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Manipulados ou não?

Gilmara Bianchine
28/11/2024
Já parou para refletir sobre até que ponto suas escolhas são realmente suas? A era digital traz facilidades, mas também manipulações sutis, que moldam nossos pensamentos, desejos e até nossa visão de mundo. A questão é essa: até onde conseguimos deixar de sermos manipulados?


Estamos sendo manipulados?

A sensação de manipulação é extremamente desagradável.

Ter nossas emoções, comportamentos e decisões controlados por outras pessoas nos faz sentir violados. O problema é que nem sempre nos damos conta disso.

Não sei a sua idade, mas eu nasci antes de a Internet se tornar uma realidade. Eu vi o surgimento dos cursos de informática e dos computadores pessoais. Como para a maioria dos adolescentes, aquilo parecia fascinante, e eu aproveitava cada oportunidade para operar uma daquelas máquinas.

Eu aprendi o básico rapidamente e explorava todas as novidades que surgiam. Os trabalhos escolares migraram para o Word, com as famosas letras do WordArt nas capas.

Então, surgiu o Google, que respondia a quase qualquer pergunta. Digo “quase” porque, até então, a web não contava com o volume de informações que possui hoje.

O email pessoal chegou, e as demoradas cartas foram perdendo espaço. Nasceram os “bisavós” das atuais redes sociais, e mais um horizonte se abriu.

O passo seguinte, então, foi migrar todas essas possibilidades para o pequeno aparelho que agora nos acompanha em todos os lugares: o celular.

Atualmente, viver desconectado é praticamente impossível. Além disso, as novas gerações parecem “nascer sabendo” como rolar uma tela ou tirar um print, o que evidencia o quanto a tecnologia está integrada, desde cedo, em suas vidas. Com o celular, resolvemos diversos problemas pelo WhatsApp, realizamos reuniões por Zoom e até podemos rever o sermão de domingo no YouTube.

Assim, podemos ver as fotos das férias dos amigos, dar bom dia aos nossos pais que moram longe e até fazer compras de forma prática e rápida. Que grande avanço, afinal, nos trouxe a tecnologia!

Um cavalo de Troia

Porém, toda inovação carrega a premissa de que tudo são flores. Tendemos a pensar: “Como vivíamos sem isso antes?”.

Rapidamente, porém, percebemos que há mais do que benefícios na rede mundial de computadores. Não são poucos os estudos que mostram os efeitos da era digital no comportamento humano.

A nossa comunicação se tornou mais ágil, mas também mais superficial. Os modelos exibidos no Instagram afetam as relações interpessoais.

As descargas excessivas de dopamina impactam a nossa saúde e comprometem o nosso sono. A atenção, a memória e a concentração já não são as mesmas de antes. A ansiedade e a depressão tornam-se companheiras de jornada, alimentadas a cada novo post ou clique. Além da comunicação e da informação, o ambiente digital trouxe oportunidades incríveis de comércio e negócios, mas com ônus.

Aparentemente, a internet é uma terra sem lei, onde vale tudo para se conquistar uma fatia do mercado. Tudo vira curso, treinamento, produto, experiência; sofremos um bombardeio incessante de propaganda, sem intervalos.

Para cada necessidade que temos, nos oferecem outras mil que desconhecíamos. Sem falar em carências e desejos manipulados, o que torna o assunto ainda mais assustador.

Estamos, certamente, cada vez mais desorientados nesta imensa feira de variedades, cujo conteúdo se multiplica a cada segundo.

Podemos escolher ou somos totalmente manipulados?

Como você deve imaginar, eu não sou capaz de ver e processar tanto material ao mesmo tempo. Os responsáveis pelos dados de todos os mecanismos envolvidos neste grande sistema sabem disso.

Como então dar vazão a tanta informação da forma mais objetiva possível?

Nessa enorme biblioteca virtual, o algoritmo é quem dita as regras do que vemos e do que não vemos.

Algoritmo é apenas uma sequência lógica de passos para resolver um problema ou desempenhar uma tarefa. Ele calcula, por exemplo, quanto tempo as pessoas passam em um site específico.

Ele também avalia quais são as palavras mais clicadas, os temas e as imagens que mais geram interação.

De acordo com essas informações, ele passa a dar maior visibilidade a determinadas páginas que oferecem conteúdos semelhantes. No entanto, um algoritmo é apenas uma fórmula, e fórmulas não se criam nem se administram sozinhas.

Isso significa que o que aparece em nossa timeline não é apenas o resultado de cálculos matemáticos.

Eu gosto da ideia de que posso escolher o que vejo e acompanho. Todos nós temos a tendência de pensar que essa capacidade de escolha nos protege de sermos manipulados. Entretanto, no mundo digital, é prudente pensar duas vezes antes de acreditar que temos tanta liberdade para escolher nossas preferências.

Por trás de cada conteúdo disponível, existem pessoas cujo objetivo é nos tornar consumidores do que elas produzem. Com interesses, ideologias, vieses políticos e religiosos próprios, dirigem o que chega até nós, inclusive, guiados pelas nossas próprias escolhas. Desavisadamente, aceitamos o que nos passa diante dos olhos, com pouco ou nenhum filtro.

Damos autoridade a pessoas que nunca vimos pessoalmente, defendemos causas sobre as quais sabemos quase nada. Concordamos, pacificamente, com modos de pensar e agir porque estamos sendo manipulados a seguir por essa direção, sem perceber.

O ambiente virtual planeja promover um pensamento rápido e reativo, em vez de um que seja ponderado e intencional. Fazemos comentários no calor do momento, postamos o que dizem ter mais visibilidade.

As redes sociais já influenciam até na adaptação dos celulares que compramos. Manipulados.

Bloqueamos todo conteúdo contrário à nossa visão de mundo e perdemos a capacidade de crítica. Manipulados.

Recebemos e compartilhamos notícias sem verificar a veracidade ou avaliar a utilidade, porque à primeira vista validam um sentimento nosso. Manipulados.

Vou dar um exemplo mais próximo: este conteúdo.

Ele foi enviado ao editor e passou por várias alterações até chegar a esta versão que chegou a você. Por quê? Porque o algoritmo diz que as pessoas costumam consumir conteúdos que não contenham mais de vinte palavras por frase. O autor repete o tema um certo número de vezes ao longo do material e substitui certas palavras por sinônimos mais populares. Ou seja, um conteúdo simplificado e rápido de ser consumido.

Porém, aprofundar os nossos conceitos e aumentar o nosso raciocínio e conhecimento não seriam exatamente o objetivo de um conteúdo como este? Trabalharmos a complexidade no decorrer do tempo? Manipulados.

Clareza e defesa

Então, com tudo parecendo manipular, como podemos sair desse círculo vicioso?

Felizmente, pela graça de Deus, não estamos sozinhos nessa luta. O pecado nos manipula facilmente quando damos espaço a ele. Seja na Internet ou fora dela, o pecado continua sendo o nosso maior desafio. Isso ocorre porque qualquer influência externa só tem efeito sobre nós quando encontra eco em nossas próprias falhas internas.

Desejar ser visto, comparar-se, invejar e não encontrar contentamento são exemplos de emoções que nos tornam vulneráveis. Além disso, a raiva descontrolada, o gosto pela contenda, o orgulho, a arrogância e até a preguiça criam em nós uma inclinação por atalhos fáceis, abrindo caminho para a manipulação. A manipulação ativa esses ‘demônios’ ocultos em nosso coração. Tiago já advertia sobre isso:

“cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” (Tiago 1.14)

Assim, ao pensar que somos espertos demais para sermos manipulados, assumimos que podemos vencer o pecado por nós mesmos. Desconsiderar esse tema é nos expor ao risco por pura displicência.

Peco, também, pela omissão, e por isso é essencial conhecer o que a Palavra diz sobre minha incapacidade diante do erro e a minha dificuldade de reconhecer as minhas fraquezas. Devo pedir ao Senhor que me livre das faltas ocultas e que eu possa buscar, intencionalmente, a direção do Espírito Santo sobre as minhas necessidades, desejos e intenções.

Firmar a Verdade a nossa mente e combater a carne são passos para resistir ao pecado pelo poder de Cristo e, assim, sermos cada vez menos manipulados.

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