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Trindade: a unidade e pluralidade de Deus na Bíblia

Renato Oliveira
08/04/2022
Em nenhum momento as Escrituras negam a Trindade divina nem sua unidade. Você já parou para refletir sobre o fato de que Deus é um e ao mesmo tempo trino?


Minha intenção neste post é dar a você, leitor, uma condição de aprender um pouco mais sobre a doutrina da Trindade com a Bíblia. Não desejo ser apologético. O tema da Trindade é muito abrangente. Portanto, farei isso de forma resumida, mas creio que as informações são suficientes para dar um conhecimento inicial sobre o assunto.

A Trindade compreende a unidade de Deus

Deus é um Deus que Se revela. No Antigo Testamento Ele começa a Se revelar como um Deus único, o único Deus verdadeiro. Essa ênfase é dada porque Ele deseja Se revelar ao Seu povo. Até então, ou pelo menos após a saída do Egito, os israelitas estavam vivendo como idólatras, depois de 400 anos de escravidão. Este Deus não aceitaria adoração a outros pseudodeuses.

Em Êxodo, vemos claramente esta ênfase:

“Então, falou Deus todas estas palavras:

Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.” (Êxodo 20.1-2)

Em Marcos, um mestre da lei pergunta a Jesus qual é o principal dos mandamentos.

“Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!” (Marcos 12.29)

Essa é a maior declaração de fé israelita, conhecida como o Shemá. O Shemá afirma a singularidade de Deus. No hebraico, ele compõe apenas quatro palavras: Iavé nosso-Deus, Iavé um. O Deus que é Trindade é um Deus.

A fé israelita se expressa em termos henoteístas. Henoteísmo é a crença que existem outros deuses, mas devemos adorar apenas um Deus.

Contudo, essa conversa sobre outros deuses é retórica. Outros deuses existem apenas porque são adorados e nomeados, mas não existem de verdade.

“Saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro.” (1Reis 8.60)

“Porque todos os deuses não passam de ídolos; o SENHOR, porém, fez os céus.” (Salmo 96.5)

A unidade de Deus no pensamento de Paulo

O Shemá afirma unicidade mais do que singularidade: é Deus frente a ídolos feitos deuses. Além disso, sendo um, Deus age com integridade e consistência.

“Quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo.” (Hebreus 6.13)

Na formação de Paulo, sendo fariseu, havia a importância do Shemá. Ele demonstrava isso no pensamento, na confissão.

“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (1Coríntios 8.6)

Aí, o Shemá está presente; ao mesmo tempo, afirma que Jesus Cristo é Deus, assim como o Pai. A unidade de Deus é afirmada e reafirmada nas Escrituras.

No livro What Saint Paul Really Said, Tom Wright afirma:

“Uma das mais impressionantes características da cristologia paulina – a declaração de Paulo a respeito de Jesus – é esta: no exato momento em que dá os mais exaltados títulos e honras a Jesus, também enfatiza que ele, Paulo, é um monoteísta do bom estilo judaico. Diante da evidência, temos de concluir que Paulo era realmente um teólogo muito confuso, ou então que ele queria dizer, tão claramente quanto estava aberto a ele, que quando colocava Jesus e Deus na mesma categoria, não estava sugerindo que Jesus era visto como absorvido no ser do único Deus, sem nada mais. Ele convidava seus leitores a verem Jesus como quem retém sua plena identidade como o homem Jesus de Nazaré, todavia, dentro do ser interior de um só Deus, o Deus do monoteísmo judaico.” (Do livro “Conhecendo o Deus Trino”, Tim Chester, Editora Fiel)

Deus tem uma só essência ou natureza. Nossa concepção da Trindade não pode comprometer a singularidade de Deus.

A Trindade compreende a pluralidade de Deus

Deus Se apresenta como um Deus único, mas essa apresentação não nega a Sua pluralidade.

O vocábulo hebraico mais comum para Deus é Elohim. É uma forma plural. Poderia implicar plural de quantidade ou de intensidade (como as palavras águas e céus). No entanto, Elohim é usado com a forma singular do verbo. Deus é ambos, plural e singular, Trindade e unidade. Isso ganha mais força quando comparado ao testemunho das Escrituras.

Esses verbos e pronomes plurais são encontrados, por exemplo, nos seguintes textos:

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” (Gênesis 1.26)

“Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal.” (Gênesis 3.22)

“E o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.

Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro.” (Gênesis 11.6-7)

“Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Isaías 6.8)

No livro In the Beginning, Henri Blocher conclui:

“Deus se dirige a si mesmo, mas só pode fazer isso porque ele tem um Espírito que é um com ele, como também distinto dele ao mesmo tempo. Aqui estão os primeiros vislumbres da revelação trinitária.” (Do livro “Conhecendo o Deus Trino”, Tim Chester, Editora Fiel)

O Espírito de Deus

O Espírito ou Sopro de Deus é também diferenciado de Deus.

“[…] e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.” (Gênesis 1.2; ver também Números 11.25; Salmo 104.30).

Entretanto, o Espírito descreve também a agência de Deus.

“Seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR.” (Isaías 40.7)

“Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 4.6)

O Espírito é aquele por quem Deus capacita Seu povo a agir de modo extraordinário.

“Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?” (Gênesis 41.38)

“E o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício.” (Êxodo 31.3; ver também 35.31)

“Josué, filho de Num, estava cheio de espírito de sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos […]” (Deuteronômio 34.9)

“Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.” (Isaías 11.2; ver também 42.1; 61.1)

O Espírito é sinônimo da presença de Deus a Seu povo.

“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” (Salmo139.7)

Em dias futuros, Deus dará o Seu Espírito a Seu povo.

“Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.” (Isaías 44.3; ver também Ezequiel 36.26-27; 37.14; Joel 2.28-29)

Encontramos aqui ambas: diferenciação e identificação. Novamente, “Espírito” e “Sopro” podem ser personificações metafóricas do poder ou da presença de Deus.

A pluralidade da Trindade no Shemá

“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.” (Deuteronômio 6.4)

O que é que devemos entender das sugestões de pluralidade divina à luz dessa afirmativa divina sobre a unicidade de Deus?

A palavra hebraica para “um”, no Shemá, é a mesma palavra usada para um homem e sua mulher, que se tornam “uma só carne” (Gênesis 2.24).

O casamento envolve uma unidade que contém duas pluralidades. Desse modo, o Shemá não nega a pluralidade dentro de Deus. Qualquer pluralidade que houver e qualquer forma que ela tomar, ainda haverá um só Deus.

O conhecimento de Deus, a natureza trinitária de Deus, deve nos fazer temer mais a Deus e nos fazer submetidos à Sua vontade.

Seguirei com o estudo num post futuro.

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