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Temporalidade: A perfeição de Cristo na administração do tempo

Gilmara Bianchine
20/09/2024
O tempo, criado e controlado por Deus, é um recurso precioso. Será que Deus Se importa com a forma que o usamos? Vamos explorar essa questão com um convite para que invista o seu tempo de forma que glorifique a Deus.


Na vida, estamos na temporalidade. Especialmente aqueles que seguem a linha teológica Reformada repetem o mote “Vivemos para a glória de Deus”. No entanto, como muitas outras frases que repetimos com frequência, é comum que percamos de vista seu verdadeiro sentido.

Veja, não existe uma definição fechada sobre o que é a vida, seja do ponto de vista biológico, seja do filosófico. No máximo, enumeram-se as características de um ser vivo, diferenciando-o de um ser morto ou inanimado. Porém, qual é a base sobre a qual se estendem essas características? O tempo. É no correr do tempo que tais características se manifestam até o seu termo.

Além disso, o tempo é nossa referência para tudo: localizamos fatos no passado e no presente e fazemos projeções no futuro. A vida do homem está inserida no tempo e, além disso, é medida e limitada por ele. Podemos, então, indicar a duração de um período ou diferenciar as marcações do relógio de nossa percepção da temporalidade.

Mas, assim como a vida, a ciência também não chega a um consenso e nem define claramente o que é a temporalidade. E nem mesmo a Bíblia nos explica muito mais sobre o tema. Ainda assim, ela nos dá a conhecer o essencial e mais importante: Deus é o criador tanto da vida quanto do tempo.

Ele delimitou os dias, os meses, os anos e as estações, designando quem viveria em cada época pré-ordenada. Existimos nessas duas dimensões pela soberania divina, sem que as possamos compreender de maneira total.

Um Deus eterno

É importante termos em conta que essa é uma realidade à qual apenas nós estamos sujeitos. Deus está em um âmbito totalmente fora da nossa temporalidade, pois Ele é de eternidade a eternidade. Isso soa demasiado amplo para que a nossa mente possa compreender completamente.

“Mil anos, aos Teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite.” (Salmo 90.4)

Mesmo essa figura de linguagem não nos ajuda, não é verdade?! Mil anos já ultrapassam nossa capacidade real de contagem e percepção. De modo semelhante, vemos 1Samuel que:

“O Senhor é o que tira a vida e a dá […]” (1Samuel 2.6)

O que esses dois trechos da Escritura nos ensinam de forma muito direta? Que não somos donos da vida nem do tempo, e que não temos nenhum tipo de controle sobre qualquer um deles.

Então, somos colocados no tempo desde o momento em que fomos gerados até a nossa morte.

Nossos dias foram, então:

“[…] cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” (Salmo 139.16)

Desse modo, todos nós nascemos com um relógio de contagem regressiva. Além disso, é importante considerarmos que a maneira como gastamos esse tempo reflete a maneira como gastamos a nossa vida.

Deus presente na temporalidade

Ainda que Deus esteja fora do tempo, Cristo é o Deus encarnado que Se submeteu ao tempo. E durante os dias de Sua permanência nessa Terra, Ele não desperdiçou um minuto sequer.

Desde menino, então, Ele se ocupava em aprender a Lei e em encher-Se de sabedoria. Em sua juventude, dedicou-Se ao ofício do Seu pai terreno, a carpintaria. Depois de trinta anos de preparação, iniciou Seu ministério de forma focada e determinada em fazer a vontade do Pai celeste.

Ele veio para o propósito maior de glorificar a Deus, não a Si mesmo, ainda que Ele mesmo fosse Deus, pois:

“[…] subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a Si mesmo Se esvaziou” (Filipenses 2.6)

Sabemos que Cristo derramou a Sua vida na cruz, mas não nos damos conta de que Ele o fez desde o nascimento.

Em todo o tempo em que esteve neste mundo Cristo foi usado para promover a glória de Deus. Ele estava saturado dos interesses divinos; nada terreno era capaz de desviá-Lo de Seu objetivo.

Os Evangelhos retratam um Jesus que, de cidade em cidade, ensinava, debatia, corrigia, curava e fazia milagres. Assim, cada convite para uma refeição era motivo para salvar pessoas e expandir o Reino.

Mesmo os poucos intervalos de descanso se tornavam uma oportunidade a mais de manifestar a glória de Deus. Pense na mulher samaritana ou em Jesus dormindo no barco. A Escritura nunca diz que Ele Se retirava para relaxar um pouco ou para ter um momento para Si.

Na verdade, quando Se afastava, era para orar, e, às vezes, o fazia durante toda a noite; ou seja: nem mesmo dormir Lhe parecia importante. Portanto, os Seus pensamentos, palavras e ações estavam tomados por Sua missão. Ele não tinha muito tempo e não desperdiçou sequer um segundo.

Redimindo nossa forma de viver na temporalidade

Talvez um pensamento nos ocorra: mas Ele era Jesus, e nós, não.

A nossa visão nem sempre é clara e, portanto, não conseguimos discernir se estamos gastando tempo no que é realmente importante. Além disso, tendemos muito mais a passar horas cultivando os nossos interesses, buscando a nossa própria glória e não a Dele. Ainda mais: nos damos ao luxo de “matar o tempo”.

Agora, se tempo é vida, então matar o tempo seria um tipo de suicídio?

Bom, é exatamente por causa de Quem Jesus era e pelo que fez que hoje podemos viver como Ele viveu. De fato, a Sua vida santa, a Sua morte vicária e a Sua ressurreição nos outorgam o poder de viver para a glória de Deus.

Cristo nos chama e encoraja a ajustar o nosso foco para Ele mesmo e, assim, termos o nosso tempo redimido.

Refletindo sobre o uso do tempo

Costumamos dizer que investimos tempo nisso ou naquilo. Se investimos, é para que tenhamos retorno, não é mesmo?! O que temos ganhado com isso? Qual tem sido o nosso retorno?

Os nossos rendimentos estão sendo acumulados em um tesouro nos céus ou em um tesouro na terra?

O nosso trabalho tem sido meramente nossa fonte de renda ou a nossa oportunidade de servir ao Senhor e ao próximo?

Nós buscamos estudar as coisas terrenas com mais ou menos afinco do que desejamos conhecer as virtudes eternas?

Em cada intervalo livre, para onde vai o nosso coração? Para entretenimento ou para a oração? É necessário trabalhar, estudar, descansar e se divertir; mas temos administrado de forma equilibrada todas essas atividades?

Temos enxergado em cada uma delas as oportunidades de promover e exaltar a glória de Deus? Sabemos de cor Efésios 5.16:

“[…] remindo o tempo, porque os dias são maus”. (Efésios 5.16)

Veja, os dias já eram maus para os efésios e seguem maus para nós. Em todas as épocas, os cristãos são incentivados a aproveitar as oportunidades presentes em cada segundo que nos é dado nesta Terra.

É no cotidiano que somos instados a selecionar bem onde vamos investir o tempo. Embora Deus tenha separado o domingo para O cultuarmos, de segunda a sábado a vida também acontece.

Então, devemos nos levantar da cama todas as manhãs nessa temporalidade, conscientes de que “este é o dia que o Senhor fez”. Vamos escolher nos alegrar e regozijar Nele, fazendo as “boas obras que Ele nos preparou de antemão”? Viveremos sob a perspectiva da eternidade? Viveremos mesmo para a glória de Deus?

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