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Temos medo de ser prejudicados

Matheus Borget
02/09/2018
Cristo não teve medo do sofrimento físico. Ele suportou tudo pela obediência ao Pai.

O medo que sentimos de outras pessoas pode ser multifacetado. O medo de ser prejudicado pode ser tecido em nosso medo de exposição e/ou no medo de rejeição.
A solução para cada um dos nossos medos é a mesma: temer somente a Deus.

Jesus nos ordena não temer os danos

Em Mateus 10.28, Jesus diz:

“Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.”

Jesus nos diz, claramente, que não devemos temer o dano que outros possam nos infligir. No entanto, ainda temos medo. Isso ocorre porque as pessoas realmente podem nos machucar.
Desde que Caim matou seu irmão Abel, em Gênesis 3, homens e mulheres têm tido motivos para temer que seus semelhantes lhes causem danos e, até mesmo, possam matá-los. Porém, não é só nas Escrituras que observamos essa luta. Quando falo em temer o homem, especialmente no contexto de danos físicos, não estou descartando uma válida preocupação com a segurança.
Vejamos, atentamente, o que Jesus está dizendo neste texto. Ele  reconhece que as pessoas podem nos ferir, podendo ir tão longe a ponto de nos matar, o que é o máximo em termos de danos físicos. Ele mesmo passou por isso. O que Jesus está ensinando aqui, é que precisamos de uma reorientação radical em relação ao medo do mal que o  homem pode nos provocar. Em certo sentido, o medo dos infortúnios que outros possam nos causar é apropriado, porque precisamos ser sábios a fim de evitar esses danos, protegendo a nós mesmos e aos outros.
Ele está dizendo que o nosso temor a Deus deve estar muito acima do nosso medo do homem. Se  pudessem ser medidos em  escala, um medo apropriado ao homem seria um seixo diante da montanha. Assim deve ser o temor, apropriado, de Deus. O temor verdadeiro deveria ser aquele que é capaz de determinar o nosso destino eterno. Em meio a tudo isso, Deus é aquele em quem devemos depositar nossa confiança.
Quem já sofreu danos físicos no passado, pode ter, no presente, um medo mais agudo. Quem foi vítima desse tipo de sofrimento, causado pelo pecado de outra pessoa, só pode entender e abordar adequadamente a sua experiência através da lente do evangelho. Algumas, podem estar frescas em sua mente.

Como tememos que as pessoas nos prejudiquem?

Alguns dos agravos mais difíceis e dolorosos ocorrem na família, sejam entre cônjuges, pais e filhos ou em outros relacionamentos familiares. Danos físicos pós-abuso, nesse contexto, tornam as lutas mais difíceis por terem ocorrido no âmbito em que os relacionamentos  deveriam ser caracterizados pelos altos níveis de confiança, amor e vulnerabilidade.
A exploração sexual, qualquer que seja sua forma, é outra maneira que nos leva a temer os outros. Um subconjunto dessa categoria é representado pelo homem que, emocional e fisicamente, se aproveita da mulher. O bullying é outro exemplo real de como tememos outras pessoas. Há quem diga que esse tipo de intimidação é inofensiva na infância mas, até mesmo quando instruímos nossos filhos a lidar com outras crianças fisicamente violentas, podemos ensiná-los a temer mais ao Senhor do que a elas.
A perseguição ou o sofrimento físico por amor ao evangelho, é outro medo comum aos cristãos. Você tem receio de ir a certas partes do mundo por medo de sofrer algum dano físico? Está sentindo que deve fazer uma viagem de missões de curto prazo mas teme o que possa enfrentar? Isso pode ser uma ameaça real.
E quanto ao medo do racismo? Ele pode manifestar-se tanto no receio de danos físicos como no de rejeição. A cor da pele ou a origem étnica são causas que levam muitas pessoas a temer. Esse medo funciona de várias formas, como no apartheid e na segregação – que demonstraram pecados públicos e o medo do homem. Certamente, havia aspectos desse medo como ações menos declaradas como escolher não viver em determinados locais. Há quem se sinta mais ou menos seguro quando estão perto de pessoas que têm uma determinada cor de pele.
Você carrega esse medo em seus relacionamentos com outros irmãos e irmãs em Cristo? Você permite que esse medo o impeça de confiar em Deus? Você permite que esse medo o iniba de amar o próximo como Cristo ordenou?
É importante frisar que pessoas diferentes lutam com esse medo de maneiras diferentes. À medida que continuamos a olhá-las através das lentes do evangelho, mudanças ocorrerão. Não estamos ignorando o modo particular de cada um lutar. Alguns, inclusive, o fazem iniciando excelentes conversas com um amigo cristão ou com algum presbítero da igreja.
Esse assunto é verdadeiramente extenso e, certamente, não há como esgotá-lo.
Partamos, portanto, para a prática…

Exemplos bíblicos e resposta ao medo de danos físicos

Vejamos um exemplo negativo:
Abraão, em Gênesis 12, temeu, especificamente, os danos físicos e até uma possível morte na mão de Faraó. Esse temor o levou a decidir mentir sobre Sara não ser a sua esposa. Ele temeu por medo de danos futuros e não porque tivesse sido abusado ou prejudicado de alguma forma. Sua decisão teve como base o medo.
Pedro já nos oferece dois exemplos, um negativo e um positivo. Olhar para Pedro nos ajuda a confiar que existe graça e perdão para os medrosos.
Vemos Pedro negando a Cristo porque temia o que poderia acontecer se descobrissem que ele era um de Seus seguidores. Observe, também, a vergonha e o arrependimento imediatos que acompanharam seu temor do homem, acima do temor de Deus.
No entanto, vemos que esse mesmo Pedro, mais tarde, diria aos cristãos que eles não deviam temer danos físicos. Em 1 Pedro 3.13-15 ele diz:

“Quem há de maltratá-los, se vocês forem zelosos na prática do bem?
Todavia, mesmo que venham a sofrer porque praticam a justiça, vocês serão felizes. Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.
Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.”

Vejamos alguns exemplos positivos:
Josué foi um dos dois únicos espias, entre os doze enviados, que tentaram persuadir os israelitas a não temerem danos físicos. Vemos que o Senhor abençoa a confiança e a coragem de enfrentar esse medo, pois Ele mesmo incentivou Josué a ser forte e corajoso:

“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o SENHOR, o seu Deus, estará com você por onde você andar.” Josué 1.9

Ester sabia que seu pedido ao rei Xerxes, em relação a Hamã e Mordecai, poderia resultar em sua morte imediata. Xerxes, como governante absoluto, se decidisse que alguém deveria morrer, esse alguém morreria e pronto – sem direito a apelações ou recursos. No entanto, ela mostrou grande temor ao Senhor e tornou-se uma agente de bênção para seu povo:

“Três dias depois, Ester vestiu seus trajes de rainha e colocou-se no pátio interno do palácio, em frente do salão do rei. O rei estava no trono, de frente para a entrada.
Quando viu a rainha Ester ali no pátio, teve misericórdia dela e estendeu-lhe o
cetro de ouro que tinha na mão. Ester aproximou-se e tocou a ponta do cetro.
E o rei lhe perguntou: ‘Que há, rainha Ester? Qual é o seu pedido? Mesmo que seja a metade do reino, lhe será dado’.
Respondeu Ester: ‘Se for do agrado do rei, venha com Hamã a um banquete que lhe preparei’.
Disse o rei: ‘Tragam Hamã imediatamente, para que ele atenda ao pedido de Ester’. Então o rei e Hamã foram ao banquete que Ester havia preparado.
Enquanto bebiam vinho, o rei tornou a perguntar a Ester: ‘Qual é o seu pedido? Você será atendida. Qual o seu desejo? Mesmo que seja a metade do reino, lhe será concedido’.
E Ester respondeu: ‘Este é o meu pedido e o meu desejo:
Se o rei tem consideração por mim, e se lhe agrada atender e conceder o meu pedido, que o rei e Hamã venham amanhã ao banquete que lhes prepararei. Então responderei à pergunta do rei’.” Ester 5.1-8

Daniel e seus amigos, conforme registrado no livro de Daniel, escolheram temer ao Senhor acima da possibilidade de que outras pessoas lhes infligissem danos físicos. E isso não era uma possibilidade hipotética de medo. Era bem real! Havia fornalhas ardentes e felinos ferozes a serem temidos!
Davi, também, teve muitas oportunidades de se entregar ao medo do homem em relação ao dano físico, mas o vemos respondendo com um profundo temor ao Senhor, como descrito em Salmos 27.1:

“O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei? O Senhor é a fortaleza da minha vida – de quem devo ter medo?”

Paulo foi um homem que, antes de sua conversão, perseguiu e flagelou fisicamente os cristãos. Depois de encontrar-se com Cristo, porém, ele sofreu suplícios no corpo e na alma por amor ao evangelho. Além disso, ao prever seus futuros flagelos, orou por confiança e, em meio a torturas ainda mais atrozes, perseverou firme até a morte.
Em 2 Coríntios 11.23 o apóstolo descreve alguns de seus reveses:

“São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.” 2 Coríntios 11:23

E em 2 Coríntios 12.10 conclui, dizendo:

“Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.”

Em Lucas 9.22, Jesus diz:

“É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia.”

Ele completa dizendo que aquele que o seguir deve estar disposto a enfrentar as mesmas coisas. Mais tarde, no Getsemani, ele diz:

“Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Lucas 22.42

Ele não desejava enfrentar a taça da ira de Deus, a separação de Seu Pai e a dor e o sofrimento que esse momento acarretaria. No entanto, Ele enfrentou tudo isso… Ele sofreu, Ele morreu e agora é capaz de entender quando somos tentados a temer.
Hebreus 4.15-16, nos diz:

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.
Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.”

Essa verdade nos capacita a começar a entender como podemos caminhar com mais confiança e obediência em meio ao medo de danos físicos que outras pessoas possam nos impingir. Nós seguimos quem conhece essa luta!

Respondendo ao medo de ser prejudicado

O medo de ser prejudicado pelos outros é uma tentação real e podemos responder a esse medo de várias maneiras.
Começamos por reconhecer que o pior dano já foi sofrido: a morte expiatória de Cristo pelos pecados que Ele não cometeu, pois foram os pecados daqueles que Ele criou e pecaram contra Ele. No entanto, ao dar a sua vida, Ele não temeu o dano físico iminente causado por suas criaturas, mas confiou no Pai. Aqueles, entre nós, que sofreram danos físicos, são capazes de entender, mais claramente, como Cristo sofreu dessa maneira particular.

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rm 5.8

Quando nos arrependemos de nossos pecados e confiamos em Cristo, percebemos que foram os nossos pecados que exigiram Sua morte. Nesse sentido, cada um de nós foi responsável por feri-Lo, fisicamente, dessa profunda maneira. Porém, somos perdoados como resultado do que Cristo fez por nós, e esse perdão nos aponta o caminho para perdoar os nossos semelhantes em vez de temê-los.

“Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal.” 2 Co 4.11

O evangelho, também, nos torna membros de uma nova família: a igreja. Um lugar onde aqueles que foram feridos, aqueles que causaram danos, aqueles que temeram, aqueles que foram temidos, podem, todos, conhecer a reconciliação e a comunhão por causa do perdão e a misericórdia oferecidas por Aquele que se deu por nós.

 

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