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Recomeçar é um desafio

João Eduardo Cruz
19/04/2024
Como Jesus transformou a queda de Pedro em um recomeço poderoso? Descubra o segredo da restauração e encontre inspiração para sua própria jornada de renovação espiritual.


Em meio aos desafios da caminhada cristã, um dos mais significativos é a capacidade de recomeçar após quedas e falhas.

Contudo, esse processo de retomada e restauração pode ser incrivelmente enriquecedor para a vida do crente.

Como bem destacou a psicóloga cristã Talita Rodrigues,

“Os recomeços nos permitem recalibrar a rota e mudar o caminho. Para isso, é preciso uma boa dose de coragem, humildade e ousadia para admitirmos que, talvez, tenhamos errado o percurso.”

O exemplo de como Jesus lidou com a queda de Pedro oferece uma visão profunda do que verdadeiramente significa recomeçar. O relato dessa restauração está registrado no capítulo 21 do Evangelho conforme João. É notável observar que neste ponto final do Evangelho diversas figuras emblemáticas são apresentadas, como:

  • Pedro lançando-se às águas em direção a Jesus;
  • A chegada de Jesus ao amanhecer (como a luz que rompe as trevas, ecoando “Eu sou a luz do mundo”, de João 8.12);
  • Jesus servindo aos discípulos e alimentando os necessitados.

A visão final de João sobre Jesus é, dentre tantas outras, a de um Restaurador.

O Restaurador que Busca os Quebrados e os faz Recomeçar

Logo após esses eventos, Jesus Se manifestou novamente aos discípulos junto ao Mar da Galileia. Nesse encontro, estavam presentes Simão Pedro, Tomé (conhecido como Dídimo), Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Pedro sugeriu: “Vou pescar”, e os outros o acompanharam. Eles entraram no barco, porém, durante aquela noite, não conseguiram pescar nada. Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os discípulos não O reconheceram de imediato.

“Depois disto, tornou Jesus a manifestar-Se aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e foi assim que Ele Se manifestou:

estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois dos seus discípulos.

Disse-lhes Simão Pedro: ‘Vou pescar’. Disseram-lhe os outros: ‘Também nós vamos contigo’. Saíram, e entraram no barco, e, naquela noite, nada apanharam.

Mas, ao clarear da madrugada, estava Jesus na praia; todavia, os discípulos não reconheceram que era Ele.” (João 21.1-4)

Esse encontro se deu em um cenário marcante da relação entre Jesus e Seus discípulos, como na primeira multiplicação dos pães. É intrigante notar que Pedro estava entre os discípulos mesmo após ter negado Jesus. Contudo, Jesus já havia prometido esse momento de restauração antes mesmo de Pedro pecar:

“Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galileia.” (Mateus 26.32)

O deslize de Pedro não surpreendeu Jesus, da mesma forma que as nossas falhas também não O surpreenderão. Após a ressurreição, houve uma mensagem pessoal para Pedro, indicando um compromisso agendado:

“Mas ide, dizei a Seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis, como Ele vos disse.” (Marcos 16.7)

Esse encontro inesperado de Jesus com os discípulos durante o trabalho cotidiano ressalta que Deus não Se limita aos ambientes de adoração. Quando nos sentimos fracassados, muitas vezes evitamos estar diante de Jesus; no entanto, Ele vem ao nosso encontro onde quer que estejamos.

Jesus nos leva a Recomeçar

Jesus é o pastor que busca a ovelha perdida, a dona de casa que procura a moeda perdida e o pai que aguarda o filho pródigo, conforme relatado em Lucas, no capítulo 15.

Em um momento comum de nossa vida, podemos nos deparar com a presença de Jesus, levando-nos ao constrangimento por causa do Seu amor incomensurável.

É essencial compreender que não se deve usar o conhecimento de que Deus não abandona Seus filhos como desculpa para uma vida desregrada. Devemos manter a esperança de sermos encontrados caso nos desviemos, em vez de nos perdermos confiando na busca divina. O antigo teólogo anglicano adverte:

“Na cruz, um ladrão foi salvo para que ninguém se desespere; mas apenas um, para que ninguém se iluda.” (J.C. Ryle)

A Manifestação da Graça pelo Restaurador

Em um dos momentos após Sua ressurreição, Jesus questionou os discípulos se tinham algo para comer. Ao responderem negativamente, Jesus os orientou a lançarem as redes à direita do barco, resultando em uma pesca milagrosa. Nesse cenário, Pedro, ao perceber que era Jesus na praia, vestiu-se e se lançou ao mar. Os demais discípulos trouxeram a rede com os peixes, e todos desfrutaram de uma refeição junto ao Mestre, conforme descrito em João 21.5-14.

“Perguntou-lhes Jesus: ‘Filhos, tendes aí alguma coisa de comer?’ Responderam-Lhe: ‘Não’.

Então, lhes disse: ‘Lançai a rede à direita do barco e achareis’.
Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes.

Aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: ‘É o Senhor!’ Simão Pedro, ouvindo que era o Senhor, cingiu-se com sua veste, porque se havia despido, e lançou-se ao mar; ⁸ mas os outros discípulos vieram no barquinho puxando a rede com os peixes; porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados.

Ao saltarem em terra, viram ali umas brasas e, em cima, peixes; e havia também pão.” (João 21.5-8)

Jesus chama os discípulos de “Filhos”, uma expressão que, em grego, equivale a “Crianças”, mostrando uma abordagem íntima e afetuosa. Além disso, Ele os serve, relembrando o que os ensinou. Cada detalhe desse encontro desperta memórias afetivas, remetendo ao início da jornada dos discípulos com Jesus. A multiplicação dos peixes parece ter como objetivo fazer Pedro recordar de seu primeiro encontro com Jesus, quando foi chamado a segui-Lo.

Jesus confronta Pedro de forma incisiva, perguntando-lhe três vezes se ele O ama e, ao receber a resposta afirmativa, encarrega-o de cuidar de Seu rebanho. Esse confronto não é para acusar, mas para reconciliar e restaurar – ou, recomeçar. A mensagem de Jesus se centraliza na redenção e na graça, as quais se distinguem da acusação atribuída ao diabo.

O Restaurador Renova o que Estava Quebrado

Após a confissão de Pedro sobre seu amor por Jesus, Este o orienta sobre o seu futuro serviço, indicando que Pedro glorificará a Deus mesmo em meio a dificuldades. Nesse sentido, essa confissão de fé reflete a segurança de Pedro na soberania de Jesus, reconhecendo que o Mestre conhece a sua alma profundamente.

A restauração completa está na consciência de que as nossas almas estão nuas diante de Deus, sem espaço para mentiras ou fugas. Além disso, Jesus Se revela para nos tirar das sombras do pecado e da vergonha, conduzindo-nos à humildade e aceitação de nossa necessidade de restauração. Assim, quando nos entregamos completamente a Ele, Ele nos cura e renova nossa jornada, fazendo-nos recomeçar.

Em suma, portanto, o desafio e a graça de recomeçar na jornada cristã são fundamentais para o crescimento espiritual e à restauração daqueles que se encontram quebrados. Ao compreendermos o exemplo de Jesus ao lidar com Pedro após sua queda, percebemos que o Restaurador vai ao encontro dos quebrados, manifestando graça e conduzindo-os à restauração completa.

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