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Como hospedar Jesus em sua casa?

João Eduardo Cruz
03/05/2024
Descubra a arte e o dever da hospitalidade através das histórias da Bíblia. Acima de tudo, reflita sobre o prazer e necessidade de se receber a Jesus em nossa vida. Prepare-se para uma jornada espiritual e prática sobre como tornar seu lar um lugar no qual Jesus é recebido e no qual Sua presença fará diferença poderosa.

Hospedar é uma verdadeira arte

No Antigo Oriente Médio, conforme retratado no Antigo Testamento, hospedar alguém era uma prática de extrema honra e valor. Personagens como o patriarca Abraão que, por força de sua hospitalidade, mesmo sem saber, recepcionaram anjos.

 “Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia.

Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra.” (Gênesis 18.1,2).

O texto bíblico também ressalta a importância da hospitalidade:

“Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos.” (Hebreus 13,2).

Receber alguém em nossa casa é um desafio que demanda tempo, atenção e cuidado. Isso envolve preparar refeições, oferecer acomodação adequada e dedicar a devida atenção à pessoa, em um gesto que é conhecido como “fazer sala”. Mesmo que a visita seja prolongada, há um sentimento de dever cumprido ao servir bem o visitante.

Hospedar pessoas inesperadamente é um desafio

Hospedar pessoas sem prévio aviso pode ser desafiador, mesmo para aqueles lares hospitaleiros, pois pegam os anfitriões desprevenidos.

A hospitalidade é, nesses casos, posta à prova, exigindo uma resposta imediata e atenta para garantir uma recepção acolhedora e confortável.

Voltando a Abraão, a visita que ele recebeu foi completamente inesperada, mas isso não o impediu de oferecer o melhor. Mesmo tendo sido surpreendido, o velho patriarca era uma espécie de especialista em hospitalidade.

E é sempre bom lembrar que a visita foi de ninguém mais ninguém menos do que o próprio Deus. E embora o visitante tenha sido ilustríssimo, não permaneceu por muito tempo.

O Centurião que não quis receber a Jesus

A reflexão se estende para além da hospitalidade física, abordando a importância de receber Jesus em nossas vidas e lares. Isso se torna ainda mais crucial ao considerarmos a recusa de alguns em acolher Jesus, como evidenciado no relato bíblico do centurião em Cafarnaum.

“E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto Dele um centurião, rogando-Lhe, e dizendo: ‘Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado’.

E Jesus lhe disse: ‘Eu irei, e lhe darei saúde’. E o centurião, respondendo, disse: ‘Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.

Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este:

Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz’.

E maravilhou-Se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: ‘Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé’.” (Mateus 8.5-10).

Durante muitos anos eu tive muita vergonha de receber pessoas em nossa casa. Isso nada tinha a ver com falta de hospitalidade, mas é que morávamos em uma casa muito simples; eu, minha esposa e quatro filhos apertados em três cômodos bem mal divididos.

Por isso, quando alguém fazia menção de nos visitar ficávamos tensos e imaginando como acolher aquela pessoa em um espaço que até nós nos sentíamos incomodados.

A humildade do Centurião

Pela posição social dele é provável que o seu problema não era o mesmo que o meu anos atrás. Não era uma questão de acomodação ou espaço; tinha a ver com a forma com a qual ele se via diante de Jesus.

O Senhor se admirou da fé daquele homem, da natureza de sua percepção espiritual. Realmente, se formos sinceros diante de Deus, teremos que admitir o quão indignos somos de estar debaixo do mesmo teto que o Deus encarnado.

A verdade é que nenhum de nós se vê na condição de receber qualquer autoridade mundial, muito menos o Senhor dos Senhores, o Rei do universo e, acima de tudo, Aquele que é absolutamente santo.

Hospedar o Deus-Homem?

Se você tem dúvidas sobre quão intimidadora pode ser essa presença de Jesus, permita-me delinear a natureza de nosso Senhor em pontos mais profundos, citando primeiro a definição de Michael Reeves:

“O Verbo de Deus (Jesus) (…) é alguém que Se encontra na mais profunda proximidade de Deus e que manifesta a mais intima realidade de Quem Deus é. Ele é ‘o resplendor da glória e a expressão exata do Seu (de Deus) ser’. Porque Ele mesmo é Deus. Ele é de Deus ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus’”

O pregador escocês Robert Murray M’Cheyne traduziu assim essa percepção ao mesmo tempo assombrosa e maravilhosa:

“Aprenda muito a respeito do Senhor Jesus. Para cada vez que você olhar para si mesmo, olhe dez vezes para Cristo. Ele é totalmente encantador. Tal majestade infinita e, não obstante, tanta mansidão e graça, e tudo em favor dos pecadores, mesmo para com o principal deles. Viva intensamente para agradar a Deus. Regozije-se em Seus sorrisos. Sinta Seus olhos oniscientes fitos com amor em você e descanse em Seus braços Todo-poderosos… deixe sua alma encher-se de um profundo senso arrebatador da doçura e excelência de Cristo e de tudo que está Nele”.

Portanto, a conclusão a que chegamos é que, embora estejamos recepcionando o ser mais majestoso do universo, Ele é, também, Aquele que por amor veio até nós como um de nós, com o fim de que nos tornássemos aquilo que Ele é diante do Pai.

Isso significa que não há lar em que Jesus Se sinta incomodado de estar, desde que haja ali o desejo de recebê-Lo.

Como hospedar Jesus em sua casa

A porta principal da nossa casa pela qual Jesus irá adentrá-la é o nosso coração. Ou seja, o Jesus que entrará na sua casa é Aquele que for recepcionado em sua vida pessoal em primeiro lugar.

Portanto, um lar frequentado por Jesus é onde aqueles que lá estão tem comunhão com Ele.

Naturalmente, creio que você percebeu que não estou falando de uma presença mística, mas encarnacional.

Jesus deseja habitar em sua casa e o meio para que isso ocorra é você. Note que o apóstolo Paulo, quando fala sobre os relacionamentos familiares no texto de Efésios 5.18-6.1-3, antes de qualquer referência a conduta dos maridos, das esposa e dos filhos, dá uma ênfase muito importante a todos serem cheios do Espírito (v.18).

“Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito,” (Efésios 5.18)

E sabemos que ser cheio do Espírito é ter em si a vida de Cristo.

“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor,” (Gálatas 5.22)

Cristo deseja mais do que visitar a sua casa, Ele deseja se acomodar ali e começar a fazer a diferença na sua família, e você pode ser a porta de entrada. Paulo assim orientou a igreja que se reunia em Corinto:

“Aos outros, eu mesmo digo isto, não o Senhor: Se um irmão tem mulher descrente e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela.

E, se uma mulher tem marido descrente e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele.

Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santos” (1Coríntios 7.12-14).

Busque ao Senhor como aquele centurião O buscou, mas leve-O para casa.
Que seus familiares experimentem da mansidão, bondade e amor que aqueles que se enchem do seu Espírito têm.

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