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Riquezas, bênção ou maldição?

Júlio Pardo
17/06/2018
As riquezas podem se tornar um grande ídolo em nossas vidas. Precisamos nos encontrar com Cristo para que as coisas entrem em seu devido lugar.

Afinal, riquezas são bênção ou maldição?

Vamos começar a busca por essa resposta lendo o famoso texto do jovem rico, que fala de riquezas, que você certamente conhece, e se encontra em Marcos 10.17-27:

“E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.
Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
E os discípulos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.
E eles se admiravam ainda mais, dizendo entre si: Quem poderá, pois, salvar-se? Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.”

O que você busca?

Se fôssemos à rua perguntar às pessoas o que elas buscam, ouviríamos diversas respostas diferentes: propósito, amor, felicidade, riquezas… mas dificilmente ouviríamos “Deus” como resposta.
Todos os homens buscam alguma coisa. E eles frequentemente pensam que, buscando todas essas coisas nas ruas da existência, encontrarão Deus no destino final. Na realidade, é no caminho em direção a Deus que todas essas outras coisas – propósito, amor, felicidade, riquezas eternas – nos são acrescentadas.

O jovem rico

Esse é o jovem rico: um judeu que busca. Ele quer saber do Bom Mestre o caminho da vida eterna. Por ser um judeu, deveria conhecer muito bem as Escrituras. E, conhecendo as Escrituras, ele poderia muito bem se lembrar de Salmos 14.2-3 que diz:

“O Senhor olha dos céus para os filhos dos homens, para ver se há alguém que tenha entendimento, alguém que busque a Deus. Todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer.”

E esse jovem, se aproximando de Jesus, o chama de “Bom Mestre”, no versículo 17. Para “bom” o texto usa uma palavra grega que se refere a uma bondade intrínseca, natural, interna ao ser. À bondade externa, aquela que pode ser observada em muitas pessoas ao nosso redor, é referida no texto bíblico geralmente por uma outra palavra grega.
O jovem, que evidentemente não tinha nenhuma noção de que estava diante do Deus encarnado, parece ter feito uma bela confusão entre esses conceitos de bondade. Ele confunde bondade externa com bondade intrínseca. Ele, vendo Jesus no máximo como um sábio rabino, faz essa pergunta esperando uma fórmula. Ele quer saber as coordenadas para o caminho da vida eterna.
Somente Deus é bom, e a Lei retrata isso muito bem. Como expressão da santa natureza de Deus, a Lei revela a nós a sua santa bondade, as suas riquezas em contraste com nossa total miséria.
Por que o jovem rico desejaria saber como ganhar a vida eterna se ele pensava que fazia tudo conforme a Lei? Será que ele desejava algo mais?

Viver debaixo da lei

Viver debaixo da Lei é uma constante frustração. Quanto mais nos esforçamos para sermos bons, mais percebemos que somos ruins. E quanto mais percebemos que somos ruins, mais nos frustramos.
A resposta de Jesus, no versículo 19, é simples: “Você conhece os mandamentos” e então cita mandamentos da segunda Tábua da Lei.
Quem aprendeu sobre os 10 mandamentos na Escola Bíblica conhece a história de que uma das tábuas se refere ao relacionamento vertical, com Deus, e a outra ao horizontal, do relacionamento do homem com o seu próximo.
Ao ser confrontado com a segunda Tábua da Lei, ele responde: “a tudo isso tenho obedecido”. E Jesus olha para ele, o ama, e responde no versículo 21:

“Falta-lhe uma coisa”, disse ele. “Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me”.

A riqueza como ídolo

Jesus, então, pede ao jovem rico que abandone o seu ídolo: o dinheiro. Os ídolos dizem respeito ao relacionamento vertical, à primeira Tábua da Lei. O dinheiro, quando se torna um ídolo, não afeta mais somente os relacionamentos horizontais, ele passa a afetar também a nossa adoração a Deus. Quando não conseguimos abrir mão das riquezas ou do que temos, as duas Tábuas da Lei são quebradas. E como é difícil abrir mão de nossos ídolos!
O texto diz, no versículo 22, que o jovem ao ouvir a proposta de Jesus, ficou triste e retirou-se. Ganhar a vida eterna não deveria ser motivo de alegria? Nossos ídolos nos possuem como demônios. Aliás, os ídolos são de fato demônios. E somente o poder de Cristo pode nos livrar deles.
Possivelmente, os judeus daquele tempo não viam a riqueza como algo ruim. Pelo contrário, como erroneamente os amigos de Jó viam, as riquezas para eles tinham uma relação estreita com o bom comportamento moral. Ser rico significava ser obediente a Deus – e ser pobre significava impiedade. Essa ideia é completamente afastada da noção do evangelho. Não podemos cair nem nesse erro, muito comum em meios neopentecostais onde a Teologia da Prosperidade é pregada, nem no erro oposto de ver o dinheiro como algo essencialmente ruim, comum entre cristãos socialistas. O apego ao dinheiro, e não o dinheiro em si, é a raiz de todos os males como lemos em 1Timóteo 6.10:

“Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: ‘Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!’ Os discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu: ‘Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!’” Marcos 10.23-24

Nas dificuldades

Nas dificuldades, tendemos a lembrar do diabo. Quando o carro quebra, quando a conta impagável chega, vemos as dificuldades com chifres, rabo e tridente. Só que, quando pensamos no diabo imediatamente nos lembramos do Senhor – e oramos a ele. Seria essa a intenção de Satanás? Creio que não. Creio que os chifres se escondem nos bajuladores, o rabo no carro do ano e o tridente no status que a riqueza nos traz.
Basílio de Cesareia, um importante Pai da Igreja do século IV, disse em sua homília sobre o desapego das coisas mundanas:

“Quando um homem possui várias propriedades, magníficos palácios, numerosos rebanhos de todas as espécies, enfim, enquanto se está envolto por todo o poder humano, jamais se julgará vantajosa a eternidade; mas isto é nada mais do que apegar-se a ilusões, pois podem ser considerados ricos por algum tempo, mas não demorará a ver todos os seus bens cedidos a outros, tendo que se contentar com alguns palmos de terra.”  (P.66)

A teologia da prosperidade

Lemos em 1João e em outros textos, que a Igreja deveria ser reconhecida pelo amor. Não reconhecemos os cristãos por suas riquezas. O evangelho será conhecido pelo amor da Igreja, não pelo dinheiro dela. Apenas testemunhos de superação financeira, como vemos em certas propagandas, em nada proclamam o evangelho – apenas alardeiam a vitória da ganância. Pensamos muitas vezes que a Teologia da Prosperidade é formada por pastores manipuladores que atingem pobres ingênuos e indefesos. A armadilha da Teologia da Prosperidade só tem efeito quando o “rato” quer o queijo. Ela só funciona com “ratos” gananciosos. A ganância não é exclusividade dos ricos.
E quando podemos pensar que Jesus já falou o bastante, Ele ainda segue dizendo:

“É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. Marcos 10.25

O camelo no fundo da agulha

Eu já vi todo tipo de resposta engraçada para explicar esse versículo. Desde que camelo significa linha, até dizer que agulha era o nome de uma porta na entrada da cidade onde passavam vários camelos. Tudo isso para não admitir a ironia de Jesus aqui. É impossível um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Ponto. Igualmente, é impossível que o apegado às coisas terrenas alcance o Reino do Céus. Mas por quê?

Tesouros terrenos X tesouros celestiais

As riquezas nos parecem vantajosas demais para que pensemos na eternidade. As riquezas terrenas desviam o nosso foco dos tesouros celestiais. Será que todos nós não somos um pouco (ou muito) assim? Então quem poderia ser salvo? Pois é exatamente essa pergunta que os discípulos fazem em seguida para Jesus. E ele responde:

“Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus”. Mc 10.27

Jesus é o antítipo do jovem rico. O jovem rico não deu seus bens aos pobres para ser salvo. Jesus, por sua vez, deu sua vida aos pobres de bondade para que, por Sua bondade, tivéssemos vida. Jesus, dono de todas as coisas, abriu mão de sua glória e se fez pobre. Que possamos ter a mesma atitude de Cristo Jesus,

“que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” Filipenses 2.6-8.

Nada é impossível para Deus. Por sua vitória na cruz, Jesus salvou “camelos” como nós que, sem um milagre, nunca passaríamos pelo fundo de uma agulha.

 

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