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A tempestade da ira de Deus: como acalmá-la?

Júlio Pardo
26/10/2020
Na vida, há muitas tempestades. Você já pensou na ira de Deus como uma tempestade? O que pode trazer paz e tranquilidade nessa tempestade?


 

A tempestade no mar

Em Marcos 4, lemos que Jesus e Seus discípulos atravessaram o mar durante uma tempestade:

“Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos: ‘Vamos atravessar para o outro lado’.
Deixando a multidão, eles o levaram no barco, assim como estava. Outros barcos também o acompanhavam.
Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água.
Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: ‘Mestre, não te importas que morramos?’
Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Aquiete-se! Acalme-se!’ O vento se aquietou, e fez-se completa bonança.
Então perguntou aos seus discípulos: ‘Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?’
Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: ‘Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?’ (Marcos 4.35-41)

Para contextualizar, o livro de Marcos foi escrito para o público romano. Marcos enfatiza, em todo o seu evangelho, a sabedoria e o poder sobrenatural de Jesus, a fim de que os romanos entendam que a morte na cruz, mal vista por aquele povo, não é capaz de diminuir o Ser de Jesus. Pensando por esse prisma, como podemos ver o poder de Jesus nessa passagem?

Reações na tempestade

A primeira coisa que chama atenção é o fato de que, numa tremenda tempestade, Jesus dormiu, como narra o versículo 38. Lembro que, quando criança, na copa de 2002, as pessoas ficaram impressionadas como eu dormia tranquilamente durante os jogos da madrugada, com aquele monte de fogos e barulho. Agora imaginem uma situação onde temos, além do barulho da natureza, homens gritando, um barco mexendo e água gelada batendo nas costas. Ainda assim, foi necessário que os discípulos acordassem Jesus. Jesus tem um controle tão poderoso sobre a natureza que nada O assusta. Ele é o Criador de todas as coisas e Ele sabe como ninguém com o que está lidando.
Duas coisas interessantes aparecem no final do versículo 38. Primeiro, mesmo fora de controle emocional, os discípulos não perderam a reverência por Jesus. Eles O chamam de “Mestre”.
Quando estamos aflitos, no susto, revelamos nosso real respeito pelas pessoas. Quantas vezes já ofendemos pessoas próximas por estarmos de cabeça quente? Aqui, nem mesmo a ameaça da morte fez com que os discípulos desrespeitassem Jesus.
Segundo, Jesus não Se ofende com a pergunta, “Não te importa que morramos?”, que parece mais uma acusação. Jesus conhece nossas aflições e não Se surpreende nem Se ofende com a forma como, às vezes, nos dirigimos a Ele. Você já fez uma oração “suja”, daquelas que parece que vamos ter uma discussão séria com Deus? Por que nos impedimos de abrir o coração com Aquele que tudo sabe? Muitas vezes, somos ascéticos, limpinhos, em nossa vida devocional. Falamos com Deus como se estivéssemos numa entrevista de emprego, onde procuramos falar sobre aquilo que não nos compromete. Deus nos chama justamente para falar sobre aquilo que nos compromete.

Companhia na tempestade

Eles estavam diante de uma forte tempestade, mas não estavam sozinhos. Jesus estava com eles. Eu trago uma boa notícia para você: Jesus está neste barco com a gente. Ele está conosco o tempo todo. Não há tempestade em nossa vida de que Ele não tenha conhecimento. Muitas vezes, quando estamos no quarto, chorando, perguntando: “Por que Deus está dormindo, por que não faz nada?”, Ele simplesmente nos diz como disse aos discípulos: “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?”
Para os discípulos, a tempestade era grande e Jesus era pequeno. Quando engrandecemos as dificuldades, inflando-as até criarmos uma tempestade maior do que a real, ao mesmo tempo estamos diminuindo a imagem de Deus que temos em nosso coração. Eis uma afirmação certeira por Ed Welch:

“Se você alguma vez já teve oportunidade de ver árvores gigantes, nunca ficará assustado com o tamanho de um arbusto. Ou se você passou por um furacão, uma chuva de verão não é nada para temer. Se você tem estado na presença do Deus todo-poderoso, tudo o que um dia controlou a sua vida de repente tem menos poder.” (Quando as pessoas são grandes e Deus é pequeno)

Temor na tempestade

Quando vem a calmaria, parece que nós nos esquecemos do poder dAquele que parou a tempestade. O medo parece que se vai. No entanto, nós, seres humanos, somos naturalmente medrosos. Sempre teremos um objeto de temor. A questão que fica é: a quem tememos? A tempestade ou o Deus que parou a tempestade? Diante da grandeza e da magnitude de Jesus, não temos outra alternativa a não ser temê-lO e adorá-lO. A falta de fé é o que nos faz temermos mais a tempestade do que o próprio Deus.
Jesus é tão poderoso que uma pequena ordem foi suficiente para parar a forte natureza. Ele não fez nenhum show, nenhuma cena espalhafatosa, não usou uma capa especial; o controle sobre a criação é algo simples para Ele.
Então, atenção ao que eu disse, depois do fim da tempestade, os discípulos estão apavorados. Como assim? Eles não deveriam estar aliviados? O poder de Jesus é ainda mais temível do que o poder da natureza. O poder de Jesus apavorou ainda mais os discípulos. Eles se perguntam: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” É o Filho de Deus, o Criador de todas as coisas, que domina a natureza com o simples poder de Sua palavra, pois Ele mesmo é a Palavra encarnada.

Outra tempestade

Vemos no Antigo Testamento uma situação muito parecida, no primeiro capítulo de Jonas.

“A palavra do SENHOR veio a Jonas, filho de Amitai com esta ordem:
‘Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença’.
Mas Jonas fugiu da presença do SENHOR, dirigindo-se para Társis. Desceu à cidade de Jope, onde encontrou um navio que se destinava àquele porto. Depois de pagar a passagem, embarcou para Társis, para fugir do SENHOR.
O SENHOR, porém, fez soprar um forte vento sobre o mar, e caiu uma tempestade tão violenta que o barco ameaçava arrebentar-se.
Todos os marinheiros ficaram com medo e cada um clamava ao seu próprio deus. E atiraram as cargas ao mar para tornar o navio mais leve. Enquanto isso, Jonas, que tinha descido para o porão e se deitara, dormia profundamente.
O capitão dirigiu-se a ele e disse: ‘Como você pode ficar aí dormindo? Levante-se e clame ao seu deus! Talvez ele tenha piedade de nós e não morramos’.
Então os marinheiros combinaram entre si: ‘Vamos tirar sortes para descobrir quem é o responsável por esta desgraça que se abateu sobre nós’. Tiraram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas.
Por isso lhe perguntaram: ‘Diga-nos, quem é o responsável por esta calamidade? Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? A que povo você pertence?’
Ele respondeu: ‘Eu sou hebreu, adorador do SENHOR, o Deus dos céus, que fez o mar e a terra’.
Então os homens ficaram apavorados e perguntaram: ‘O que foi que você fez?’, pois sabiam que Jonas estava fugindo do SENHOR, porque ele já lhes tinha dito.
Visto que o mar estava cada vez mais agitado, eles lhe perguntaram: ‘O que devemos fazer com você, para que o mar se acalme?’
Respondeu ele: ‘Peguem-me e joguem-me ao mar, e ele se acalmará. Pois eu sei que é por minha causa que esta violenta tempestade caiu sobre vocês’.
Ao invés disso, os homens se esforçaram ao máximo para remar de volta à terra. Mas não conseguiram, porque o mar tinha ficado ainda mais violento.
Eles clamaram ao SENHOR: ‘SENHOR, nós suplicamos, não nos deixes morrer por tirarmos a vida deste homem. Não caia sobre nós a culpa de matar um inocente, porque tu, ó SENHOR, fizeste o que desejavas’.
Em seguida pegaram Jonas e o lançaram ao mar enfurecido, e este se aquietou.
Ao verem isso, os homens adoraram ao SENHOR com temor, oferecendo-lhe sacrifício e fazendo-lhe votos.
O SENHOR fez com que um grande peixe engolisse Jonas, e ele ficou dentro do peixe três dias e três noites.” (Jonas 1.1-17)

Semelhanças na tempestade

Perceberam as semelhanças? Tanto Jonas quanto Jesus estavam num barco, dormindo, quando a tempestade veio até eles. Os tripulantes, assim como os discípulos, clamaram: “Não vai fazer nada?” Além disso, tanto Jesus quanto Jonas foram responsáveis pelo fim da tempestade. No caso de Jonas, foi preciso que o lançassem ao mar para que a tempestade se dissipasse. Era como se o profeta estivesse dizendo: “É necessário que eu me sacrifique para que vocês vivam”. Será que eu estaria “forçando a barra” nessa ligação? Afinal, Jesus foi sacrificado no madeiro, e não no mar, e ficou dentro de uma tumba, e não no ventre de um peixe. Entretanto, o próprio Jesus associou o ventre do peixe que engoliu Jonas à Sua morte:

“Ele respondeu: ‘Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! Mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas.
Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra.
Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas, e agora está aqui o que é maior do que Jonas.” (Mateus 12.39-41)

Conclusão

Foi necessário que Jesus fosse entregue para que a tempestade, a fúria de Deus contra o nosso pecado, fosse acalmada. Confie no poder e no sacrifício de Cristo, e a maior das tempestades, que é o inferno, não o atingirá.

 

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