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Novidades

Gilmara Bianchine
05/07/2024
Atraído por novidades, o ser humano, frequentemente, se frustra quando algo não atende às expectativas. Vamos explorar as origens desse fenômeno na história bíblica e aprender a viver com discernimento em um mundo cheio de novidades, desenvolvendo uma postura crítica diante das promessas do novo.


Quando conversamos com um amigo, é comum fazermos a pergunta: “e aí, quais são as novidades?”.

Os meios de comunicação sempre procuram um furo de reportagem, uma informação de primeira mão para suas manchetes. Qualquer empresa capricha na propaganda de lançamento de um novo produto ou de sua versão mais recente e atualizada. O ser humano é atraído, quase que irresistivelmente, por novidades, em variados níveis. Há quem se interesse por novas descobertas científicas e quem queira saber quem é o namorado daquela celebridade. Enquanto uns aguardam o anúncio do carro do ano, outros estão pensando em quem será a próxima estrela do esporte.

Não importa o tema; a expectativa da revelação do desconhecido captura os nossos sentidos. Por isso mesmo, clickbaits costumam aparecer aos montes em sites e redes sociais. Eles são uma tática usada na Internet para gerar tráfego online por meio conteúdos enganosos ou sensacionalistas, também chamados de “caça-cliques”. Essas frases sensacionalistas e apelativas sempre prometem muito e quase sempre entregam nada. Eles são a  versão moderna dos antigos títulos chamativos usados para vender mais jornais e revistas, nos tempos passados. Mas por que caímos no canto da sereia?

Estudos neurocientíficos apontam que duas áreas do nosso cérebro desempenham papel importante quanto à recompensa, aprendizagem e movimento. Elas estão ligadas ao hipocampo, responsável pela memória, e à amígdala cerebral, que processa as emoções. Você consegue imaginar o estímulo responsável pela ativação desse conjunto? Uma bela e atraente novidade, claro.

Diante de algo novo, o nosso cérebro é incitado à exploração, numa busca por descargas de dopamina, o hormônio da felicidade. Ou seja, novidades podem expandir o nosso aprendizado, motivar as nossas ações, impactar o nosso bem-estar e as nossas emoções e ampliar a nossa memória.

Reagindo às novidades

Você se lembra do episódio em que Paulo está em Atenas, à espera de Silas e Timóteo?

Todos os dias ele disputava com judeus, religiosos e qualquer um que se apresentasse, tanto na sinagoga quanto na praça. O seu discurso causava estranheza aos ouvintes, que o interpelavam para que explicasse o significado de suas palavras. A curiosidade deles havia sido despertada e o motivo está registrado no versículo 21 de Atos 17:

“Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade.”

Vale lembrar que Atenas, mesmo debaixo do poder de Roma, era o polo intelectual do mundo àquela altura da história. Era a capital cultural, rica em arte, ciências e filosofia. Talvez a ânsia de seus habitantes por novidades tenha realmente contribuído para o desenvolvimento de toda essa erudição.

Entretanto, o final do capítulo denota três tipos de reação dos ouvintes à pregação do apóstolo: escárnio, incerteza e fé.

Isso porque após o contato inicial com uma nova informação, analisamos mais profundamente seu conteúdo. Em seguida, decidimos se o argumento é merecedor de aceitação ou rejeição. O tema em questão era a ressureição; assunto bastante controverso que não passava batido às discussões da época. Alguns debocharam da boa nova, considerando-a indigna de atenção; outros preferiram adiar uma conclusão sobre o que estavam ouvindo. E, finalmente, havia aqueles em cujo coração a fé foi plantada pela exposição do Evangelho.

Buscar novidades pode se tornar em correr atrás do vento

Assim como os atenienses, podemos cair na tentação de passar a vida caçando clickbaits. Às vezes, inclusive, acreditamos que saber um pouco sobre muitas coisas é sinal de que somos muito antenados e atualizados.

Igualmente, acreditamos que isso pode nos ajudar a resolver ou evitar problemas, aumentando a nossa sensação de controle. Ou, cremos que podemos estar um passo à frente dos outros, de maneira a alcançar algum tipo de benefício.

Veja, não se trata de conhecer, em profundidade, os mais variados assuntos e estar efetivamente embasado em suas convicções. Tampouco estamos falando em buscar inovações que solucionam problemas, como um novo tratamento médico, por exemplo.

Estamos pensando, aqui, em andar por aí como beija-flores, levados pela flor mais bonita logo ali adiante. Pensando sobre correr atrás de promessas fascinantes que terminam em frustração ou em consequências danosas. Em sobre nos frustrarmos, porque as expectativas criadas não foram supridas, ou porque nos entregaram outra coisa que não esperávamos ou que não queríamos.

A novidade das novidades

Foi isso que se passou com a primeira novidade que surgiu neste mundo quando nada ainda era velho e tão conhecido a ponto de se tornar banal em um ambiente repleto de descobertas diárias, de liberdade, segurança, paz e felicidade. Nessa época, todas as necessidades estavam satisfeitas e o trabalho era fonte de alegria. Nunca se havia cogitado temer pelo futuro ou por qualquer outra coisa.

É exatamente aí que a serpente atua como precursora de notícias tentadoras. O que Adão e Eva sabiam? O que Deus lhes havia falado diretamente.

“De toda a árvore do jardim comerás livremente,

mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás;” (Gênesis 2.16-17a)

O motivo?

“… porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2.17b)

Essa foi a ordem direta do Criador, não apenas sobre o que podiam desfrutar no jardim, mas também sobre eles próprios. Tudo o que eles conheciam estava totalmente impregnado da voz de Deus.

É aí que, então, uma outra voz adentra esse cenário perfeito, trazendo novidades. Começa por um diálogo de nuances e termina com a manchete sensacionalista: “certamente não morrereis”.

Eva foi fisgada, clicou no link e compartilhou com Adão, que por sua vez também clicou. Pior do que um vírus no celular, o vírus do pecado se instalou, não somente neles, mas em toda a humanidade. Que catástrofe!

Conclusão

Saber algo além do que Deus lhes havia dito foi demasiadamente convidativo; no entanto, imaginar que esse conhecimento os tornaria como o Criador, com seu imenso poder e grandeza, aprisionou os seus corações.

Séculos depois, deveríamos trazer à memória com mais frequência o exemplo dos nossos pais.

Seja em temas cotidianos ou mesmo relacionados à fé, dia após dia aparecem arautos dos segredos do universo, que desvendam códigos de prosperidade, mecanismos de produtividade, dicas e rotinas para alcançar um determinado padrão de vida.

Note quantas novas revelações e profecias chegam a nós, diariamente; quantos apregoam a necessidade de atualizar a Bíblia, viver “o novo de Deus”.

No centro de todas essas mensagens, encontramos o desenvolvimento do potencial humano, o construir-se a si mesmo, o triunfo independente e sua notoriedade gloriosa, entre outros aspectos. No entanto, a negação da soberania divina e do reconhecimento do único ser onisciente levanta questões importantes.

Precisamos estar atentos para discernir se estamos querendo saber sobre coisas mais do que queremos conhecer a Verdade. Adão e Eva andavam com Deus todos os dias e ainda assim fracassaram miseravelmente diante da tentação.

Quão firmadas devem estar nossas mentes na Palavra imutável para que ela seja o filtro pelo qual passamos nossos interesses?

Responda para si mesmo. Que Deus te abençoe.

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