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O Pai nos chama a sermos Seus filhos

Maristela Castro Muhlpointner
15/05/2025
Nem sempre reconhecemos quem realmente influencia nossas vidas. Nossa identidade é moldada por heranças invisíveis, por vozes que ecoam dentro de nós. Mas e se estivermos refletindo um pai que não deveríamos? A quem pertencemos de verdade? O que isso revela sobre nós?


Todos nós, sem exceção, temos um pai.

Um filho carrega em si a imagem do pai — essa é a essência da filiação. É por meio dela que expressamos a natureza daquele a quem pertencemos.

Na carta aos hebreus, por exemplo, lemos:

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,

nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a Quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” (Hebreus 1.1-2)

Este versículo nos lembra que, no passado, Deus comunicou-se com o Seu povo de diversas formas, mas, com a vinda de Jesus Cristo, Ele Se revelou de maneira plena através do Filho.

A vinda do Senhor Jesus torna mais evidente a figura de Deus como um Pai. No Antigo Testamento, a imagem de Deus como Pai não é amplamente explorada. Ele Se apresenta por diversos nomes, como EU SOU, TODO-PODEROSO, EL SHADAY, JEOVÁ SHALOM e EL ELIOM, entre outros, mas a apresentação de Deus como Pai é menos evidente.

Contudo, após o nascimento de Jesus Cristo, Deus passa a ser chamado de Pai mais de 200 vezes no Novo Testamento. Jesus, o Filho de Deus, veio para nos salvar, mas também para revelar a natureza paterna de Deus, mostrando-nos o Seu amor, cuidado e orientação. Sobre Seu Filho, Deus declara o seguinte:

“Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo.” (Mateus 3.17)

Aqui, vemos Deus afirmando a identidade de Seu Filho e Sua relação íntima e amorosa com Ele, uma relação que Ele deseja também estabelecer conosco, como filhos adotivos, através de Jesus.

Como nossa filiação nos afeta?

Muitas vezes carregamos características de nossos pais que não apreciamos.

Mas por que, mesmo assim, muitas vezes acabamos repetindo esses comportamentos que repudiamos? Isso acontece porque focamos naquilo que nos desagrada, prestando atenção excessiva a essas características. Como aprendemos por meio da imitação, acabamos reproduzindo os mesmos comportamentos. Note o que se vê em Jesus, por exemplo:

“Replicou-Lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.

Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não Me tens conhecido? Quem Me vê a Mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.8-9)

 

Qual é a nossa filiação?

Na Bíblia, o termo “pai” não se aplica apenas a Deus. Além de reconhecermos Deus como nosso Pai e termos um pai terreno, a Bíblia também menciona Adão e o Diabo como figuras paternas que, de diferentes formas, podem influenciar a nossa vida e o nosso caráter.

No original bíblico, a palavra “pai” é “patēr” (πατῐρ), que deriva de uma raiz que significa “nutridor, protetor, sustentador”. Esse termo é utilizado na Palavra de Deus em relação a todos os “pais” mencionados: Adão, o pai terreno e o pai Diabo. Assim, cada um deles, de alguma forma, pode nutrir, prover e sustentar aspectos de nossa vida.

Pai Adão, o “pai pecador”

Embora a palavra “pai” não seja diretamente atribuída a Adão, podemos entender que ele é nosso pai pelo princípio descrito na Bíblia, pois a função paternal que ele representou foi transmitida a nós. Adão pecou, e, como ele, todos nós também somos pecadores. Assim como ele comeu do fruto, nós também teríamos feito o mesmo. Eu e você também desobedeceríamos a Deus. Essa correspondência paternal com Adão é declarada por Paulo. Veja:

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Romanos 5.12)

A primeira genética que herdamos é a de Adão, pois somos semelhantes a ele: pecadores. Ainda escrevendo aos romanos, Paulo reforça essa transmissão do pecado a partir de Adão. Perceba isso neste versículo:

“Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.” (Romanos 7.17)

Então, desde a nossa concepção, já estamos em pecado. Assim como nosso pai Adão, todos nós somos pecadores e agimos conforme a nossa natureza. O apóstolo Pedro afirmou:

“Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido.

Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: ‘O cão volta ao seu vômito’ e ainda: ‘A porca lavada volta a revolver-se na lama’.” (2Pedro 2.21-22)

O diabo é o “pai de todo o engano e mentira”

Quem pode afirmar que nunca mentiu? Quem de nós não caiu nessa falha, talvez nesta semana ou até mesmo hoje? Sempre que nos envolvemos em qualquer tipo de mentira ou omissão, quando nosso “sim” deixa de ser um verdadeiro “sim” e nosso “não” não é um autêntico “não”, acabamos agindo como filhos do diabo. E, nessas situações, é o próprio diabo quem assume esse papel.

O diabo, imitando ter características paternas, se apresenta como provedor, sustentador e nutridor, e buscará prover ocasião para que você continue envolvido na mentira. Um abismo chama outro abismo. Ele sempre dará um jeito de criar uma situação para que você manifeste a sua natureza através do engano, da traição e da confusão. Veja o que Jesus afirmou sobre isso:

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (João 8.44)

Paternidade terrena

Todo comportamento inadequado proveniente da nossa natureza humana também é influenciado por nossos pais terrenos. Infelizmente, como pecadores, herdamos atitudes negativas deles, que também são imperfeitos. Consequentemente, também passaremos essas heranças aos nossos filhos. Contudo, todo o bem que recebemos de nossos pais e que transmitiremos a nossos filhos é um presente das generosas mãos de Deus, conforme aprendemos na Escritura:

“sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,” (1Pedro‬ ‭1‬.‭18‬)

Então, Deus, em Sua imensa graça e misericórdia, nos concedeu virtudes. Nada que há de bom em mim ou em você é fruto de nossas próprias ações. Isso porque, como pecadores, não temos a capacidade de gerar algo bom por nós mesmos; todo o bem é Deus quem nos dá! O ensino de Tiago é bem claro a esse respeito:

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há variação ou sombra de mudança.” (Tiago 1.17).

É verdade que temos virtudes — mas são dádivas generosas concedidas por Ele, que as derrama em nosso interior. Por outro lado, tudo o que há de pecaminoso, difícil ou intransigente vem de nós mesmos, muitas vezes carregado desde a nossa família de origem. Veja o que a Bíblia nos ensina sobre a ação de Deus em Seus filhos:

“Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?” (Hebreus‬ ‭12‬.9‬)

Deus, o Pai perfeito

A salvação em Cristo envolve uma mudança de paternidade, como nos informa a Palavra de Deus:

“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz,” ‭‭(Efésios‬ ‭5‬.8‬)

Dessa forma, devemos aprender tudo o que fazemos e vivemos em Deus, e encontramos essa sabedoria em Jesus, Seu Filho. Como Seus filhos, devemos buscar em Jesus, nosso modelo, aquilo em que devemos nos transformar. O filho reflete a imagem do pai, conforme lemos o seguinte:

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;

e andai em amor, como também Cristo nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (Efésios‬ ‭5‬.1‬-‭2‬)

Todos nós passamos por diferentes etapas de crescimento ao longo da vida, tanto no aspecto natural quanto no espiritual. Chegará o momento em que precisaremos seguir nosso caminho de forma independente, sempre guiados pelo nosso Pai das Luzes. Nesse processo, aprenderemos a lidar com nossos pecados e com a graça redentora de Cristo, ao mesmo tempo em que buscamos um relacionamento mais profundo com o nosso Pai. Veja o que aprendemos pelo registro de Lucas‬:

“Logo que Seus pais O viram, ficaram maravilhados; e Sua mãe Lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à Tua procura.

Ele lhes respondeu: Por que Me procuráveis? Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai?” (Lucas‬ ‭2‬.48‬-‭49‬)

Esses três pais se manifestarão à medida que você não os substituir por um único Pai, o Pai absoluto, eficiente e perfeito. Quando você se perceber unicamente como filho de Deus Pai, não permitirá que as influências afetem sua vida.

Aprendendo a se relacionar com Deus

É fundamental buscarmos, dia após dia, aprender a nos relacionar e a refletir a imagem de Deus Pai. Dessa forma, o pai Adão não ressurgirá em nós, o pai Diabo se afastará de nós, e não repetiremos comportamentos fúteis e negativos que adquirimos de nossos pais terrenos.

Jesus é o nosso modelo de conduta que nos leva a nos comportarmos como filhos de Deus. Sendo o Filho de Deus, Ele mantém uma relação harmoniosa com Deus Pai e Deus Espírito. Ao mesmo tempo, como Filho do homem, veio para servir e cumprir a Sua missão. Esta é a dinâmica vista em Jesus Cristo:

  • Filho – Relacionamento
  • Servo – Trabalho

Dessa forma, Deus nos chama a refletir a imagem do nosso Pai, seguindo o exemplo de Jesus, Seu Filho. Reconhecer-nos como filhos de Deus é essencial — cultivando um relacionamento com Ele como nosso Pai e servindo uns aos outros, pois ao servir o próximo, servimos ao próprio Deus. O nosso propósito é pertencer a Deus e nossa vida deve ser um testemunho da Sua grandeza! Jesus nos afirma que a adoção divina impacta a nossa realidade e identidade:

“Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no Seu nome;” (João 1.12)

Portanto, cada ação que realizamos em nossa vida como seres humanos está ligada àqueles a quem pertencemos ou buscamos pertencer. Nosso abraço é um desejo de pertencimento, mas, muitas vezes, deixamos de abraçar por receio de não sermos aceitos.

O pai nos acolheu

Erramos ao não confiar e ao não reconhecer que, em Deus, encontramos aceitação e pertencimento!

Fomos acolhidos pela Sua graça! Deus nos oferece plena aceitação, tanto a mim quanto a você. Ele é nossa força, nosso provedor e sustentador perfeito. Ele nos dará o que precisamos. Se não tivermos é porque não precisamos.

Vamos encerrar fazendo um pedido ao nosso Pai:

Senhor, ajuda-nos a sentir o Teu amor e a compreender que somos aceitos por Ti como nosso Pai. Amém!

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