• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

O desprezo da sã doutrina em nossos dias

Suny Gentilal
08/09/2023
Muitos líderes evangélicos acreditam que o estudo da teologia esfria o crente. Valorizam mais os sentimentos, negligenciando a doutrina e o estudo da Palavra de Deus. Essa atitude é uma verdadeira afronta à Palavra de Deus.


Como teólogo, minha missão é falar bem de Deus e praticar o que prego. Decerto, idolatria e blasfêmia são riscos ocupacionais constantes. É sempre muito tentador criar Deus à minha imagem ou à imagem da minha ideologia preferida. Certamente, a sã doutrina não é valorizada em nossos dias.

Assim sendo, as últimas palavras da Primeira Epístola de João devem ser o primeiro e o último pensamento do teólogo.

“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.” (1João 5.21)

A imperfeição dos homens

Não existe possibilidade de termos igrejas perfeitas, porque nós seres humanos somos imperfeitos.

Depois da queda dos nossos primeiros pais (Adão e Eva), todos os homens nascem pecadores. Ou seja, não existe nenhum ser humano na face da terra sem pecado. Até aqueles que foram salvos por meio da fé em Jesus Cristo continuam sendo pecadores.

O apóstolo João escreveu:

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” (1João 1.8)

A perfeição, portanto, só se verá na Igreja triunfante. Entretanto, apesar de não existirem igrejas perfeitas, existem igrejas saudáveis.

Estou plenamente convencido de que igrejas saudáveis são teologicamente saudáveis. Infelizmente, muitas igrejas no contexto brasileiro desprezam a boa teologia.

Não é nenhuma novidade a famosa frase: “A letra mata e o Espírito vivifica”. Muitos líderes evangélicos usam essa frase como forma de desprezo da teologia. A teologia é vista como inimiga da verdadeira fé.

Muitos líderes evangélicos acreditam que o estudo da teologia esfria o crente. Valorizam mais os sentimentos, negligenciando os pensamentos profundos. Assim, não se dedicam ao estudo da Palavra de Deus. Muitos optam pelo pragmatismo. Para eles, o que importa é o resultado, independente dos meios.

A sã doutrina é desprezada tanto pelos ministros religiosos quanto pela igreja local. Sem dúvida, essa atitude é uma verdadeira afronta à Palavra de Deus.

A orientação de Paulo

O apóstolo Paulo orientou Tito, seu filho na fé, a permanecer na sã doutrina. Essa orientação deveria ser levada a sério em nossos dias. Com certeza, vivemos numa época em que as pessoas não suportam mais a sã doutrina.

Paulo disse a Timóteo que isso aconteceria. Seu último desejo era que Timóteo, outro filho na fé, pregasse a Palavra. Ele deveria fazer isso quer as condições fossem favoráveis à pregação da Palavra quer não.

“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino:

prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” (2Timóteo 4.1-2)

Infelizmente, vejo muitos pastores e igrejas que abandonaram a Palavra de Deus. De fato, o evangelho se tornou desconhecido em muitos púlpitos atualmente.

A inevitabilidade da doutrina

O discurso do abandono de doutrinas em nossos dias é uma verdadeira utopia. De alguma forma, todo ser humano acredita em alguma coisa. Não existe possibilidade de sermos totalmente despidos da doutrina, pois ela é inevitável.

O que acontece é que a sã doutrina cristã é desprezada em nossa sociedade pós-moderna. A teologia ortodoxa é colocada de lado e o liberalismo teológico tem sido o prato chefe em muitas instituições cristãs.

É triste, mas muitos seminários e faculdades de teologia abandonaram a sã doutrina e abraçaram a teologia liberal.

Os que advogam o abandono da doutrina como forma de preservar a “simplicidade da igreja” geralmente impõem doutrinas não bíblicas. Entretanto, a doutrina é inevitável. Ou ela é cristã ou não.

Kevin J. Vanhoozer afirmou:

“Toda cultura se fundamenta em um conjunto de ensinamentos sobre o que é verdadeiro e bom. Em outras palavras, a doutrina é inevitável. Como os gestos e sotaques entregam as pessoas que foram criadas, digamos, em diferentes regiões do país, da mesma forma o que cremos ‘entrega’ algo sobre nossa criação. Nascer em um tempo e espaço específicos não conduz só à aculturação, mas também à doutrinação. É uma verdade raras vezes reconhecida: sempre fomos doutrinados. Crer em algo significa apegar-se a uma doutrina. Mesmo quem não crê em nada se apega a uma doutrina (niilismo). A doutrina veio para ficar. Eis a única questão: a doutrina é cristã ou não, saudável ou tóxica?” (Quadros de uma exposição teológica: cenas de adoração, testemunho e sabedoria da igreja, Editora Monergismo, p. 56)

Os inimigos da sã doutrina

Numa sociedade relativista como a nossa, defender doutrinas absolutas é um verdadeiro escândalo. (Neste blog, você encontrará vários textos falando sobre o tempo desta pós-modernidade em que estamos inseridos.)

Minha oração é que as nossas igrejas possam despertar, pois precisamos urgentemente de igrejas centradas na sã doutrina.

A sã doutrina atrai e aparta ao mesmo tempo. De certa maneira, nós pastores comprometidos com a sã doutrina nos alegramos quando a doutrina atrai e aparta.

Aqueles que são atraídos pela sã doutrina geralmente fazem parte do povo de Deus. Por outro lado, aqueles que vierem à igreja com o objetivo de buscar entretenimento acabarão se frustrando e se apartarão. Isso é positivo, pois não podemos negociar a sã doutrina com o objetivo de atrair multidões para a igreja.

O apóstolo Paulo declarou:

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,

pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência.” (1Timóteo 4.1-2)

Percebeu o que ele disse? Nestes últimos tempos, alguns darão ouvidos a doutrinas de demônios. Toda doutrina que não é fundamentada nas Escrituras Sagradas é demoníaca.

A proteção da igreja

A sã doutrina, então, protege a igreja do engano da doutrina falsa.

Em nome da unidade, os hereges são tolerados em nosso meio. De certa forma, isso mata a igreja.

Veja o que o dr. Stuart Olyott escreveu:

“Aqueles que são fracos em doutrina sempre têm uma mensagem que não é um verdadeiro reflexo da mensagem da Bíblia. A mensagem deles normalmente não começa com Deus. Tendem a enfatizar as necessidades das pessoas, e não a sua culpa. Com frequência, trivializam o assunto do arrependimento. Muitas vezes, fazem uma apresentação confusa das grandes verdades salvadoras do evangelho. Quase deixam de mostrar que vir a Cristo significa ser comprometido com uma congregação de membros do povo dEle. Em resumo, a mensagem deles é fraca e sem poder, em vez de robusta, exigente, gloriosa e emocionante. Não é uma surpresa que o verdadeiro evangelho esteja se propagando tão lentamente no mundo!” (Pregação pura e simples, Editora Fiel, p. 60)

Então, púlpitos vazios da sã doutrina adoecem igrejas. Por isso, não podemos tolerar o falso evangelho e seus mestres.

O apóstolo Paulo declarou:

“Porque há muitos insubordinados, meros faladores e enganadores, principalmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, pois, motivados pela ganância, transformam casas inteiras, ensinando o que não convém.” (Tito 1.10-11)

A ideia do apóstolo Paulo aí é que os hereges devem ser calados em nossas igrejas. Não podemos deixar que eles ensinem.

A doutrina é inevitável. Ou ela é cristã ou não. Não podemos negociar o evangelho.

Conclusão

Em conclusão, vejamos uma última citação do dr. Stuart Olyott. Ela é digna da nossa atenção e reflexão.

“O crente instruído doutrinariamente não procura tornar o evangelho uma mensagem ‘amigável’, embora a amizade sincera seja parte da vida desse crente. Ele fala a respeito do pecado, da culpa, da ira de Deus e do inferno. Fala a respeito da bondade de Deus, de Seu Filho e de Sua disposição de salvar. Esse crente não oculta o fato de que ninguém é salvo sem arrepender-se. Ele roga às pessoas que venham a Cristo. Mostra que vir a Cristo não é algo que ocorre apenas de palavra, mas envolve obediência às Escrituras, uma participação ativa na vida da igreja de Cristo e um compromisso com a oração.” (Pregação pura e simples, Editora Fiel, p. 59-60)

 

Gostou deste texto sobre a sã doutrina?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Crise na masculinidade
Próximo post
Besouro Azul, entretenimento e ideologia
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu