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Deus é imutável mas Se arrepende?

Diego Venancio
09/06/2023
Você já ouviu dizer que Deus é imutável? Mas, também, já leu na Bíblia que Deus Se arrependeu? Você tem ideia como é possível conciliar essas duas ideias?


Sabemos que Deus, para ser Deus, tem que ter alguns importantes atributos, e um desses é a Sua imutabilidade. Ou seja, Deus é imutável; Ele não muda.

Eu diria que o fato de Deus ser imutável é o que nos salva e também o que nos condena.

Deus não está sujeito ao tempo. Deus é eterno e Ele escreveu a nossa história. Quando Deus fala algo, é impossível que Ele volte atrás, que Se arrependa de algo que Ele diz ou faz. Tudo o que Deus faz ou diz tem valor eterno, pois Deus é eterno e imutável. Deus é também todo-poderoso para poder sustentar aquilo que Ele promete. Nada pode impedi-lO de fazer aquilo que Ele deseja.

Nós somos o oposto de Deus. Nós estamos sujeitos às ações do tempo. Não conseguimos sustentar a nossa palavra. Não somos autônomos. Somos finitos.

Quando Deus diz que vai salvar alguém, certamente Ele o fará. Para nós que somos salvos, isso é uma bênção, uma segurança plena. Agora, o fato de Deus ser imutável evidencia a nossa mutabilidade, a nossa fraqueza, a nossa inconsistência diante de tudo. Portanto, deste lado da eternidade, sofremos com o fato de Deus ser imutável, pois Sua perfeição traz à luz nossas mazelas. Ao mesmo tempo, porém, Deus Se revela um Ser totalmente confiável.

Como a Bíblia apresenta o Deus imutável

Alguns textos são essenciais para vermos que Deus não muda e que a Sua natureza é completamente diferente da nossa.

Deus é transcendente

“Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros.” (Êxodo 3.14)

Moisés buscou saber quem era Deus, para que pudesse apresentá-lO ao povo. Então, o Senhor Se apresentou desta forma: “EU SOU O QUE SOU”. Isso quer dizer que Deus é de uma natureza particular, diferente de tudo o que existe na criação. Não existe um nome que possa definir o Deus imutável. Ele é transcendente.

Deus é único

“Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, sou o primeiro e também o último.” (Isaías 48.12)

Ser o primeiro e o último significa que Deus está em toda a história, sem qualquer variação. Ele escreveu o enredo e sabe tudo o que vai acontecer. Nada vai pegá-lO de surpresa.

Deus é confiável

“Confiai no SENHOR perpetuamente, porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna.” (Isaías 26.4)

Aqui Deus é comparado a uma rocha eterna. A questão é que podemos confiar em Deus. Podemos colocar os nossos pés, sabendo que Deus não está sujeito a terremotos. Nada O abalará.

Deus não está sujeito ao tempo

O tempo passa, mas Deus é o criador do tempo. Por isso, não está sujeito às leis que Ele mesmo cria. Deus está acima de tudo.

“Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás, e serão mudados.

Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.” (Salmo 102.26,27)

Deus é imutável

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” (Tiago 1.17)

A Escritura é veemente quando diz que não há variação em Deus. Reforça a ideia com a frase “sombra de variação”. Ou seja, nem sequer um esboço de mudança pode existir em Deus.

Jesus é Deus e participa deste mesmo atributo. Ele é imutável:

“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.” (Hebreus 13.8)

Existem inúmeros textos que afirmam que Deus é imutável, mas ficarei com esses por enquanto.

Se Deus é imutável, como Ele Se arrepende?

Nesta altura, você já pode estar se perguntando sobre os textos que dizem que Deus Se arrependeu de alguma coisa.

Como podemos conciliar o Deus imutável com as passagens da Bíblia que afirmam que Deus de fato Se arrependeu?

Essa é uma boa pergunta a se fazer.

Gostaria de responder que essas são, na verdade, aparentes contradições. Se afirmamos que Deus é imutável, então não podemos destruir essa premissa diante da primeira adversidade que surge. Essa premissa é sólida e completamente verdadeira. Deus é imutável.

“Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;

então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.

Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.” (Gênesis 5.5-7, grifos meus)

Acredito que esse texto já é forte o suficiente para entendermos o tamanho do problema que nos causa. Outros exemplos existem, mas ficarei apenas com esses versículos.

A aparente contradição

Quando dizemos que Deus é imutável, não estamos dizendo que Deus é imóvel ou impassível. Deus não deve ser descrito como sem movimento, que não Se importa com nada.

Se fosse assim, Deus não teria sentimentos. Não poderíamos atribuir a Deus amor, misericórdia, graça ou mesmo ira. Deus está em constante relacionamento com o ser humano finito e mutável. Ele é imanente.

O fato de a Escritura apresentar Deus Se arrependendo de alguma coisa é uma acomodação da linguagem no relacionamento que Deus pretende ter com o homem mutável.

Essa acomodação acontece constantemente nas Escrituras. Alguns textos dizem que Deus tem boca, nariz, mão, braços, coração, ou que Deus Se inclina para ouvir. A teologia chama isso de antropomorfismo. Quando se refere às emoções em Deus, chama-se antropopatismo.

Não sabemos qual foi o teor do sentimento que Deus teve quando viu a degeneração da raça humana. Entretanto, não podemos confundir isso com arrependimento humano. O arrependimento humano sempre carrega a ideia de imperfeição, inabilidade ou incompetência.

Contudo, o arrependimento que é atribuído a Deus não representa isso. Carrega a ideia de que o Deus que tem sentimentos Se entristece ao ver a situação da raça humana decaída.

“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23.19)

O autor inspirado usou a melhor palavra para representar o que acontece em Deus diante de certas situações. Então, podemos entender os textos que falam do arrependimento de Deus como referindo-se a um arrependimento diferente daquele que o homem sente. Isso precisa ficar claro, pois em Deus não há falhas. Ele não precisa lamentar-se por não conseguir realizar algum plano.

Conclusão

“Temos na imutabilidade de Deus uma consolação firme. Não se pode confiar na criatura humana, mas em Deus sim.” (A. W. Pink)

Essa doutrina da imutabilidade de Deus é maravilhosa. Deve fortalecer a nossa fé, pois Deus é completamente confiável, o único confiável.

O nosso descanso está em saber que Deus não muda. Nós mudamos, mas Deus é o mesmo Pai amoroso eternamente.

 

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