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Relacionamento familiar sob impacto

Elmer G. Pires
03/08/2020
Paulo aborda, de forma absolutamente prática, como deve ser o relacionamento na família e no trabalho que, nesse momento, vem sofrendo um impacto brutal em função do confinamento prolongado a que temos sido submetidos.

O assunto que motivou o estudo que iniciamos na semana passada, foi o dos efeitos da pandemia sobre o relacionamento na família, impactado, sobretudo, pelo confinamento prolongado a que temos sido submetidos.

 

A primeira parte de Efésios

Vimos que a carta aos Efésios tem uma estrutura é muito rica e bem elaborada, dividida duas partes.
A primeira parte trata de tudo o que Deus fez por nós, em Cristo, e vai do capítulo de 1 até o 3.
Vimos que por causa do que Cristo fez por mim, agora somos membros da família de Deus, tendo em Jesus o nosso irmão mais velho. Fomos resgatados pela graça e recebemos a vida eterna. Agora, mesmo sendo, cada um de nós, um em Cristo, cada um, também, recebeu um dom que é único e especial. Finalmente, vimos que Deus nos chama para o seu serviço e nos ensina como devemos viver para Ele, com uma vida transformada, encontrando, assim, a verdadeira felicidade.

A segunda parte de Efésios

Hoje, vamos estudar a segunda metade da carta aos Efésios, que vai do capítulo de 4 ao 6. Nestes últimos 3 capítulos, o ensino de Paulo torna-se tão prático, que ele passa a tratar não apenas da família Deus, formada por todos que estão em Cristo. Ele trata aqui do relacionamento da nossa família terrena.

A instituição da família

Toda família é resultado da união entre um homem e uma mulher. É importante lembrarmos que o casamento é uma instituição divina. Foi projetado, desde o princípio, pelo próprio Deus, para ser um reflexo da aliança que Deus fez com a sua Igreja. Deus usa o casamento como a demonstração viva desse relacionamento pactual.
Em sua infinita bondade, misericórdia e graça, Deus, por meio do conselho da sua perfeita vontade, decide enviar seu filho ao mundo, Jesus Cristo. O Filho é representado pelo noivo que vem para casar-se com a sua amada, a Igreja. Essa união com a Sua Igreja, que somos nós, os cristãos, nos torna um só com Deus.
A união, essa aliança, entre o homem e a mulher, uma vez firmada, representa, justamente, o relacionamento de Cristo com a Sua Igreja, que dá fruto à família de Deus.

O papel de cada um à luz do evangelho

Deste ponto em diante, do capítulo 5 até o final do livro, Paulo exorta os membros da família de Deus a colocar em prática, cada um, o seu papel à luz do evangelho de Cristo.
Paulo começa pelas mulheres, depois trata dos homens. A seguir, do relacionamento entre pais e filhos e, até mesmo, entre servos e mestres, que em nosso contexto, é o relacionamento dos chefes ou patrões com os seus empregados.

O papel da esposa no relacionamento

O casamento não é unilateral. Paulo nos ensina que o “o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja”.

Submissão não é escravidão, humilhação ou idolatria

Por causa do que Cristo realizou, você, mulher, deve ser submissa ao seu marido.
Efésios, no capítulo 5 nos versículos de 22 a 24, diz:

“As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor;
porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.
Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.”(Efésios 5.22-24)

Paulo nos ensina que a mulher está sujeita ao marido, como a Igreja está sujeita a Cristo. A maneira mais fácil de entendermos o que significa ser submissa, é respondendo as seguintes perguntas:

  • Como você se submete a Cristo?
  • Você questiona as intenções de Cristo?
  • Você confia e se entrega à Cristo ou você duvida e vive como se Ele não se preocupasse com você?

Submissão não é sinônimo de escravidão, tampouco de humilhação. Perante Deus não há distinção de valor e, sim, de papel. Também não se trata de idolatria, pois não é o seu marido nem o seu casamento o que redime a sua vida. O único que pode fazer isso é Cristo, não um casamento.
A submissão deve ser feita de forma deliberada, desejosa, assim como a Igreja, de forma deliberada, se submete a Cristo.
Na TEOmídia há uma série de 2 palestras da Simone Quaresma, intitulada “A Mulher Cristã e a Submissão ao Marido“, disponível aos assinantes que quiserem saber mais sobre o assunto.
Uma pergunta que geralmente faço à noiva, em casamentos, serve de guia para sua submissão:

“Você ama tanto o seu marido ao ponto de estar pronta a viver para ele?” (Elmer G. Pires)

Respeito

Ainda, no final do capítulo 5 de Efésios, Paulo nos dá mais uma indicação de qual deve ser o papel da mulher. A esposa deve respeitar o marido.

“… e a esposa respeite ao marido.” (Efésios 5.33)

Enquanto a mulher valoriza as demonstrações de amor em um relacionamento, o marido busca o respeito. Você, esposa, deve respeitar o seu marido em toda e qualquer situação, pois isso é agradável a Deus.

O papel do marido no relacionamento

Por causa do que Cristo realizou, você, marido, deve amar a sua esposa.

“Cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo. (…)” (Efésios 5.33)

Amar a esposa

Enquanto o papel da mulher é o de submissão e respeito ao marido, o do marido é o de amar a sua esposa como Cristo amou a Igreja. Um amor até o ponto de morte, ao ponto de entregar a sua vida em favor dela.
Um amor que busca guardá-la de maneira perfeita a fim de apresentá-la…

“(…) sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.” (Efésios 5.27)

A maneira mais clara de expressar isso foi a que Paulo usou no versículo 28.

“Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. (…)” (Efésios 5.28a)

Ninguém em sã consciência agride o seu próprio corpo; zela por ele. Assim deve ser a expressão do amor do marido pela esposa.
Paulo ainda diz que

“(…) Quem ama a esposa a si mesmo se ama.
Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja”. (Efésios 5.28b-29)

Amar é mais do que pagar contas

Marido, como você tem demonstrado amor pela sua esposa?
Pagar as contas e por comida na mesa é bom e necessário, mas sua esposa precisa ser apreciada, agradada, cuidada. O seu papel no relacionamento é o de amar a esposa como Cristo amou a Igreja. Você está disposto a amar tanto a sua esposa ao ponto de morrer por ela?
Pedro resume essa ideia de forma bem prática, dizendo:

“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, (…)” (1 Pedro 3.7a)

Você tem tratado sua esposa com dignidade ou a tem tratado como uma escrava?

A consequência de não amar

Veja que se você falhar na consideração pela sua esposa, em tratá-la com dignidade, tem como consequência a interrupção das suas orações.

“(…) para que não se interrompam as vossas orações.” (1 Pedro 3.7b)

Deus não responderá a suas orações até que você se acerte com sua mulher. Por estar acertado, não estou querendo dizer, que você tenha falado umas verdades à ela. Estar acertado é ter confessado as suas falhas e restaurado o relacionamento com ela.

O papel dos filhos no relacionamento

Mas um lar não é composto apenas de marido e mulher.
Esta união dá como fruto, filhos.

Obediência

Assim, por causa do que Cristo fez por você, filho, você deve obedecer aos seus pais, honrando-os.
Paulo começa o capítulo 6 com essa ordem:

“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe. (…)” (Efésios 6.1-2a)

De todos os livros publicados, nos últimos dois anos, na Editora Trinitas, há um, em especial, que nos tem chamado a atenção. Isso porque é o livro com menos saída, sem sombra de dúvida. Trata-se de um livro chamado “O Mandamento Esquecido“. Creio que, na verdade, ele não esteja sendo esquecido, mas, sim, evitado. O livro trata justamente do assunto do versículo 1: a obediência e a honra aos pais.
Não há dúvidas de que vivemos em uma época em que a desobediência aos pais não é só considerada como algo normal. É até incentivada; e, junto a ela encontra-se a desonra.

Honra

Se você mora com seus pais, sejam eles da idade que forem, a sua obrigação é a de obedecê-los e honrá-los. Enquanto jovens, “a honra, frequentemente, toma a forma de obediência”.
Tim Challies diz que

“é por isso que Paulo faz referência ao quinto mandamento e diz aos filhos mais jovens que ‘obedeçam aos pais’… [Pois] obedecer é submeter-se à vontade de uma pessoa que, por direito, carrega consigo posição de autoridade, é cumprir suas exigências ou seus pedidos.” (Tim Challies, em O Mandamento Esquecido)

A obediência é “a manifestação de honra por parte do filho”. Assim, os filhos “devem obedecer aos pais enquanto sob a autoridade deles”.
Como este é um mandamento aos filhos e não, apenas, aos filhos mais novos, você deve honrar aos seus pais, mesmo quando já viver fora da casa deles.
Challies explica que

“Honrar pai e mãe significa tê-los em grande excelência e dar grande valor ao relacionamento com eles.” (Tim Challies, em O Mandamento Esquecido)

De uma maneira mais prática, John Currid explica que…

“a questão é que um filho não pode deixar de levar seus pais a sério ou ter pensamentos que os rebaixe. Eles devem ser considerados com grande seriedade e valor”. (John Currid)

Desonra é pecado

Desonrar o pai e mãe pode englobar uma série de pecados que talvez você esteja cometendo; desde abusos verbais, falta de respeito e zombaria. Há, até mesmo, filhos que chegam a amaldiçoar os pais! Mas a desonra pode ir além como, por exemplo, a falta com o cuidado físico e a saúde dos pais.
A palavra de Paulo a Timóteo em 1 Timóteo 5 trata de um princípio mais abrangente.
Paulo diz que

“(…) se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.” (1 Timóteo 5.8b)

Distinção entre obediência cega e honra

Por fim, vale um alerta.
É necessário fazer uma distinção entre obediência cega e honra.
Pois, “quando os pais exigem aquilo que Deus proíbe, devemos nos submeter à autoridade maior que é Deus”. Mas faça isso em amor.

Não provoquem os seus filhos

Se, por um lado, todos somos filhos e devemos obedecer e honrar aos nossos pais, por outro lado os pais não devem provocar os filhos à ira.
No versículo 4, Paulo dá a seguinte instrução:

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” (Efésios 6.4)

A sua posição, como pai ou mãe, não dá a você o direito de levar o seu filho à ira, de provocá-lo ao ponto em que ele estoure e peque.

Ensino e exemplo

O seu papel é o de ensiná-lo. Não de fazê-lo se submeter às suas regras que, muitas vezes, podem ser, até mesmo, tolas.
Você deve servir de exemplo a fim de que seus filhos, ao olhar para você, enxerguem Cristo e não o seu ego.
Por isso é importante que você os crie nos ensinamentos e na admoestação do Senhor. Leve-os a enxergar Cristo como princípio unificador do universo e o único digno de honra e louvor.
Leia com eles; leia a Bíblia com eles, ensine-os nos passos do Senhor.

Aproveite a oportunidade

Aproveite esses dias em que estão, inevitavelmente, juntos o dia todo para orar com os seus filhos. Aproveite como oportunidade para desenvolverem um relacionamento mais saudável ao invés de cada um se isolar em um canto da casa, tornando-se estranhos dentro do próprio lar.
Não, apenas, poste nas redes sociais que você ama a sua família. Demonstre isso, de fato, à eles enquanto estão ao seu lado.
Vimos que Paulo tratou do relacionamento de, praticamente, todos que fazem parte de uma família. Mas, nos dias em que estamos vivendo, os problemas de relacionamento se estendem para além das famílias.
Com a impossibilidade de ajuntamentos sociais, uma grande parte das empresas tem solicitado aos seus empregados que trabalhem de casa. Isso tem gerado uma outra série de problemas. Mas, note que Paulo aborda uma questão da qual podemos tirar alguns princípios.

“Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo,
não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;
servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens,
certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.
E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.” (Efésios 6.5-9)

Conclusão

Aprendemos que se é verdade que Cristo se entregou em seu lugar e morreu por você mesmo você sendo pecador e, portanto, inimigo dele, então:

  • Você deve abandonar o seu modo de agir e começar a viver como um membro da família de Deus.
  • Você, mulher, deve ser submissa ao seu marido.
  • Você, marido, deve amar a sua esposa.
  • Você, filho, deve obedecer aos seus pais e honrá-los.
  • Você, empregado, deve obedecer ao seu chefe com temor e tremor, na sinceridade do seu coração.
  • Você chefe ou patrão deve proceder de maneira justa para seus empregados.

Assim sendo, não viva da maneira que melhor agrade você.
Viva como alguém que, sendo um pecador e inimigo de Deus, assim mesmo foi amado de tal forma, ao ponto dEle enviar o seu próprio filho, Jesus Cristo, para se entregar, sofrer e morrer no seu lugar, pelos seus pecados, na cruz do Calvário. Viva de maneira a obedecê-lo e honrá-lo com a sua vida.

 

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