não têm significado. O Panteísmo oferece uma explicação para a unidade, mas não atribui significado à diversidade. Portanto, o Panteísmo não é uma resposta adequada.

Os sentimentos humanos projetados na natureza

Os resultados do Panteísmo são construídos apenas pela projeção dos sentimentos humanos na natureza. Isso é essencialmente o Romantismo, no qual se atribuem características humanas à Criação inferior, criando uma resposta baseada em emoções humanas projetadas.

Schaeffer exemplifica isso com a figura da galinha:

“Ao olharmos para uma galinha, atribuímos à sua vida emocional características humanas. No entanto, isso deturpa a realidade da galinha. Essa abordagem pode gerar resultados superficiais, pois se baseia na projeção dos sentimentos humanos na natureza.”

Isso também é evidente na cultura atual de criar animais de estimação. Os cães não são apenas criaturas graciosas, mas também têm sua natureza dócil e, às vezes, indócil. No entanto, para muitos donos, os cães são seres especiais que quase parecem falar. Alguns os consideram seres extraordinários que merecem mais respeito do que os próprios humanos.

Isso exemplifica a projeção dos sentimentos humanos em animais, por exemplo.

Portanto, a abordagem panteísta não é apenas fraca teoricamente, mas também na prática.

Um indivíduo que adota uma visão panteísta da natureza não tem resposta para o fato de que a natureza tem duas faces: pode ser benévola, mas também pode ser uma ameaça. O panteísta considera a natureza como algo normal e não reconhece a possibilidade de anormalidades na natureza.

O Panteísmo diminui o valor do ser humano

A visão Panteísta sempre tende a diminuir o valor do ser humano, em vez de elevá-lo. Isso é uma constante. Seja na resposta panteísta tradicional, na abordagem científica moderna que vê tudo como partículas de energia ou no panteísmo oriental, o resultado é que a natureza não se eleva, mas o ser humano se rebaixa.

Esse é o ponto crucial: a natureza não se eleva.

Quando consideramos o Deus Criador, tudo assume uma ordem específica.

Ao se retirar Deus do controle, como podemos esperar que a natureza se eleve se não vemos o ser humano como imagem de Deus?

Implicações da visão Panteísta desordenada

O Panteísmo oriental também leva a essa visão desordenada. Em países orientais, não há uma base real para a dignidade humana.

Schaeffer faz uma observação perspicaz sobre o impacto do Panteísmo:

“O mesmo se aplica até mesmo na esfera econômica. O dilema econômico na Índia é complicado devido ao seu sistema panteísta, no qual ratos e vacas têm permissão para consumir alimentos que as pessoas necessitam. Isso resulta em uma preferência pelos ratos e vacas sobre os próprios humanos, levando o ser humano a desaparecer no contexto econômico, bem como na esfera da personalidade e do amor.”

O Cristianismo Reformado oferece a resposta para a preservação da natureza

Schaeffer resume:

“A tradição cristã da Reforma realmente oferece uma resposta coesa, que tem significado não apenas em questões divinas, mas também quando se trata da natureza. Deus falou, e isso trouxe unidade. Essa unidade é uma característica distintiva da Reforma, em contraste com a visão desintegrada entre natureza e graça da Renascença. Essa resposta está centrada no fato de que Deus falou e nos revelou algo tanto sobre questões celestiais quanto sobre a natureza.

A Reforma acredita no que a Bíblia ensina: que Deus revelou a verdade sobre Si mesmo e sobre o cosmos, e, portanto, há uma unidade.

O que fazer agora?

Em primeiro lugar, é preciso compreender que nem todo movimento rotulado como cristianismo tem a resposta correta para esse dilema.

Há uma forma ortodoxa de cristianismo, por exemplo, o pietismo, que não oferece uma resposta satisfatória.

Também existe um cristianismo de inclinação política, derivado da Teologia da Missão Integral, que é uma variante da Teologia da Libertação Católica. Eles reivindicam a capacidade de cuidar da natureza mas estão mais interessados em ganhos políticos do que na preservação ambiental.

O cristão que se guia pelas Escrituras sem ser influenciado por ideologias, com uma visão cristã do mundo, deve ocupar esses espaços. É necessário que os cristãos reformados façam a diferença em locais onde ocorrem discussões, nas universidades, na comunidade científica, na política, nas organizações não governamentais, desfazendo enganos e trazendo a luz da Palavra de Deus para a preservação da natureza.

Que Deus nos dê sabedoria e direção nesse caminho.

 

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