• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

Panteísmo: inimigo do cristianismo no campo da ecologia?

Diego Venancio
26/04/2024
Explore a visão cristã do cuidado com a Terra como responsabilidade divina. Refletindo sobre a importância religiosa nos desafios ecológicos, vamos questionar a eficácia do panteísmo como solução, discutindo diferentes paradigmas na preservação do planeta.


Em um de nossos posts anteriores, falamos sobre o cristão não precisar de pretextos complexos ou alarmistas ao pensar a Ecologia. Ainda assim, na Ecologia observamos uma luta entre o Cristianismo e o Panteísmo.

A modernidade adotou uma cosmovisão panteísta. Mas, o cristão tem resposta a isso?

O Cristianismo tem tudo nas mãos para, não apenas pensar a Ecologia, mas também cuidar da Terra, simplesmente porque Deus a criou.

O cristão deve cuidar dos animais, pois estes são criaturas de Deus tal como o homem o é. E o homem os deve preservar porque Deus o criou à Sua imagem e semelhança. Assim, em certo aspecto, o homem se torna o mordomo de Deus, uma extensão da ação de Deus na vida.

Hoje, então, desejo abordar o maior desafio do pensamento cristão em relação à Ecologia.

Esse desafio é o Panteísmo, cujo qual parece muito piedoso e mais preocupado com a Criação do que o Cristianismo. O Panteísmo é uma cosmovisão que confronta as ideias do cristianismo e, como veremos, não é fácil combatê-lo.

Para esta discussão, vou usar o livro de Francis Schaeffer, chamado “A Poluição e a Morte do Homem”, da editora Cultura Cristã. Embora publicado em 2018, o livro aborda discussões da década de 60, o que revela que o tema não é novo e que ainda permanece relevante.

A Ecologia Contra o Cristianismo

Schaeffer traz ao nosso conhecimento um artigo de Lynn White Jr., de nome “As Raízes Históricas da Nossa Crise Ecológica”, publicado na revista Science. White foi professor de História na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Em seu artigo, White argumentou que a crise na ecologia se deve a uma falha do Cristianismo. Segundo Schaeffer, White faz um artigo brilhante, no qual argumenta que, embora não sejamos mais um mundo cristão, mas sim um mundo pós-cristão, ainda assim mantemos uma “mentalidade cristã” na área da Ecologia.

White culpa literalmente o cristianismo pela visão moderna de exploração da natureza, pois no Cristianismo o homem se veria como superior ao restante da Criação.

No entanto, esse pensamento é parcialmente verdadeiro. É correto afirmar que o homem, essencialmente imagem e semelhança de Deus, é superior à Criação. Ainda assim, também devemos lembrar de que, em outro aspecto, o homem é igual à Criação, sendo uma das criaturas desta. Ele é, então, um ser criado e dependente do Criador, que é o Deus da Bíblia.

Schaeffer menciona que os anos 80 foram influenciados pela base filosófica que se estabeleceu nos anos 60. Nenhuma discussão aconteceu neste período, e ele ressalta que

“As pessoas estão, agora, agindo com base nas ideias formuladas naquele período – embora aqueles que estejam se conduzindo desta forma não percebam isso conscientemente.” (Francis Schaeffer)

Lynn White compreendeu a necessidade de uma base na área da ecologia ao citar que:

“O que as pessoas fazem em relação à sua ecologia depende do que elas pensam sobre si mesmas em relação às coisas ao seu redor. A ecologia humana é profundamente condicionada pelas crenças sobre nossa natureza e nosso destino – isto é, pela religião.” (Lynn White)

A Ecologia é uma Questão Religiosa

É notável a conexão entre ecologia e religião, como White aponta. Nossa ciência e tecnologia atuais estão impregnadas da visão cristã ortodoxa em relação à Natureza, e isso limita a eficácia de soluções baseadas apenas nessas áreas. White argumenta que a tecnologia não resolverá o problema, pois esta tem raízes na visão de domínio sobre a Natureza, o que leva à exploração ilimitada.

Ele afirma:

“Visto que as raízes da nossa dificuldade são tão grandemente religiosas, o remédio também deve ser essencialmente religioso, independentemente de o chamarmos assim ou não. Nós temos de reconsiderar e ‘ressentir’ nossa natureza e destino. O sentido profundamente religioso, ainda que herético, dos franciscanos primitivos para a autonomia espiritual de todas as partes da natureza pode apontar numa direção. Eu proponho Francisco como o santo padroeiro dos ecólogos.” (Lynn White)

Interessante como Lynn White construiu sua argumentação sem excluir um pensamento religioso sobre o assunto. No entanto, ao mesmo tempo, ele rejeita o cristianismo reformado tradicional como resposta.

Em busca de uma resposta religiosa para a Ecologia, o Panteísmo é abraçado

Richard L. Means, professor adjunto de Sociologia na Faculdade de Kalamazoo, no estado de Michigan, Estados Unidos, estendeu o conceito de White e perguntou: “Por que não buscar uma solução na direção do Panteísmo?”

O Panteísmo afirma que os homens são, assim como toda a Natureza, da mesma essência.

Means questiona:

“Não seria uma solução apenas afirmarmos ‘Nós somos todos da mesma essência’?” (Richard L. Means)

Schaeffer observa:

“Assim, o panteísmo é aqui proposto como uma resposta ao nosso dilema ecológico. Mas será ele de fato uma resposta? Esta é uma pergunta que devemos agora considerar.” (Francis Shaeffer)

Means coloca a culpa do nosso problema ecológico no Cristianismo, sugerindo que este criou e sustentou o problema. Ele apresenta uma visão completamente egoísta em relação à Natureza, sugerindo que devemos cuidar dela apenas por seus efeitos em nossas vidas e nas gerações futuras.

Schaeffer destaca a falha desse argumento, uma vez que este tenta encontrar um valor fora do homem para cuidar da Natureza, mas que acaba enfatizando apenas o pragmatismo. O valor continua centrado no homem e em servir seus próprios interesses egoístas.

Assim, o Panteísmo pode ser frágil em seus argumentos, mas é o pensamento adotado por muitas pessoas na era moderna.

Será que existe uma resposta fora do homem para o cuidado com a natureza?

Continuaremos essa discussão em um próximo post. Fique atento!

Você gostou desse texto sobre ecologia?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Recomeçar é um desafio
Próximo post
Como hospedar Jesus em sua casa?
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu