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Responsabilidade humana e soberania divina

Maristela Castro Muhlpointner
04/10/2024
Não é incomum sacrificar a soberania divina pela responsabilidade humana, ou vice-versa. Como a Bíblia aborda essa complexa relação? Será que a responsabilidade humana limita a soberania divina? Venha entender melhor essa interação.

Um assunto que voltou ao debate nas últimas semanas é a complexa relação bíblica entre a soberania divina e a responsabilidade humana.
O homem que não foi regenerado permanece em sua rebelião deliberada e vive como inimigo de Deus. Ele faz “escolhas” de acordo com seus desejos naturais e pecaminosos, estando entregue a eles e, assim, acaba por receber a ira da justiça divina.

Então, mesmo que completamente soberano, Deus não isenta o ser humano de sua responsabilidade. Este, usando sua “liberdade” como criatura racional e moral, será responsabilizado por suas escolhas e, consequentemente, receberá a ira da justiça de Deus.

O exemplo de José

Pode ser difícil de entender, mas a história de José ilustra tanto a soberania de Deus quanto a responsabilidade humana. Deus enviou José ao Egito, mas por meio da traição de seus irmãos que o venderam aos ismaelitas.

“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.” (Gênesis 45:5)

No versículo 8, José afirma, pela terceira vez, que sua ida ao Egito se deu pela providência divina.

“Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito.” (Gênesis 45:8)

Ele minimiza a culpa de seus irmãos arrependidos, confrontando o crime com o plano maior da soberania de Deus. Uma coisa não anula a outra: os seres humanos continuam responsáveis por seus atos.

Podemos concluir que Deus pode cumprir Seus propósitos por meio dos males que as pessoas nos causam, embora tais pessoas sejam responsáveis por suas ações.

O exemplo de Moisés e Faraó

Outro texto interessante sobre a responsabilidade humana e a soberania de Deus é o relato de Moisés e Faraó. Deus revelou a Moisés que endureceria o coração de Faraó para que este não deixasse o povo de Israel partir. Ainda assim, Deus também afirmou que Faraó se recusaria a deixá-los ir por sua própria vontade.

“Disse o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todos os milagres que te hei posto na mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo.” (Êxodo 4:21).

Deus endureceu o coração de Faraó, mas este também se recusava a atender Moisés e Arão por conta própria.

“Porém o Senhor endureceu o coração de Faraó, e este não os ouviu, como o Senhor tinha dito a Moisés.” (Êxodo 9:12)

Isso mostra claramente que, embora Deus endurecera o coração de Faraó para demonstrar Seu poder e soberania, Faraó ainda era responsável por seus atos.

“Quando o Faraó viu que a chuva, o granizo e os trovões haviam cessado, pecou novamente e obstinou-se em seu coração, ele e seus conselheiros.

O coração do Faraó continuou endurecido, e ele não deixou que os israelitas saíssem, como o Senhor tinha dito por meio de Moisés.” (Êxodo 9:34-35)

Fica claro, então, que Deus endureceu o coração de Faraó, mas Faraó também escolheu endurecer seu coração, revelando sua obstinação.

A predeterminação Divina e a responsabilidade humana

Pedro, em sua pregação, afirmou que Cristo morreu por uma predeterminação divina, mas culpou os judeus por terem-No crucificado.

“Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, O mataram, pregando-O na cruz.” (Atos 2:23)

Era da plena vontade de Deus, determinado por Seu conselho eterno, levar Jesus à morte, mas isso não isentou as pessoas que foram responsáveis por esse ato.

No livro de Atos, a igreja primitiva reconhece a responsabilidade humana e a predeterminação divina em oração.

“De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com os povos de Israel nesta cidade, para conspirar contra o Teu santo servo Jesus, a Quem ungiste.

Fizeram o que o Teu poder e a Tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse.” (Atos 4.27-28)

Deus, em Sua soberania, comanda a história para cumprir Seus objetivos. O que Sua vontade determina, Ele realiza com Seu poder, e nada pode impedir a realização de Sua soberana vontade.

A soberania na vida de Nabucodonosor

O que poderia ter levado Nabucodonosor, o mais poderoso e magnífico governante da Babilônia, a experimentar uma transformação tão humilhante a ponto de viver como um animal selvagem?

“O rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e homens de todas as línguas, que habitam em toda a terra: Paz vos seja multiplicada!

Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.

Quão grandes são os Seus sinais, e quão poderosas, as Suas maravilhas! O Seu reino é reino sempiterno, e o Seu domínio, de geração em geração.” (Daniel 4:1-3)

Nabucodonosor, um governante habilidoso que em seu reinado consolidava e expandia territórios, demonstrava sua capacidade estratégica. Inclusive, a sua conquista mais importante foi a de Jerusalém. Ele havia se tornado forte e poderoso, mas sua falta de reconhecimento de Deus o levou a uma humilhação severa. Ele acabou sendo afastado do trono e vivendo como um animal do campo por sete anos, até que reconhecesse a soberania de Deus.

Daniel o alertou para se arrepender de seus pecados, praticar a justiça e mostrar misericórdia aos oprimidos. Em vez disso, Nabucodonosor continuou a exaltar sua própria grandeza.

Embora poderoso e influente, Nabucodonosor era apenas um instrumento nas mãos de Deus. O seu sonho, interpretado por Daniel, foi um aviso para que ele, como rei, se arrependesse de seu orgulho e arrogância e reconhecesse a supremacia de Deus antes que o julgamento recaísse sobre ele pois a soberania de Deus sobre os reinos dos homens é absoluta e inquestionável.

A Nabucodonosor foi destinada a responsabilidade de aprender uma lição crucial: que o Altíssimo tem domínio sobre reinos e homens e concede autoridade a quem Ele deseja.

A soberania de Deus e a responsabilidade humana

Deus é, em Sua soberania, totalmente responsável pela realização de todas as coisas. Em outro sentido, porém, nós, como criaturas, também somos plenamente responsáveis e seremos responsabilizados pela realização das coisas.

Deus cumpre a Sua vontade na humanidade por meio da “liberdade” humana, mas Ele não nos revela como isso acontece, apenas mostra que acontece.

A grande conclusão que podemos tirar desses fundamentos bíblicos é que, por um lado, Deus é totalmente soberano, e por outro, o homem é totalmente responsável por seus atos.

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