• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

Estresse: uma oportunidade valiosa

Diego Venancio
02/12/2022
Hoje em dia, parece que todos nós vivemos com estresse. Será que foi sempre assim? Haveria algo de bom no estresse?


Tenho vivido dias de muito estresse.

Com certeza muitos poderiam concordar com essa afirmação. Não há quem esteja com a vida plenamente tranquila e possa dizer que não tem vivido com algum tipo de estresse.

A minha vida tem passado por muitos momentos assim e confesso que ainda tento entender esse processo. Então, na busca de maior compreensão, compartilho com você alguns pensamentos.

De onde vem o termo “estresse”?

Esse termo não era tão comum na década de 80, quando eu era criança. Mesmo a depressão não era algo tão popular. Nas últimas décadas, porém, essas palavras tomaram conta do nosso vocabulário.

Veja o que a Wikipédia tem a dizer sobre o termo.

“O termo ‘estresse’ foi tomado emprestado do universo da física onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature. O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia.” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Estresse)

Buscando entender

Se termos como “estresse” e “depressão” ganharam proeminência nas últimas décadas é porque provavelmente a nossa vida mudou. As nossas atividades mudaram ao mesmo tempo que a nossa maneira de lidar com as circunstâncias mudou.

Todas as gerações passam por problemas. Então, ou as gerações passadas sofriam de estresse e depressão e não eram mencionados, ou estamos mais doentes.

Olhando para a minha própria vida, sinto muito estresse quando as coisas saem da minha programação e do meu controle. Quando tento agir para dirimir problemas e as coisas começam a degringolar, uma pressão enorme me sobrevém. As minhas emoções e os meus pensamentos começam a se confundir.

Consequentemente, começo a buscar mais intensamente a Deus, pois sei que Deus tem tudo sob controle. Ele, melhor do que ninguém, sabe por que estou passando por aquilo.

O afastamento de Deus

No afã de buscar explicações, vamos a Deus em oração. Clamamos por auxílio, por solução, por graça e misericórdia, a fim de termos alívio.

Em certo devocional, eu me deparei com o texto de Salmo 30.

“Tu, SENHOR, por teu favor fizeste permanecer forte a minha montanha; apenas voltaste o rosto, fiquei logo conturbado.” (Salmo 30.7)

Fiquei intrigado com a frase “apenas voltaste o rosto, fiquei logo conturbado”.

É fato que somos abraçados com a graça e misericórdia divinas em tudo, cem por cento do tempo, assim como quando mergulhamos no mar ou numa piscina, onde ficamos totalmente tomados pela água. É assim que Deus está cuidando de nós.

Entretanto, o texto afirma que o rosto de Deus, falando figuradamente, pode se voltar por alguns instantes para outro lado.

É certo que Deus não tem rosto; isso é um antropomorfismo. Ou seja, o autor usa expressões da figura humana em Deus para que tenhamos uma visão moldada à nossa realidade. Serve para facilitar a nossa compreensão.

A verdade desse trecho é que por algum motivo essa profundidade de graça e misericórdia pode de alguma forma diminuir. Essa diminuição, por mais milimétrica que seja, já nos lança no mais completo terror.

Um propósito para o estresse

Realmente, não suportamos muito tempo de estresse e sofrimento sem querermos logo nos livrar do agente que causa a dor. Quando Deus Se afasta, ou temos essa impressão, vemos que precisamos mais de Deus do que da situação resolvida propriamente.

O que entra em jogo aqui é o propósito. Todas as coisas na nossa vida podem transformar a nossa mente, a nossa conduta, o nosso caráter. Nada disso deve ser desperdiçado. Há uma bênção quando Deus vira o Seu rosto sobre nós.

O famoso puritano inglês Richard Baxter, no seu livro Quebrantamento: espírito de humilhação (traduzido pela editora Monergismo, mas não publicado), diz:

“A aflição não é um convidado bem-vindo à natureza humana, mas a graça pode achar razão para lhe dar boas-vindas. A graça é sincera e não pode tomar consciência de impiedade sem se dispor a se lamentar por isso. Há alguma coisa de Deus na tristeza piedosa; por isso, a alma a aceita, procura por ela e clama por ela. Sim, a alma até se entristece quando não consegue mais se entristecer. Não é que a tristeza, como tal, seja desejável, mas é uma consequência necessária da nossa aflição por causa do pecado, e um antecedente necessário para a restauração que se seguirá.

Assim como podemos nos submeter à própria morte com acalentada expectativa, porque ela é santificada para ser a passagem para a glória, embora seja dolorosa em si mesma para a natureza humana, assim muito mais nós podemos nos submeter à humilhação e ao quebrantamento do coração com um santo desejo, porque ela é santificada para que seja a entrada para o estado de graça.” (http://www.monergismo.com/textos/vida_piedosa/humilhacao_baxter.htm)

Saindo do estresse para o descanso

Baxter chama de aflição o que eu estou chamando de estresse. Chama de humilhação aquilo que chamamos de sofrimento. O que desejo demonstrar é que na vida de crentes piedosos nada é sem sentido.

Como compartilhei em outro post sobre rotina, tive um problema com o meu carro de trabalho. Meu trabalho estava ameaçado, minha rotina mudou, minha tranquilidade foi embora. A apreensão tomou conta, meu controle sobre as circunstâncias sumiu, minha previsibilidade quanto ao futuro desapareceu. De repente, a minha vida estava nas mãos de um mecânico, sobre o qual eu não tinha nenhum poder.

Essa situação de estresse seria somente humana, demasiadamente humana, ou teria algum valor espiritual?

Eu lhe digo que busquei a Deus, orei, chorei, clamei, pedi por socorro, pois não tinha a quem mais recorrer.

Sim, isso tem total valor espiritual. É nesse ponto que Deus atua. Quando entendemos que tudo é espiritual, até mesmo um carro quebrado, é então que recebemos o descanso.

A alegria virá

O estresse e a depressão podem ser persistentes.

“Por ti, SENHOR, clamei, ao Senhor implorei.” (Salmo 30.8)

Mesmo que algo pareça humano demais, terreno demais, Deus não fica distante disso. Deus não nos deixa sem socorro.

“Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” (Salmo 30.5b)

Você passará algum sofrimento, sim, mas tudo isso passa, pois Deus nos dá o alívio.

“Ouve, SENHOR, e tem compaixão de mim; sê tu, SENHOR, o meu auxílio.

Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria,

para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. SENHOR, Deus meu, graças te darei para sempre.” (Salmo 30.10-12)

Você sente o estresse chegando, bagunçando as suas emoções e os seus pensamentos. Entretanto, não tente resolver as coisas sem antes buscar a face do Senhor, seja qual for a situação.

Eu poderia achar que coisas de carro, mecânico e trabalho são pouco espirituais para colocar diante do trono de graça. No entanto, não são coisas pequenas. De fato, são oportunidades valiosas dadas por Deus para que você dependa dEle em tudo. Elas vêm para humilhá-lo, sim, mas depois para exaltá-lo.

Veja o que Paulo diz:

“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.

Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (2Coríntios 12.9-10)

Que Deus o guarde em tudo.

 

Gostou deste texto sobre estresse?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Rotina: uma bênção fora de moda
Próximo post
Realidade: interpretar de forma objetiva ou subjetiva?
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu