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Corpo: qual o seu propósito? (Parte 1)

Diego Venancio
15/07/2022
Deus criou o seu corpo, mas para quê? Entenda qual é a melhor e mais digna maneira de você usar o seu corpo.


Você recebeu um corpo, que foi criado por Deus. É justo que você aprenda com Deus, através da Sua Palavra, qual a melhor e mais digna maneira de você usar o seu corpo, visando a glória de Deus.

Uma teologia para o corpo

Em Gênesis 2, temos uma narrativa importante.

“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gênesis 2.7)

A família é um projeto divino em que um grupo de pessoas que têm ancestralidade habitam conjuntamente. No entanto, antes mesmo de existir uma família, Deus criou um homem. Desse homem, Deus fez a mulher e assim o projeto “família” foi viabilizado.

Portanto, não seria inútil pensarmos sobre a constituição do indivíduo, como se relaciona consigo mesmo, com seu corpo, com Deus, antes da constituição de uma família, que se dá por meio do casamento.

O homem formado como unidade composta de corpo e alma

O texto de Gênesis 2.7 (acima) diz, então, que Deus formou o homem de algo material, o pó da terra, e de algo imaterial, o sopro divino. Na junção desses dois elementos, o homem se fundiu, tornando-se alma vivente. Essa unidade é indivisível.

O homem feito à imagem e semelhança de Deus

Entretanto, antes de nos mostrar que o homem foi feito em unidade, corpo e alma em um único ser indivisível, o texto de Gênesis 1.26 nos dá uma informação fundamental: o homem foi criado por um Deus pessoal, à Sua imagem e semelhança.

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” (Gênesis 1.26a)

A expressão “imagem e semelhança” é uma espécie de paralelismo, onde uma palavra interpreta a outra, dando a ideia de correspondência e semelhança.

“Que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?

Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.” (Salmo 8.4-5)

Gênesis 1 afirma que o ser humano foi feito, de alguma maneira, parecido com o próprio Deus, e isso num sentido distinto dos animais. Não encontramos em Gênesis nenhuma afirmação igual sobre nenhuma classe de animais. O texto, porém, afirma que a imagem de Deus se aplica igualmente ao homem e à mulher.

Se o homem foi criado do pó da terra, recebendo o fôlego da vida, a criação da mulher a partir da costela do homem significa que a mulher foi criada da mesma essência do homem. Nesse estado ideal, o homem e a mulher viam suas pessoas e sexualidade com integridade. Por isso, não sentiam vergonha em sua nudez.

O casamento se torna padrão para a relação sexual

Deus estabeleceu o casamento, entre um homem e uma mulher, como padrão para as relações sexuais e conjugais. Então, os dois estavam juntos, nus, sem pecado, sem se envergonharem, e sem qualquer alienação um do outro e de Deus.

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.

Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam.” (Gênesis 2.24-25)

O homem carrega em si uma dignidade santa

O que quero apresentar é que o homem foi criado carregando em si a imagem de Deus. Sua natureza, composta de corpo e alma, carrega uma dignidade, por assim dizer, divina, elevada, de um padrão santo e perfeito. O que é feito no corpo afeta a alma por consequência inevitável. O que é feito no corpo produz consequências espirituais e essa realidade não pode ser ignorada.

É preciso lidar com o corpo após o pecado

A partir da desobediência ao preceito divino, com o comer do fruto, algo que se deu no âmbito material, as implicações transcenderam como transgressão espiritual, gerando a morte do homem.

A vontade do homem foi escravizada. Seus olhos perderam a pureza. A nudez não é mais algo puro. Homens e mulheres perderam a capacidade de lidar bem com a sua própria sexualidade.

A separação de corpo e alma

Nos primeiros séculos, a igreja primitiva enfrentou uma heresia: a filosofia do gnosticismo.

No século IV, Ário, um presbítero de Alexandria, introduziu na igreja uma heresia que recebeu o nome de arianismo. Dizia que Jesus não era Deus, e sim subordinado a Ele, ou seja, Jesus não poderia ser Deus e homem. Tudo isso era porque Deus-espírito não poderia Se misturar com a matéria, algo impuro. Surgiram muitas heresias, como docetismo, adocionismo e tantas outras da mesma linha.

Atanásio foi um dos pais da igreja que enfrentou e derrotou o arianismo. Os seguidores de Ário ainda estão por aí. São os Testemunhas de Jeová.

O gnosticismo entende que a vida do homem não é algo natural. É temporária e o que tem valor é aquilo que transcende, aquilo que é imaterial.

O espiritismo dos nossos dias ainda defende esse tipo de ideia gnóstica.

A união de corpo e alma

Para o cristianismo, o gnosticismo é um terrível erro, tendo em vista que o único momento onde haverá separação entre corpo e alma será no “estado intermediário” da morte, e a união entre corpo e espírito será restaurada na ressurreição.

Enquanto o gnosticismo entende que o corpo é apenas um lugar habitado por um espírito que pode e deve ser liberto dos grilhões do mundo físico, o cristianismo entende que, ao se tornar “alma viva”, o ser humano foi constituído como um ser integral.

A importância do corpo e sua realidade

Não podemos menosprezar aquilo que vivemos no corpo, sabendo que o corpo influencia o espírito e vice-versa.

Em 2Coríntios 4, Paulo mostra que existe uma diferença entre o homem interior (a alma) e o homem exterior (o corpo).

“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.” (2Coríntios 4.16)

O sofrimento do homem exterior pode ajudar na renovação espiritual do homem interior. O homem interior precisa do corpo físico e não é completo sem ele, mesmo que possa existir sem ele (1Coríntios 1-5). Em Filipenses 1, Paulo afirma que a alma continua depois da morte, que é a saída da alma do corpo.

“Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte.

Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.

Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher.

Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.

Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne.” (Filipenses 1.20-24)

O corpo influencia o espírito

O corpo pode influenciar o espírito, de modo que o espírito aja segundo os desejos do corpo.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26.41)

Por outro lado, as sensações físicas podem ser a razão pela qual o espírito fica mais maduro e puro, como no caso do espinho da carne de Paulo.

“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.” (2Coríntios 12.7)

As concupiscências da carne lutam contra o espírito.

“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.” (1Pedro 2.11)

O espírito influencia o corpo

Por outro lado, o espírito pode afetar o corpo. Romanos 12 mostra que a renovação do homem interior capacita o oferecimento do corpo a Deus, como sacrifício vivo.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.1-2)

O resultado da expiação deve ser a glorificação de Deus em nossos corpos.

“Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1Coríntios 6.20)

No próximo post, seguiremos com o tema do corpo.

 

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